quinta-feira, 11 de julho de 2013

Médico do transplante da morte é condenado por furar fila de doação de órgão Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medico-do-transplante-da-morte-condenado-por-furar-fila-de-doacao-de-orgao-8992783.html#ixzz2Ykz6Fjk6

O cirurgião que implantou o fígado contaminado por uma superbactéria numa mulher, no dia 10 de junho, no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, foi condenado ontem por ter furado a fila de transplantes, em 2007. A sentença proferida pela juíza da 12 Vara Federal do Rio de Janeiro, Edna Carvalho Kleemann, afirma que os médicos Eduardo de Souza Martins Fernandes, chefe do transplante hepático do Silvestre, e Joaquim Ribeiro Filho, seu colega de equipe, fraudaram a ordem dos transplantes. Na época, os dois operavam no Hospital do Fundão (UFRJ). De acordo com a sentença, a punição por improbidade administrativa é uma multa de R$ 100 mil para cada réu e a proibição de exercerem cargo ou emprego público, receberem benefícios e créditos públicos, direta ou indiretamente, pelo prazo de cinco anos. De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, os dois médicos mantêm vínculo ativo com o Hospital do Fundão. No Silvestre, os médicos recebem verba do SUS por transplante realizado. O Ministério da Saúde informou que, como cabe recurso à sentença, vai aguardar o desfecho do processo para se manifestar quanto ao descredenciamento dos médicos no Sistema Nacional de Transplantes. O Hospital do Fundão informou que cumprirá o que exigir a lei. O processo foi movido pelo Ministério Público Federal (MPF) e teve origem com a Operação Fura Fila, da Polícia Federal, deflagrada em 2007. Na época, Joaquim Ribeiro Filho era chefe da equipe de transplante de fígado do Fundão. Na sua equipe, estava Eduardo Fernandes. Hoje, é Fernandes que chefia a equipe do Hospital Silvestre, tendo Ribeiro como assistente. Os dois teriam agido em conluio, "falseando" as verdadeiras condições de saúde do paciente que recebeu o fígado, captado em Minas Gerais por Fernandes. E ainda informou que o receptor seria outra pessoa. A advogada dos médicos, Rafaella Marcolini, afirma que vai recorrer, já que existem inconsistências na sentença. Joaquim Ribeiro Filho (de barba) é escoltado pela polícia após ser preso pela operação Fura Fila Joaquim Ribeiro Filho (de barba) é escoltado pela polícia após ser preso pela operação Fura Fila Foto: Domingos Peixoto Réus cobraram R$ 99 mil por cirurgia Eduardo Fernandes passou a trabalhar ao lado de Joaquim Ribeiro Filho, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho — o Hospital do Fundão, no dia 14 de julho de 2006. Segundo a sentença da juíza Edna Carvalho Kleemann, em maio de 2007, um paciente foi atendido por Joaquim. O médico informou que, por possuir um tumor maior de 5 centímetros no fígado, ele não poderia figurar na lista única nacional de transplante hepático. O paciente também era portador do vírus da hepatite C. Mesmo assim, o paciente foi inscrito por Joaquim como sendo oriundo do Hospital do Fundão, sendo omitida a existência do tumor. Em julho de 2007, o paciente em questão recebeu um fígado que, segundo consta na Central Nacional de Brasília, foi negociado por Ribeiro para ser implantado em outra pessoa, paciente do Fundão. O órgão seguiu, no entanto, para a Clínica São Vicente, na Gávea. Segundo a sentença, Eduardo foi responsável por captar o órgão em Minas Gerais. Os dois médicos receberam, de acordo com a juíza, R$ 99 mil pelo procedimento. A fachada do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão A fachada do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão Foto: Márcia Foletto Ministério Público apura nova denúncia O cirurgião Eduardo Fernandes e sua equipe do Hospital Silvestre também são investigados pelo MPF por uma denúncia, feita na última segunda-feira. Após ouvir o depoimento da filha da mulher que recebeu um fígado contaminado por uma bactéria, o procurador Sérgio Suiama vai apurar a informação de que os cirurgiões tinham conhecimento da infecção bacteriana na doadora e sabiam dos riscos. A assessoria de imprensa do Hospital Silvestre disse que Fernandes não vai se manifestar sobre o assunto. Cirurgiões respondem a outra ação Eduardo Fernandes e Joaquim Ribeiro Filho respondem ainda a outro processo. De acordo com a juíza Edna Kleemann, os médicos captaram, em 5 de agosto de 2007, um fígado doado por um homem no Hospital Copa D’Or, "iniciando uma nova preterição da lista única nacional", tendo destinado o órgão a um paciente do qual receberam, "a título de honorários médicos, R$ 80 mil". A ação está em curso na 3 Vara Federal Criminal. Agora, Fernandes está envolvido em outro transplante polêmico. Pertence à sua equipe o cirurgião que captou os órgãos de uma mulher morta no dia 10 de junho, no Souza Aguiar, e que assina o chamado Inventário de Cavidade. O documento, que descreve a cirurgia para retirada dos órgãos, cita a existência de "líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento". A existência de pus no abdômen da doadora, segundo médicos, seria um sinal de infecção bacteriana. Hospital nega infecção A Secretaria municipal de Saúde afirma que os médicos da UTI do Souza Aguiar, onde a doadora ficou internada por nove dias, não haviam isolado nenhuma bactéria na doadora. A secretaria apresentou exames que, segundo médicos consultados, são resumidos e não conclusivos. Especialistas afirmam que a aparência do órgão e a existência de pus na cavidade abdominal são aspectos que não podem ser desprezados no momento da captação. Apesar de ter conhecimento das circunstâncias em que o fígado foi captado, a equipe do Silvestre decidiu fazer o transplante na paciente, que tinha hepatite C e um tumor no fígado, mas estava em boas condições de saúde. Ignorando a legislação, Fernandes não teria informado à família da receptora os riscos envolvidos. Fim de vínculo em 2010 O Hospital do Fundão informou por meio de nota, nesta quinta-feira, que "o médico Eduardo Fernandes, apesar das informações do Cadastro nacional de Estabelecimentos de Saude (Cnes), não tem vínculo ativo com a unidade desde 2010, quando foi dispensado por "inobservância às rotinas do Serviço de Cirurgia". Quanto a Joaquim Ribeiro Filho, a direção do Fundão afirma que ele não participa dos Serviços de Cirurgia e Transplante do hospital desde 2010, estando suas atividades à cargo da Faculdade de Medicina da UFRJ. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medico-do-transplante-da-morte-condenado-por-furar-fila-de-doacao-de-orgao-8992783.html#ixzz2YkzCZ8Jm Fonte :Jornal extra

