terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pai protesta por exumação de filho morto e alega erro médico no ES

Para tentar conseguir explicações sobre a morte do filho Gabriel, de apenas dois anos, o pai Aldo José Santana entrou com a uma ação judicial pedindo a exumação do corpo. Segundo a família, o bebê tinha uma doença rara e ficou internado no Hospital Infantil da capital por cerca de um mês, antes de morrer. O diagnóstico da morte é o que mais incomoda o pai: Aids. Ele acredita em erro médico, alegando que nem ele, a esposa ou os outros três filhos têm a doença. Nesta segunda-feira (25), ele tentou chamar a atenção de autoridades através de um protesto no Palácio Anchieta, em Vitória. Gabriel morava com os pais no Espírito Santo, mas todos se mudaram para São Paulo quando descobriram sobre a saúde frágil da criança. O menino foi diagnosticado com uma doença rara, sendo necessário um transplante de medula, segundo os médicos. Após um ano fora, a família retornou ao estado, mas o acompanhamento continuou. No início de 2012, o menino foi internado no Hospital Infantil de Vitória com quadro de pneumonia, mas 30 dias depois, em 14 de fevereiro, acabou morrendo. Mais de um ano depois, as dúvidas da família quanto ao atendimento da criança ainda persistem. Pai colou faixas nas escadarias do Palácio (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) Pai colou faixas nas escadarias do Palácio (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) Nas escadarias do Palácio Anchieta, o pai colou faixas com os dizeres "Meu filho foi torturado dentro do Hospital Infantil de Vitória antes de morrer" e "Gabriel só tinha dois anos, acabaram com os sonhos do meu filho. Quero respostas do Estado". Aldo acredita que ocorreu um erro médico. "Meu filho precisava de transplante de medula, tanto é que em todos os hospitais que ele passou, sempre ficava junto com as crianças que tinham câncer. Na época que ele ficou internado em Vitória, já estávamos com tudo pronto para ele ir para Curitiba, até leito em uma CTI já estava reservado, só esperávamos o encaminhamento. Teve um dia que pediram exames para mim e para minha esposa e falaram que a gente não tinha HIV, mas o Gabriel tinha. Não aceitamos isso", disse. Para investigar melhor o caso, o pai pediu a exumação do corpo do filho. "Isso foi uma fraude. O pior erro que eles cometeram foi ter colocado no diagnóstico do meu filho que ele morreu de Aids. Ninguém da minha família é portador. Em São Paulo, meu filho fez vários testes e todos acusaram negativo para HIV. Já pedi a exumação, mas a Justiça está enrolando, só me pede para aguardar, mas não quero mais continuar com essa angústia", falou. Outro lado A direção do Hospital Infantil informou que Gabriel fez várias transfusões de sangue, mas garantiu que ele não foi contaminado no hospital. “Todas as transfusões realizadas no Hospital obedecem os critérios da hemovigilância, todos os testes de segurança são feitos e existe hoje no prontuário deste paciente que não houve contaminação aqui no hospital. Quando o paciente tem uma doença grave, é investigado toda a origem de uma ou outra intercorrência. Então, nós temos que procurar, averiguar o que foi feito para ter chegado a esse diagnóstico”, disse o diretor do hospital, Nélio de Almeida. Endereço do link: http://glo.bo/1ekvaYJ Fonte G1 ES

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

SP: família acusa hospital de causar morte de criança por erro médico

Uma família de São Paulo acusa o Hospital Infantil Cândido Fontoura de contribuir para a morte de uma menina de 4 anos, liberada após passar quatro dias internada com sintomas de febre e vômito. No dia seguinte à alta, a menina Laura Jone Leite voltou a sentir os mesmos sintomas e foi internada no hospital, vindo a óbito em seguida. Laura deu entrada no hospital pela primeira vez no dia 27 de outubro e morreu no início de novembro. Segundo a mãe da menina, Alessandra Jone Piassava, os médicos do hospital informaram aos familiares que a criança estava com desidratação, dispepsia e choque séptico. O advogado contratado pela família, Ademar Gomes, informou que a vítima não sofria de qualquer mal, sendo uma criança saudável e sem qualquer histórico de doenças, era regularmente vacinada e ia periodicamente ao pediatra. O advogado pediu a abertura de inquérito policial no 57º Distrito Policial de São Paulo, com o objetivo de apurar as responsabilidades pela morte de Laura, além de requerer a instauração de procedimento administrativo junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM-SP). Em nota encaminhada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o hospital informa que "não houve, de forma alguma, demora ou qualquer outra falha no atendimento" da menina. "A ficha da criança foi aberta às 18h31 e minutos depois ela foi devidamente atendida, medicada e passou a ser hidratada com soro pela equipe médica da unidade. Apesar dos esforços insistentes da equipe, no entanto, a criança não resistiu e veio a óbito por volta das 23h do mesmo dia. É importante esclarecer que a paciente, ao chegar ao hospital, já apresentava um diagnóstico de broncopneumonia e quadro de desidratação grave", diz o hospital, que demonstrou sua solidariedade com a família da criança. Fonte :Terra

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Três médicos e um enfermeiro foram indiciados por homicídio e negligência em hospital

http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/t/edicoes/v/tres-medicos-e-um-enfermeiro-foram-indiciados-por-homicidio-e-negligencia-em-hospital/2969370/

domingo, 10 de novembro de 2013

Pesquisa aponta: mais de 70% dos erros médicos no Brasil são evitáveis

O diretor -presidente do Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (Inbravisa), Rui Damenhain, conta, nesta entrevista ao programa Falando Francamente, da Rádio Nacional da Amazônia, que a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), acompanhou dois hospitais do Rio de Janeiro. Por estudo de amostragem, apontou que mais de 70% dos erros médicos no Brasil são evitáveis. O estudo aponta que a falta de procedimentos e protocolos para o atendimento do paciente, aliados à falta de treinamento dos funcionários da saúde, são as principais causas dos erros.
Baseado no estudo, o Ministério da Saúde determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicasse a RDC 36, norma que determina a criação do Núcleo de Segurança do Paciente. A norma foi publicada no último dia 25 de julho e os serviços saúde de grande complexidade, como clínicas e hospitais, têm até 120 dias para implantar este núcleo. Ele é um protocolo de quesitos necessários para minimizar os erros médicos. O Falando Francamente vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 15h, horário de Brasília.
http://radios.ebc.com.br/conteudo/pesquisa-aponta-mais-de-70-dos-erros-medicos-no-brasil-sao-evitaveis
Produtor
Cleide Oliveira

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

STJ decide que cabe a médico provar que não houve erro em plástica

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade (quatro votos a zero), que, em cirurgias plásticas, cabe ao médico provar que não houve erro e não ao paciente comprovar que o médico errou.
O Código de Processo Civil estipula que quem acusa deve provar que está certo, mas a turma do tribunal entendeu que, em caso de cirurgias plásticas, o chamado "ônus da prova", ou seja, o dever de provar, é invertido, cabendo ao acusado comprovar que agiu de modo correto.
Os ministros consideraram que cirurgia plástica é uma relação de consumo na qual há "obrigação" do resultado esperado pelo paciente.
O tribunal tomou a decisão na análise de recurso apresentado por homem insatisfeito com o resultado de uma rinoplastia, cirurgia para melhorar a aparência do nariz.
A decisão é do 15 de outubro e foi divulgada nesta quarta-feira (6) pela assessoria do tribunal. Decisões unânimes de turmas do STJ servem como referência para casos semelhantes.
O paciente afirmou ter realizado uma primeira cirurgia para correção de desvio de septo nasal, mas o resultado não foi o esperado, segundo a ação. O médico, então, realizou novo procedimento que, conforme o paciente, agravou a situação. Uma terceira cirurgia foi realizada por outro médico e o problema acabou resolvido, relata a ação.
O homem entrou com ação de indenização por danos morais em 2005 contra o médico na Justiça de Santa Catarina, mas o tribunal negou o pedido em razão de perícia que atestou que a técnica empregada na cirurgia foi adequada. O paciente, então, recorreu ao STJ.
A relatora da ação, ministra Nancy Andrighi, destacou que o médico deve provar que não foi responsável pelos danos alegados. Os ministros João Otávio de Noronha, Sidnei Beneti e Paulo de Tarso Sanseverino concordaram.
Com a decisão, o processo sobre o caso foi enviado novamente para a primeira instância para que o médico prove que não errou na cirurgia.
Fonte: g1