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ministério Público vai investigar se cirurgião que realizou transplante não relatou à família os riscos de infecção Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-publico-vai-investigar-se-cirurgiao-que-realizou-transplante-nao-relatou-familia-os-riscos-de-infeccao-8980199.html#ixzz2Ydn8X2LX

O Ministério Público Federal abriu inquérito ontem para apurar as três mortes ocorridas após transplantes, entre os dias 18 e 19 de junho, com órgãos de uma doadora que tinha uma superbactéria. Após ouvir o depoimento da filha da mulher que recebeu um fígado no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, o procurador Sérgio Suiama investiga a informação de que os cirurgiões que transplantaram o órgão tinham conhecimento da infecção bacteriana na doadora e sabiam dos riscos. Apesar de implantarem um órgão considerado limítrofe, eles não seguiram a legislação que os obriga a comunicar o fato ao receptor. - A portaria 2.600 do Ministério da Saúde diz que, nos casos de órgãos limítrofes, o receptor tem que assinar o consentimento esclarecido. Se há confirmação de infecção bacteriana no doador, o órgão é limítrofe - explica o médico Valter Duro Garcia, presidente do conselho consultivo da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O cirurgião que captou os órgãos da paciente que morreu, dia 10, no Souza Aguiar, relatou no chamado Inventário de Cavidade que havia “líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”, o que indica a existência de infecção por bactéria. Além disso, a paciente havia passado por procedimentos invasivos nos nove dias em que ficou na UTI, o que aumenta ainda mais as chances de estar infectada por uma bactéria resistente, muito comum em unidades intensivas. Essas informações, afirmam as equipes dos hospitais do Fundão e do Federal de Bonsucesso - onde foram realizados os transplantes de rim -, não foram repassadas a eles pelo Programa Estadual de Transplantes (PET). O Souza Aguiar nega que ela estivesse com infecção. - Acredito que, após esse caso no Rio, a cautela será maior. O número de transplantes deve cair, e a segurança, aumentar. Todo transplante envolve riscos, mas tem que haver limites. Precisamos criar esses limites - diz Garcia. Foto: Editoria de Arte Uma loteria polêmica O uso dos chamados doadores limítrofes - quando o doador é idoso ou há alguma infecção em tratamento - é cada vez maior no Brasil, de acordo com especialistas. - Após 48, 72 horas de internação numa emergência ou UTI, é muito provável que o paciente já esteja colonizado por uma bactéria. A contaminação acontece porque são pacientes graves, em geral, entubados, com sondas. Captar ou não, vai depender da avaliação caso a caso - diz Maria Cristina Ribeiro de Castro, ex-presidente da ABTO e nefrologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo ela, quando há uma infecção, e a bactéria ainda não foi identificada, o cirurgião precisa observar o aspecto do órgão e se há pus ou abscessos. A decisão é do médico. - O risco de transmissão da bactéria é baixo, mas existe. É uma loteria que acontece com uma certa frequência. Se não for assim, quase não teríamos doadores cadáveres no Brasil - diz Maria Cristina. Para Garcia, o uso de órgãos limítrofes, é um mal necessário. Foto: Editoria de Arte ‘Protocolo é não aceitar infecção não tratada’ Entrevista com José Rocco Suassuna, chefe da Nefrologia do Hospital Pedro Ernesto É rotina transplantar órgãos de pacientes com infecção? Não conheço o caso e falo em tese. O que normalmente acontece é a gente receber órgãos de pacientes com infecção controlada. Em caso de infecção descontrolada, a conduta da nossa equipe é não aceitar o órgão. O que é infecção controlada? Quando (o doador) está no terceiro dia de antibiótico e dá sinais, por exames laboratoriais, de melhora. O usual é aceitar órgãos de pacientes com infecção controlada. Administram-se antibióticos no receptor. Isso chega a quase 80% dos casos. No caso de infecção descoberta pela presença de pus ao abrir o abdômen, os órgãos seriam aceitáveis? O nosso protocolo é não aceitar se a infecção não é tratada e não há sinais de melhora. Recebendo a informação de que havia infecção no peritônio, eu não aceitaria. A família deve ser informada? Sempre que há uma infecção descontrolada, a família tem que ser informada, por lei. Há uma mortalidade associada à toda cirurgia. Mas tem que envolver riscos administráveis e somos obrigados a dar nossa opinião. A família tem o direito de recusar. É comum a dúvida? O tempo de decisão é limitado. Já abortamos um transplante quando vimos secreção pulmonar que não era coberta (por antibiótico). Mas se a gente aumenta muito a certeza, ninguém vai ser transplantado. Nos ressentimos (das notícias negativas) porque demorou para conseguirmos um sistema que funciona e é justo. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-publico-vai-investigar-se-cirurgiao-que-realizou-transplante-nao-relatou-familia-os-riscos-de-infeccao-8980199.html#ixzz2YdnW84d4 Fonte: Jornal extra on-line