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Prêmio Patricia Acioli

AOS MEUS AMIGOS E MINHAS AMIGAS, ESTAMOS CONCORRENDO AO PRÊMIO TBÉM, UM DOCUMENTÁRIO SOBRE ERROS MÉDICOS, SERIA DE GRANDE IMPORTÂNCIA A PARTICIPAÇÃO DE TODOS QUE LUTAM CONTRA O ERRO MÉDICO, AFINAL TEMOS UMA JUÍZA QUE COM CERTEZA IRÁ NOS RECEBER MUITO BEM, AFINAL ELA TEM UM DOSSIÊ SOBRE ERROS MÉDICOS, VAMOS MARCAR PRESENÇA.
QUE NOSSA LUTA NÃO SEJA EM VÃO.
A Comissão Julgadora da segunda edição do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos esteve reunida nesta quarta-feira (30), na sede da Amaerj, para avaliar os trabalhos concorrentes e definir os premiados. A reunião contou com a participação do presidente da Amaerj, Cláudio dell'Orto; da juíza Denise Appolinária, diretora de Direitos Humanos da Associação; do juiz André Nicolitt, da 2ª Vara Cível de São Gonçalo; do psicólogo Carlos Santiago, idealizador do movimento “Gabriela Sou da Paz”; do jornalista Ricardo Viveiros; da advogada Taís Ramos, representando o advogado criminal Técio Lins e Silva; e do cerimonialista Marcos Aguiar.
Os jurados escolheram os vencedores nas três categorias: Práticas Humanísticas, Trabalhos Acadêmicos e Redação do Ensino Fundamental.
Os nomes dos premiados só serão divulgados durante a cerimônia do próximo dia 8 de novembro que acontecerá, a partir das 17h, no auditório Desembargador Antonio Carlos Amorim, na avenida Erasmo Braga, 115, 4º andar, Rio de Janeiro. Todos estão convidados para esta festa de cidadania e defesa dos direitos humanos em memória da juíza Patrícia Acioli. A entrada é gratuita e a cerimônia promete ser das mais bonitas e emocionantes.
 — com Carlos Santiago eFrancisca Lima.


Criança que morreu com trombose pode ter sido vítima de erro médico em Apucarana

Uma criança de 11 anos que morreu, após complicações de uma trombose, no último sábado (12) pode ter sido vítima de erro médico ou negligência, em Apucarana (a 62 km de Maringá).
De acordo com a assessoria da prefeitura, uma sindicância foi aberta para apurar as causas que levaram ao falecimento do estudante Roberto Camargo Almeida Filho, de 11 anos. A criança teria sofrido uma queda e uma entorse de tornozelo, quatro dias antes, na Escola Estadual Tadashi Enomoto. Passou por atendimento em Unidades de Pronto Atendimento (Upa) e no Hospital da Providência, mas o quadro médico evolui para uma trombose e infecção generalizada. Foi cogitada a permanência dos médicos envolvidos no atendimento do estudante, mas a hipótese foi afastada após reunião na tarde deste domingo (13) na prefeitura, com autoridades locais.
A Autarquia Municipal de Saúde divulgou a seguinte nota nesta segunda-feira (14):
1 - É cedo e até temerário dizer que houve erro médico ou negligência neste caso, considerando que foram feitos exames de Raio X na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) e também no Hospital da Providência, e nenhum deles apontou fratura.
2 - Os prontuários da Upa e do Hospital da Providência estão sendo avaliados e, por enquanto, nem o médico vascular que atendeu o paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sabe dizer o que fez o quadro evoluir tão rápido, ocasionando o óbito por trombose venosa profunda, embolia pulmonar e septicemia.
3 - O secretário de saúde, Hélio Kissina, informa que já na quinta-feira (10) o prefeito Beto Preto (PT) determinou a abertura de uma sindicância para apurar minuciosamente o caso. E a Autarquia Municipal de Saúde já baixou portaria indicando profissionais para atuar na sindicância. Ao mesmo tempo, de acordo com procedimento padrão, os três médicos que prestaram atendimento ao paciente ficarão afastados de suas funções, até a conclusão da sindicância.
4 – O poder público municipal está solidário com a família do garoto Roberto Camargo Almeida Filho. Nada pode aplacar a dor da família pela perda do estudante que, segundo amigos e professores era bastante tranquilo e tinha uma conduta exemplar. É um momento de muita tristeza, mas a Saúde Pública assegura que todos os procedimentos médicos realizados serão minuciosamente investigados.