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ministério da Saúde investiga mortes pela mesma superbactéria após transplantes no Rio Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-da-saude-investiga-mortes-pela-mesma-superbacteria-apos-transplantes-no-rio-8966709.html#ixzz2YY93IM15

O Ministério da Saúde enviou ao Rio equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Sistema Nacional de Transplantes para acompanhar as investigações dos transplantes feitos em três pacientes que morreram infectados pela mesma superbactéria, que estaria nos órgãos doados. O resultado da averiguação, entretanto, não vai atenuar o sofrimento da família da professora Márcia Regina Vieira Santos, de 48 anos, uma das vítimas. - Os médicos tinham que ter testado e retestado se tinha algum problema com o rim. Mas agora vamos fazer o quê? - questiona o viúvo, Fernando César Santos de Moraes, de 44 anos. Fernando Cezar Santos de Moraes, marido de Márcia, lamenta a perda da mulher Foto: Fabiano Rocha / EXTRA Márcia foi diagnosticada doente renal crônica aos 20 anos. Em crise aguda, teve que retirar um dos órgãos. Passou a fazer acompanhamento médico e, há cinco anos, inchada e com fortes dores, teve problemas no outro rim. Desde então, vinha fazendo hemodiálise, por quatro horas, três vezes na semana. Não largou o cargo de dirigente de turma na Escola Municipal Alice Couto, mas perdeu antigos prazeres. - Pouco antes de falecer, ela me ligou comemorando: ‘Mãe, agora eu posso tomar água de coco de novo’ - emociona-se Ayza Vieira Santos, de 75 anos, que perdeu a filha única. Márcia de Moraes recebeu o rim da doadora do Souza Aguiar no dia 10 de junho e morreu no dia 19 de junho Foto: / Reprodução Assim como Márcia, a família sonhava com a chegada dela ao início da fila de transplante. Também se cadastrou no sistema de receptores de São Paulo para aumentar as chances. Até que, às 8h do último dia 10, ela recebeu uma ligação do Hospital do Fundão avisando que chegara sua vez. Infecção estaria controlada Às 16h30m do mesmo dia, a paciente entrou no centro cirúrgico e, sete horas depois, a operação era considerada um sucesso. Por oito dias, Márcia mostrou-se otimista com a possibilidade de retomar a vida normal. Segundo o viúvo, um médico contou que havia uma infecção, mas estaria controlada. Na véspera da alta, porém, ela morreu. No atestado de óbito, a causa é desconhecida. Mas, no líquido em que o rim foi transportado até a paciente, foi encontrada a superbactéria Klebsiella pneumoniae (KPC), resistente a quase todos os antibióticos. O Fundão, em nota, afirmou que não recebeu informações que pudessem alertar para a contaminação. - A ficha não caiu - diz a filha de Márcia, Isabele Santos de Moraes, de 16 anos. Maria José perdeu o marido, Josinaldo, transplantado no Hospital Federal de Bonsucesso Foto: Fábio Guimarães / EXTRA Estado diz que enviou documento aos hospitais O coordenador do Programa Estadual de Transplantes (PET), responsável pela captação de órgãos, Rodrigo Sarlo, afirmou ontem que, ao contrário do que alegam os hospitais Federal de Bonsucesso, do Fundão e Adventista Silvestre - onde os três procedimentos aconteceram -, as unidades transplantadoras receberam o chamado relatório de cavidade dos órgãos doados pela paciente do Souza Aguiar. O documento citava a existência de “líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”. A presença de pus indicaria infecção por bactéria. O médico que assina o laudo também atua na equipe de transplante hepático do Hospital Silvestre, no Cosme Velho, onde uma mulher de 60 anos morreu no dia 19, nove dias após o procedimento. O Silvestre respondeu que o fígado foi encaminhado juntamente com “os exames sorológicos e funcionais, nos quais foi aprovado em perfeitas condições”. O Ministério da Saúde afirmou que a equipe de transplante do Hospital de Bonsucesso, onde o ajudante de caminhão Josinaldo Severino da Silva, de 51 anos, recebeu um dos rins doados no dia 12 de junho, morrendo sete dias depois, não teve acesso ao documento que apontava a presença de pus na doadora. Josinaldo Severino da Silva recebeu um rim da doadora do Souza Aguiar no dia 12 de junho e morreu sete dias depois, com infecção generalizada Foto: / Álbum de família A Secretaria municipal de Saúde (SMS) informou que a doadora ficou internada na UTI do Souza Aguiar de 2 a 10 de junho, devido a um acidente de trânsito. Nas UTIs de grandes hospitais, como é o caso do Souza Aguiar, não é raro haver contaminação por superbactérias. Ao afirmar que a paciente não tinha a bactéria KPC, a secretaria apresenta exames que, segundo médicos consultados, são resumidos e não conclusivos. O exame para rastrear a superbactéria VRE (enterococo resistente à vancomicina) na doadora foi coletado uma semana antes da captação de órgãos. A SMS não apresentou testes para detecção da superbactéria KPC. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-da-saude-investiga-mortes-pela-mesma-superbacteria-apos-transplantes-no-rio-8966709.html#ixzz2YY9O2nPu Fonte: jornal extra

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Convocação para irmos a Brasília

Brasil desiste de vinda de 6.000 médicos cubanos

O Brasil paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao país e deve lançar nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como países "prioritários". Nem o Ministério da Saúde nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos. Alvo' do Brasil, Portugal buscou médicos em Cuba Editoria de arte/Folhapress Também não dizem o porquê do tratamento "não prioritário" a Cuba, já que a ilha preenche os principais requisitos do programa: médicos por habitante bem acima do recomendado pela OMS e língua próxima do português. "Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico", disse o chanceler Antonio Patriota, em maio, ao mencionar a negociação. Já o Ministério da Saúde informa que escolheu atrair médicos como "pessoa física", e não considerar a oferta do contingente feita pelo governo cubano, nos moldes que a ilha faz na Venezuela. Desta maneira, o ministério evita abrir mais um flanco de críticas na implementação de um programa que já provoca outras resistências. Nos bastidores, repete-se que a negociação com Cuba foi aventada por Patriota, e não pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Há motivos para o recuo. Além da sensibilidade que envolve o regime comunista de Cuba -aliado do governo e do PT e alvo dos conservadores-, o motivo principal é que as missões cubanas são aclamadas pelo trabalho humanitário, como no Haiti, mas não escapam de críticas de ativistas de direitos humanos e trabalhistas na versão remunerada. VENEZUELA No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte. Apesar disso, o programa é considerado atrativo para os profissionais, que ganham cerca de US$ 40 na ilha e, com ele, têm acesso a benefícios. O formato também é criticado por ex-participantes, que acusam o governo comunista de submetê-los a um duro regulamento disciplinar e impor regras de pagamento como poupança compulsória para evitar "deserção". A regra disciplinar na Venezuela, vigente em 2010, incluía pedir autorização para pernoitar fora do alojamento, proibição de dirigir e a obrigação de informar sobre namoros. Falar com a imprensa também estava vetado. "Não vislumbro essa solução feita na Venezuela no Brasil. Ele não é compatível com as leis trabalhistas brasileiras e a Constituição brasileira", diz o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira. REVÉS PARA HAVANA A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo. O que vai aos caixas estatais por serviços médicos -cerca de US$ 6 bilhões anuais segundo estimativas- é maior do que o arrecadado com turismo ou exportação de níquel. O Ministério da Saúde diz que não há restrições se médicos cubanos quiserem se inscrever individualmente no programa. Brasileiros com formação no exterior entrarão na categoria "estrangeiros". Ou seja, brasileiros formados em Cuba, em tese, podem participar. A pasta, no entanto, não prevê fazer campanha para divulgar o programa na ilha, ao contrário do que estuda fazer em Espanha e Portugal. Fonte:Folha de São Paulo

Órgãos contaminados matam três transplantados no Rio; estado admite transmissão de superbactéria Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/orgaos-contaminados-matam-tres-transplantados-no-rio-estado-admite-transmissao-de-superbacteria-8948634.html#ixzz2YSPZvN3Q