Fonte:Gisele Manjurma com assessoria
http://maringa.odiario.com/parana

sábado, 2 de novembro de 2013

Família acusa médicos de erro após morte de menino por apendicite

01/11/2013
A família de um menino de 10 anos, que morreu na madrugada desta quinta-feira (31) na Unidade Básica de Saúde (UBS) 24 horas do Jardim Aeroporto, em Franca (SP), acusa os médicos que atenderam a criança de dois erros de diagnóstico. Segundo a madrasta, Leandro Xavier Silveira foi diagnosticado primeiramente com gases e liberado. Em seguida, após ter o quadro agravado e voltado à UBS, Leandro morreu, segundo os médicos, em decorrência de um estado de ‘desidratação gravíssimo’. No entanto, o laudo emitido horas depois pelo Instituto Médico Legal (IML), aponta um quadro de apendicite seguido de choque séptico como causa da morte.
“Estamos todos muito perturbados. Ele não estava com gases. Não estava com desidratação. Ele morreu de apendicite. Ficou todo mundo estarrecido", diz a madrasta Pércia Maria Soares. O menino foi enterrado na manhã desta sexta-feira (1º), em Patrocínio Paulista (SP).
Em nota, a Prefeitura informou que as equipes da UBS e do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) prestaram o suporte necessário ao paciente, e que um procedimento administrativo foi aberto para apurar o ocorrido. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) vai investigar o caso.
Pércia conta que Leandro começou a ter sinais de diarreia na noite de segunda-feira (28). Na manhã de terça-feira (29), no entanto, Leandro se queixou de dor na barriga. O pai do menino, o sapateiro Adilson Silveira de Jesus, resolveu levá-lo à farmácia. "Ele levou o Leandro na farmácia e comprou soro para ele. O menino tomou o soro e até melhorou. Ele foi até à escola", diz.
Leandro Xavier Silveira morreu na madrugada desta quinta-feira na UBS do Jardim Aeroporto, em Franca (Foto: Marcio Meireles/ EPTV)Leandro morreu na madrugada desta quinta-feira
em Franca (Foto: Marcio Meireles/ EPTV)
Na quarta-feira (30), o quadro de diarreia do menino piorou. "Por volta das 16h, o Adilson e o filho mais velho dele levaram o Leandro na UBS. Lá o médico olhou, examinou, apertou a barriguinha dele. O Leandro se queixou de dor quando o médico tocou a barriga, mas ele disse que só estava com gases. Passou um remédio para dor, um remédio para gases e mandou o menino de volta para casa", afirma Pércia.
De acordo com a madrasta da criança, o menino foi medicado, mas voltou a passar mal no início da madrugada de quinta-feira (31). "Ele acordou e chamou o pai, pedia para ir ao médico. O Adilson levantou desesperado, chamou o filho mais velho de novo e correram para a UBS às 3h da manhã com o menino praticamente em coma", conta.
Médicos da UBS e uma equipe do Samu tentaram reanimar o menino, mas ele não resistiu e morreu no local. No boletim de ocorrência registrado pela equipe médica consta que Leandro morreu em decorrência de uma ‘desidratação grave’. "Os médicos que estavam de madrugada foram super atenciosos, mas aí vieram falar que ele tinha morrido de desidratação. Se ele estava desidratado, por que o médico que o atendeu naquela tarde não internou ele? Como quem está com gases morre desidratado?", questiona Pércia.
Médico que o atendeu receitou medicação para dores e gases (Foto: Reprodução/EPTV)Médico que o atendeu receitou medicação para
dores e gases, diz família (Foto: Reprodução/EPTV)
O diagnóstico de desidratação apontado inicialmente como causa da morte de Leandro deixou a família indignada. Mas na tarde de quinta-feira (31), durante o velório da criança, uma nova informação revoltou ainda mais os familiares do menino. O laudo do IML concluiu que Leandro morreu em decorrência de uma apendicite seguida de choque séptico.
"Como ele ia ser enterrado em Patrocínio Paulista (SP), precisávamos do laudo para poder levar o corpo. O pessoal da funerária ligou durante o velório para falar do laudo. Ele não estava com gases. Não estava com desidratação. Ele morreu de apendicite. Ficou todo mundo estarrecido", afirma a madrasta.
Para a família, o médico que atendeu Leandro na tarde de quarta-feira errou o diagnóstico. "Ele devia ter internado o Leandro. Perdemos uma criança amada, super saudável, que quase não ficava doente. Era um menino esperto, extrovertido, alegre. E tudo porque um médico não examinou o menino direito. É revoltante. A mãe dele morreu há quatro anos e o esse menino era tudo para o pai dele. Estamos todos muito perturbados", diz.
Investigação
Em nota, a Prefeitura informou que equipes da UBS e do Samu prestaram o suporte necessário ao paciente na madrugada de quinta-feira. Em relação à conduta dos médicos, a administração municipal afirmou que a Secretaria de Saúde "abriu um procedimento administrativo para apurar o caso ocorrido."
Segundo a delegada da DDM, Graciela David Ambrósio, um inquérito será instaurado para apurar o caso. Os envolvidos devem começar a ser ouvidos na próxima segunda-feira (4).
Família recebeu no velório informação do IML sobre apendicite como causa da morte (Foto: Reprodução/EPTV)Família recebeu no velório informação do IML sobre apendicite como causa da morte (Foto: Reprodução/EPTV)Fonte:G1