Três pacientes que receberam um fígado e dois rins de uma mulher morta no dia 10 de junho, no Hospital Municipal Souza Aguiar, vítima de um acidente de trânsito, morreram dias depois dos transplantes, com infecção generalizada. As equipes médicas que participaram dos procedimentos em três hospitais diferentes não acreditam em fatalidade. Exames realizados nos pacientes e no líquido em que um dos rins foi transportado apontaram para a mesma superbactéria, a Klebsiella pneumoniae (KPC), resistente a quase todos os antibióticos. No relatório assinado pelo médico que retirou os órgãos da doadora, o mais estarrecedor: “inspeção com líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”. Apesar de ter visto pus, indicativo de infecção por bactéria, o médico prosseguiu com a captação e não teria comunicado o fato às três equipes transplantadoras. - A doadora estava internada há cerca de dois meses na UTI do Souza Aguiar. Pacientes que ficam longos períodos em unidades intensivas têm grandes chances de estarem colonizados por alguma superbactéria, adquirida naquele ambiente. Só isso já era um sinal de alerta. Exames de rotina são realizados ali para identificar pacientes colonizados por essas bactérias - diz Júlio Noronha, médico do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), onde um homem recebeu um dos rins e morreu sete dias depois. Sonho realizado que vira pesadelo Após cinco anos de espera, o ajudante de caminhão Josinaldo Severino da Silva, de 51 anos, recebeu no último dia 12 o tão esperado telefonema que o livraria das três sessões semanais de hemodiálise. Paciente renal crônico há oito anos, ele deveria ir imediatamente para o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), onde receberia um rim. Ligou para a mulher e, impaciente, nem a esperou chegar em casa, foi se adiantando. O transplante varou a madrugada, e ele acordou no dia 13 animado. Josinaldo esperou cinco anos por um rim Foto: Álbum de família / Extra No dia seguinte, entretanto, os sinais de infecção já tiravam o sorriso do rosto de Josinaldo. Cinco dias depois, a bactéria KPC tirava-lhe a vida, em função de uma infecção generalizada. Um dia antes, em 18 de junho, o quadro já havia acontecido com uma paciente de 49 anos do Hospital do Fundão (UFRJ), que recebera o outro rim da doadora morta no Souza Aguiar. Sete dias antes, em 12 de junho, outra mulher que recebera o fígado dessa mesma doadora, no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, também não resistiu. - Meu marido entrou andando, feliz da vida, no hospital e saiu de lá, sete dias depois, morto. O transplante era o sonho dele. Não me conformo. Antes ainda estivesse na máquina de hemodiálise. Estaria vivo - lamenta Maria José Ferreira da Silva, de 55 anos, viúva de Joselino, que ainda deixou três filhos e uma neta de 6 anos. Maria José chora a perda do marido Foto: Fábio Guimarães / Extra Sobre a paciente que morreu após o transplante de fígado, o diretor médico do Hospital Adventista Silvestre, Rogério Gusmão, afirmou, em nota, que lamenta o ocorrido. Segundo ele, o fígado recebido pela equipe do cirurgião Eduardo Fernandes chegou “com os exames sorológicos e funcionais, nos quais foi aprovado em perfeitas condições, gerando excelentes perspectivas para a cirurgia e para o paciente indicado para recebê-lo”. Gusmão diz também que durante todo o processo, foram seguidos de forma integral todos os protocolos previstos em padrões internacionais. Opinião de especialistas Médicos especializados em transplantes, que preferem não ter o nome divulgado, explicam que a equipe que faz a captação de órgãos tem obrigação de analisar o prontuário do doador, verificar se há infecção e comunicar tudo isso às equipes que fazem os transplantes. Mediante essas informações, os transplantadores decidem se aceitam ou não o órgão. - Não há tempo hábil para realizarmos exames de cultura no órgão que vem para nós. Temos que confiar nos dados da equipe de captação - explica um dos médicos. A captação é realizada por equipes do Programa Estadual de Transplantes (PET). No caso do rim, o órgão é transportado dentro de três sacos estéreis, um dentro do outro, e conservado no chamado líquido de perfusão, que melhora suas condições para o transplante. O rim só é retirado do saco no momento em que é implantado no paciente. Dessa forma, o exame que apontou a bactéria KPC no líquido de perfusão indica que os órgãos doados traziam o germe que tirou a vida dos três pacientes transplantados. As repostas dos hospitais Hospital do Fundão A unidade afirma que o rim foi recebido com as informações sobre condições do doador e dos órgãos por documentos de praxe, que não incluem o relatório de cavidade. “Para surpresa”, apesar de o transplante ter sido um sucesso, foi observado o crescimento da bactéria no líquido de perfusão usado pela Central Nacional de Captação e Doação de Órgãos, que foi comunicada. Hospital Souza Aguiar A direção afirma que notifica à Central de Transplantes os casos de morte encefálica, que passam a ser acompanhados por cirurgiões do PET, a quem cabe decidir se o paciente pode ser doador. Hospital de Bonsucesso A unidade disse que vai se manifestar hoje sobre o caso. Estado admite transmissão de superbactéria A coordenação do PET, em nota, admitiu que a bactéria que matou três transplantados foi transmitida pela doadora: “Os dados de literatura de transplante mostram uma incidência de cerca de 1% de transmissão de doenças de doadores para receptores e o PET esta dentro dessa faixa. Esse foi o primeiro caso”. O programa afirmou que o prontuário da paciente doadora, ao qual o médico tem acesso antes de retirar os órgãos, não indicava presença de bactéria. E informou que sua equipe sempre avalia clinicamente os potenciais doadores. “O rastreio microbiológico feito na paciente apresentou resultado negativo, ou seja, a paciente não tinha um quadro clínico séptico que inviabilizasse a doação dos órgãos”. Apesar de o relatório de captação assinado pelo cirurgião apontar aspecto “purulento” da cavidade abdominal, o programa afirma que os órgãos retirados da paciente tinham aspecto anatômico apto para transplante. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/orgaos-contaminados-matam-tres-transplantados-no-rio-estado-admite-transmissao-de-superbacteria-8948634.html#ixzz2YSPtiStC Fonte:Jornal extra on-line

Médicos 'do interior' contam como é trabalhar onde falta tudo, até esparadrapo

Por Maria Fernanda Ziegler -iG São Paulo | 08/07/2013 06:00 Eu já peguei coisas aqui que eu nunca imaginei ver na minha vida”, diz Maria do Horto Teixeira, médica ginecologista obstetra de 64 anos e atualmente trabalhando num hospital de Macapá (AP). Maria é uma das poucas médicas experientes que após anos atendendo num consultório, no caso dela em Porto Alegre (RS), decidiu ir para o Norte do País. Arquivo pessoal O médico Thiago Cavalcante Ribeiro (à direita) durante seu período em posto de saúde no interior da Bahia: um braço quebrado tinha que ser levado ao hospital da capital mais próxima Thiago Cavalcante, 29 anos, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2011, também foi trabalhar no interior, no caso dele logo após se formar. Ele se inscreveu no Programa Saúde da Família do governo federal e foi enviado para o município baiano de Paripiranga, de 26 mil habitantes e a 100 quilômetros de Aracaju, no Sergipe. Trabalhava no posto médico três dias por semana, o que permitia tempo para estudar para a prova de residência. O salário líquido era de R$ 8.300,00, mais ou menos o mesmo de Maria, em Macapá. A decisão de Maria de se mudar foi tomada após um concurso que convocou médicos do país inteiro para concorrerem a uma vaga no hospital da capital do Amapá, em 1997. Ela se inscreveu, passou e resolveu mudar de ares. Porém, em poucos dias notou que a realidade era muito diferente do que estava acostumada. Lá, ela sentiu na pele que um plantão pode ter complicações que vão além da gravidade do caso de cada paciente ou da falta de médicos. E que o tradicional corre-corre da sala de emergência pode ganhar como adicional a falta de equipamentos por causa do desvio de recursos ou ter que atender mais pacientes que o esperado por ser o único hospital num raio de muitos quilômetros. “No ano passado teve concurso aqui no Estado e passou uma médica de Belém (PA) para ganhar R$ 20 mil por 40 horas. Quando ela chegou aqui e viu o hospital onde falta quase tudo ela desistiu e voltou rapidinho”, disse. Thiago também conta que o posto em que trabalhava tinha estrutura para fazer apenas o básico. Uma intervenção mais complicada ou até mesmo um caso de braço quebrado tinha de ser encaminhado para um hospital em Aracaju. “Tive sorte de ficar num local relativamente perto de uma capital com bons hospitais. Alguns amigos da faculdade foram para lugares mais distantes que eu. Os hospitais não tinham estrutura nenhuma e eles ficavam expostos a situações terríveis”, disse. Maria lembra que uma vez estava sozinha no hospital quando chegou uma grávida jovem amparada por bombeiros. “Ela veio sozinha de barco para Macapá, depois de uma longa viagem. Foram os passageiros que chamaram os bombeiros quando o barco chegou ao porto. A mulher tinha um filho morto na barriga, que devia estar lá há não sei quanto tempo e não resistiu depois de tantas horas sacolejando no barco. É muito triste”, conta. Outra vez, Maria atendeu uma paciente com “uma hemorragia brutal”. “Nem sei como ela sobreviveu, perguntei quantos filhos ela tinha e ela só respondeu mostrando os cinco dedos da mão e logo depois desmaiou. Esta estava acompanhada e soube que havia enfrentado uma viagem de 18 horas num barquinho até aqui. Chegou ao hospital em estado de choque”, diz. A falta de hospitais no interior do Amapá e do Pará - como a ilha de Marajó, por exemplo - obriga pacientes em estado grave a enfrentar horas de barco para serem atendidos em Macapá. “O problema é que, chegando na capital do Estado, eles encontram hospitais sem estrutura, equipamento ou médicos preparados”, disse. Maria acredita que a falta de dinheiro não seria exatamente o problema se não houvesse tanto desvio de recursos. “Eu acho que daria para fazer um atendimento por avião nestes locais remotos e ter melhores hospitais. Brasília manda dinheiro, mas há muito corrupção”, disse. Na Região Norte, muitos locais são alagados durante alguns meses do ano, o que impossibilita a construção de estradas e torna o barco a única maneira de acesso. O avião nestes casos seria uma solução para o pronto-atendimento. Outro problema grave, segundo Maria, é a má formação que as universidades da região dão aos médicos. Ela considera que os médicos não saem da universidade preparados para encarar um plantão, ainda mais em situações onde falta tudo, de equipamento a materiais mais simples como agulhas, esparadrapo ou lençóis. “Tem médico que sai da universidade e não sabe nem usar um fórceps. Eu estou falando de coisa básica”. Maria trabalha com médicos “da velha guarda” e outros mais jovens e afirma que é visível a diferença entre as duas gerações. Os mais jovens trabalham “feito condenados” para ganharem dinheiro e irem embora. “Tem um médico que trabalha comigo que além das 40 horas, faz plantão em três hospitais. São cerca de 30 plantões por mês. Um absurdo. Agora eu pergunto como que eu médico deste vai ter o mínimo de atenção e cuidado com o paciente?”. “Eu vejo também que os jovens de Porto Alegre dificilmente viriam para cá. Eles não querem trocar aquela vida aparentemente pequeno-burguesa para virem para tão longe”, critica. Ida para o interior, mas com foco na especialização Ao contrário da maioria dos médicos que, quando vai para o interior, permanece poucos meses, Thiago ficou em Paripiranga por quase dois anos. Após ficar um ano e meio no Programa Saúde da Família, ele permaneceu por mais três meses no mesmo posto de saúde, mas como integrante do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), até que passou para a residência de otorrinolaringologia em Salvador (BA) e foi morar na capital baiana. “O salário do Provab era menos 300 reais que o do PSF e eu trabalhava um dia a mais, mas a participação no programa me rendia 10% a mais da minha nota na prova de residência e qualquer meio ponto nesta prova vale ouro, não é?”, disse. Pelo Provab, a carga de trabalho é de 40 horas, sendo oito horas de estudo usadas em um curso de ensino à distância. A adesão ao programa na turma de Thiago foi relativamente grande, mas não muito duradoura. Dos 77 alunos que se formaram, cerca de 30 passaram na primeira tentativa para a residência. Do restante, cerca de 90% ingressou no Provab. “Muitas cidades do interior não disponibilizam nem internet. Então como é que o médico que participa do Provab vai fazer o curso à distância obrigatório? Na minha cidade eu tinha internet, mas esta não é a realidade para todos”, disse. Para ele, se o interesse do governo federal no Provab é incentivar a ida de médicos para o interior, então é preciso que os salários de quem trabalha no interior seja maior que o nas capitais. “O salário dos médicos do Provab é o mesmo para quem fica no interior ou na capital. Então não tem um estímulo para o médico ir para o interior. Eu continuei em Paripiranga que fica a 100 quilômetros de uma capital, mas tenho amigos que foram mais para o interior e desistiram antes mesmo de mim por causa dos problemas que enfrentaram”, disse. Ele disse que com dois plantões de 24 horas por semana em hospitais de Aracaju, por exemplo, onde se paga R$ 1.500 por um plantão de 24 horas, ganha-se mais que o salário líquido do Provab. Segundo dados do Provab, 968 médicos desistiram do projeto desde que foi criado em 2011. Do total, 46,5% foram convocados para programas de residência e 29,8% foram desligados por descumprirem regras do edital, como carga horária de trabalho e faltas cumulativas. Médicos estrangeiros Tanto Thiago quanto Maria não acham que a “importação” de médicos vai solucionar a falta de médicos no interior do País. “Aqui vai ser o primeiro lugar que vão querer colocar médicos estrangeiros. Você acha que um europeu vai querer ficar na selva por muito tempo? Quando começar a sofrer com malária, falta de equipamento e grosseria vai querer ir embora. Talvez os cubanos permaneçam por mais tempo”, disse Maria. O iG está fazendo uma série especial sobre o projeto e a polêmica de trazer médicos estrangeiros para o Brasil. Confira: - Chave para expansão de médicos, residência ainda não é para todos - Norte e Nordeste são os que mais sofrem com falta de médicos - 'Saúde não depende só de médico', diz vice-prefeita de cidade campeã do SUS - A curto prazo é preciso ter médicos estrangeiros - 'Atração de médicos estrangeiros não pode ser tabu', diz Padilha ao iG - Médicos de Venezuela e Bolívia criticam experiência de 'importar' cubanos - Médicos estrangeiros terão avaliação durante três semanas antes de trabalhar - Cidade gaúcha paga faculdade e mesmo assim não consegue atrair médico - Eles defendem a vinda de médicos estrangeiros para os rincões do País Fonte:último segundo -IG