Polícia Civil investiga erro médico em parto feito na Santa Casa de Leme, SP

01/11/2013


A direção da Santa Casa de Leme (SP) e a Polícia Civil investigam a responsabilidade de um suposto erro médico ocorrido durante o nascimento de um bebê nascido no local, há menos de um mês. O pequeno Gabriel não tem movimento no braço esquerdo. Para a mãe, o problema se deu no parto.
Segundo a dona de casa Ana Paula Lima dos Reis, um ortopedista examinou a criança e fez o laudo. O diagnóstico foi de paralisia obstétrica. “Ele falou que o braço do meu filho ia ficar desse jeito, que não tinha nada quebrado. Que foi o nervo que saiu do lugar e não tinha como corrigir”, relatou.
A dona de casa teve o filho de parto normal acompanhado pelo médico de plantão. Ela reclama, entretanto, que não foi ele quem retirou o bebê, mas as enfermeiras. “Foram elas que puxaram e o médico estava na porta, falou ‘pode puxar, puxa’. E elas puxaram. Para mim, foi com muita força e aí o bracinho dele ficou assim”, lamentou a mãe.
Dona de casa disse que fez o pré-natal corretamente em Leme e que bebê passava bem (Foto: Wilson Aiello/EPTV)Dona de casa disse que fez pré-natal corretamente
e que bebê estava bem (Foto: Wilson Aiello/EPTV)
Ana Paula mostrou a carterinha do pré-natal e disse que fez todas as consultas e que o bebê estava bem.  “Não foi erro meu, foi erro do médico, foram eles que fizeram isso. Agora espero que eles façam o serviço direito, porque da mesma forma que aconteceu comigo, pode acontecer com outros também”, desabafou.
O médico que fez o parto é o mesmo que está sendo investigado pela morte de um bebê em julho deste ano, também na Santa Casa de Leme. Na época uma mulher de 36 anos perdeu o filho depois de passar por atendimento no local e ser liberada, mesmo com dores e contrações, com a alegação de que os médicos estavam em greve.
A família acusa o médico de negligência e fez um boletim de ocorrência. O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No documento, o médico é citado como o responsável pelo atendimento e por ter liberado a paciente.
Sindicância
O coordenador da Santa Casa de Leme disse que vai apurar se houve erro no parto da criança. “Chamarei o diretor clínico, assim como o diretor técnico para que a gente encaminhe isso para uma sindicância interna para poder até dar algumas informações mais fundadas no sentido do que aconteceu realmente com essa criança”, falou Paulo Rovai.
O médico responsável pelo parto foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado. O inquérito sobre a morte do bebê ocorrida em julho já foi concluído, mas corre em segredo de Justiça.
Bebê não movimenta braço esquerdo desde o parto realizado na Santa Casa de Leme (Foto: Wilson Aiello/EPTV)Bebê não movimenta braço esquerdo desde o parto realizado na Santa Casa (Foto: Wilson Aiello/EPTV)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

TJMG condena laboratório e biomédica por erro em diagnóstico

A 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. (TJMG) condenou um laboratório deContagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e uma biomédica a indenizar, em R$ 30 mil, uma mulher por um erro em diagnóstico. O resultado do exame apontava que a paciente, moradora de Arcos, no Centro-Oeste de Minas, tinha câncer em estágio avançado. A decisão em segunda instância, da qual cabe recurso, foi publicada no último dia 18 e divulgada nesta quarta-feira (30).

Segundo consta nos autos, a mulher realizou o exame laboratorial em outubro de 2009 e, após a coleta, o material foi enviado ao estabelecimento em Contagem para análise.  O laudo, que foi assinado pela biomédica processada, apontava que a paciente convivia com um câncer maligno invasivo, já em avançado estágio.

A paciente foi encaminhada, de maneira urgente, a um serviço de oncologia em Belo Horizonte. O médico que atendeu a paciente, orientando-se pelo exame realizado, solicitou a internação para realização de uma cirurgia. O procedimento  foi marcado para março de 2010.

Durante a preparação para o procedimento cirúrgico, a mulher foi submetida a novo exame, feito em um laboratório diferente do primeiro. O resultado, desta vez, foi divergente do anterior. Assim, a paciente foi aconselhada a pedir uma reanálise da lâmina que continha o material colhido no primeiro exame, mas não houve tempo hábil para desmarcar a cirurgia.

A paciente foi submetida ao procedimento na data marcada. O resultado do material colhido na cirurgia confirmou, entretanto, o diagnóstico do segundo laboratório, certificando que a paciente não estava com câncer. Consta nos autos, que o resultado da reanálise feita pelo laboratório em Contagem confirmou o erro do diagnóstico anterior, porém o estabelecimento omitiu a data da realização desta revisão, segundo o TJMG.

Em primeira instância, a Justiça condenou o laboratório e a biomédica a pagar R$ 50 mil por danos morais a paciente. De acordo com o tribunal, os réus recorreram, alegando que o pedido de indenização decorreu do procedimento cirúrgico e não pelo equívoco do exame laboratorial. No recurso, foi pedida, ainda, a diminuição do valor indenizatório.

O desembargador José Marcos Rodrigues Vieira, relator do recurso, afirma que está “configurada a falha na prestação de serviço pelo laboratório e pela biomédica e, consequentemente, o dano moral causado a paciente, em virtude do erro de diagnóstico, como se colhe dos exames laboratoriais, pois suportou durante longos meses as dores e a angústia do diagnóstico e do tratamento da neoplasia maligna inexistente”.

Em relação ao valor da indenização, o magistrado reformou parcialmente a decisão da primeira instância, reduzindo de R$ 50 mil para R$ 30 mil. O voto do magistrado foi acompanhado pelos desembargadores Francisco Batista de Abreu e Sebastião Pereira de Souza.

Procurado pelo G1, o advogado da paciente, Thiago Muniz Oliveira, afirmou que vai recorrer do valor da indenização fixado em segundo instância. Até a publicação desta reportagem, nem a proprietária nem a defesa do laboratório haviam sido localizadas pela reportagem. O G1 também entrou em contato com o advogado que consta no processo como representante da biomédica, mas ele informou deixou o caso. O novo defensor não foi identificado.