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Descaso

DO INFERNO PARA O CÉU Meu nome é Mauro Guedes morador de Muriqui, na Rua Ceará 33, há 16 anos. Aos Fatos: Minha filha Renata Siqueira Guedes, moradora de Itacuruçá vinha fazendo o pré-natal no posto da mesma localidade de posse de todos os exames solicitados pelo médico incluindo a ultra onde constava que o bebe estava em perfeitas condições. No dia 29/06/13 (sábado) entrou em trabalho de parto já sangrando, onde sua mãe e seu companheiro imediatamente a conduziram para o hospital Vitor de Souza Breve em Mangaratiba, ao chegarem ela foi levada para a sala de maternidade próxima ao berçário ficou lá por algumas horas tendo contrações sua mãe bateu na porta e perguntou a médica se estava tudo bem pois ela dizia que estava sangrando muito, então perguntei a médica se não era melhor que fizesse cesária, disse que era assim mesmo. Conforme o relato da minha filha ela implorava para que a médica fizesse a cesariana e a médica falando ao celular respondia para que a mesma se calasse com apoio de uma enfermeira , após quarenta minutos falando ao celular médica resolveu fazer a cesariana. Neste momento houve uma correria tremenda no hospital, o anestesista passou correndo por sua mãe e começaram a procurar os instrumentos necessários para a realização do ato cirúrgico minha filha lucida ouviu a médica falar em alto e bom tom “olha a merda antes tivesse feito o que esta menina pediu” neste momento ela retira a criança e pede um saco plástico para colocar a menina dentro, logo após a médica chama sua mãe perante uma série de funcionários que para ela pareciam ter participado da cirurgia e a comunica que o neném tinha falecido sem ter o mínimo de sensibilidade e respeito humano para dar tal notícia. Sua mãe um atestado de óbito assinado pela médica onde diz que não havia dilatação necessária e que minha neta teve uma parada cardíaca. Por volta das duas horas da manhã a médica vai embora sendo que pelo que fiquei sabendo seu plantão terminava as oito da manhã. Fui ver minha neta, numa sala dentro de uma caixa de papelão já morta. Não podemos permitir isto. Pois o tempo que fiquei la ouvi vários comentários dizendo que e fato corriqueiro. E funcionários falando, que não podem expressar sua opinião pois sofrem represálias.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Viúvo de grávida presta queixa contra médica alegando erro na Bahia

O marido da dona de casa grávida de quatro meses que morreu no último fim de semana em Feira de Santana, município a cerca de 100 Km de Salvador, prestou queixa na polícia na quarta-feira (3) contra a médica que fez o atendimento no hospital. A família de Marisângela Jesus dos Anjos, 37 anos, questiona a aplicação de um remédio na policlínica do Conjunto Feira X, onde ela foi atendida. "A adrenalina que ela passou para minha esposa via oral. A auxiliar pegou a seringa e aplicou na boca. Aplicou e daí minha esposa já começou a passar mal. Ela vendo o meu desespero e de minha sogra, ela prescreveu o medicamento Neozini e pediu para que eu ou ela saíssemos, rodássemos a cidade atrás desse medicamento. Quando chegou o medicamento ,ela já estava desfalecida", alega o metalúrgico Adeilton Souza, marido de Marizângela. A médica Cíntia Zubieta é plantonista e até a manhã desta quinta-feira (4) ainda não tinha voltado a trabalhar na policlínica. Ela é contratada de uma cooperativa e não é brasileira. O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) disse que a médica tem registro no órgão e está com a situação legalizada no país, mas não soube informar qual a nacionalidade dela. saiba mais Grávida morre após tomar remédio e família alega negligência na Bahia Ônibus atinge carro com mulher grávida de sete meses na Bahia Tia de adolescente grávida aos 12 anos diz que vai cuidar de bebê Mulher se finge de grávida e tenta atacar uma mãe a facadas na Bahia Irmãs, uma delas grávida, são mortas dentro de casa em Conquista, na BA O médico Erivaldo Dórea também atendeu Marisângela na noite de sábado (29). Ele diz que a colega fez todos os procedimentos corretos e acha que não houve erro médico. "A adrenalina foi prescrita e aplicada para o tratamento da crise asmática da paciente. Todas as medicações que foram aplicadas na paciente como consta em prontuário foram as medicações indicadas para o caso que ela apresentava da hipertensão arterial e da crise asmática, nada diferente foi feito", avalia Erivaldo Dória, médico. O médico não comentou a administração de adrenalina, que segundo o marido de Marisângela foi feito por via oral. A delegada Milena Calmon, que investiga o caso, disse que vai aguardar o laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre a morte de Marisângela para ouvir a médica Cíntia Zubieta e outras pessoas envolvidas no caso. A secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, disse que só vai se pronunciar quando sair o resultado do laudo. Caso Segundo os familiares de Marisângela de Jesus dos Santos, ela passou mal no sábado, quando foi levada à policlínica do Conjunto Feira X. Ainda de acordo com os familiares, após atender a paciente, a médica teria prescrito uma medicação que deveria ser comprada em uma farmácia, já que a clínica não fornecia. A declaração de óbito indica "causa indeterminada" para a morte de Marisângela. O Departamento de Polícia Técnica informou que o laudo com as causas da morte sairá em 150 dias. Fonte: G1

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Polícia investiga denúncia contra médico de Bauru por assédio sexual

01/07/2013 A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina investigam uma denúncia feita por uma comerciária de Bauru (SP) contra um médico da cidade por assédio sexual. O suposto crime teria ocorrido durante uma consulta de rotina. Os órgãos investigam a conduta do médico. No relato, a comerciária conta que procurou o centro médico com sintomas de gripe, como coriza e bronquite, e foi atendida pelo plantonista. Logo no início do atendimento, o médico insinuou que ela seria usuária de drogas inalantes, como cocaína, e chegou a convidá-la para "cheirar algo juntos", segundo o depoimento da mulher. Em seguida, ele teria feito vários elogios à aparência da paciente e, sob o pretexto de examiná-la, agarrou-a e chegou a tentar beijá-la. "Cheguei a pensar em não denunciar, mas lembrei que outras pessoas também podem ser vítimas de uma ação constrangedora como essa", disse a mulher, que teve a identidade preservada. Segundo o delegado Carlos Crepe, da Central de Polícia Judiciária (CPJ), denúcias como essa são de difícil apuração, mas que os investigadores já estão ouvindo as partes envolvidas e procurando mais indícios para encaminhar a denúncia à Justiça. "É difícil se provar, mas não é impossível. Geralmente não há testemunhas, mas é levado em conta o comportamento da pessoa e seu histórico. A sociedade está abrindo os olhos e não está aceitando essa situação como se fosse comum. Cabe à polícia investigar o que realmente aconteceu", explica Crepe. O Conselho Regional de Medicina (CRM) admite que há uma crescimento assustador do número de denúncias de abuso sexual em atendimentos médicos. Segundo Carlos Alberto Monte Gobbo, conselheiro do CRM-São Paulo, em 2011 a entidade recebeu 33 denúncias de assédio; no ano passado, foram 58 casos relatados e, até abril desses ano, já existem 14 denúncias registradas. "Estamos notando um aumento exponencial das denúncias porque as pessoas estão exercendo seu poder de cidadania, seu poder de reclamar", acredita. Diante deste aumento de casos, o CRM criou uma câmara de assédio sexual para julgar essas denúncias. Segundo Gobbo, nos últimos dez anos, o órgão chegou a cassar o registro de 164 médicos e suspendeu outros 218 profissionais. Gobbo também ressalta as dificuldades de se apurar tais denúncias, mas lembra que o assediador sempre "deixa um rastro". "Por ser compulsiva, esse tipo de pessoa deixa um histórico de sua conduta e o CRM leva em conta também a semelhança dos ataques, o que muitas vezes nos leva a ter a convicção de que o acusado é um assediador", afirma o conselheiro do CRM. Para a entidade médica o caso é tão preocupante que ela mesma chega a orientar as mulheres a entrarem nos consultórios médicos acompanhadas de pessoas de confiança. "O assédio sexual é algo que o CRM entende como inaceitável e, quando detectado e comprovado, em geral há uma tendência de se afastar o médico do exercício da profissão", destaca Gobbo. Fonte:G1 LINKhttp://glo.bo/12aehb4