quinta-feira, 31 de maio de 2012

Bebê demora a ser internado em UTI devido à burocracia de plano de saúde e morre

Tudo aconteceu em apenas nove dias. Período curto mas que foi suficiente para mudar para sempre a vida da família do pequeno Enzo Albuquerque. Com 1 ano e 3 meses, o menino morreu após ser diagnosticado com um quadro grave de pneumonia e ter sua internação recusada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN). Segundo a mãe do bebê, a operadora de telemarketing Karla Paes, a criança, com tosse e febre, passou quatro dias tomando os remédios receitados por um pediatra particular, sem apresentar melhora. Depois de ser atendido numa clínica, Enzo foi encaminhado ao HCN, com quadro agravado. No hospital, a avaliação clínica e exames médicos comprovaram que o menino precisava de internação imediata. A surpresa de Karla veio com a resposta do plano de saúde Amil ao pedido pela internação de Enzo. Por estar em período de carência, a estadia da criança no hospital foi negada, mesmo com a gravidade do caso. — Ele sempre foi cliente da Amil. Tive um problema de pagamento do plano e refiz o contrato em fevereiro, não era pra cair em carência. O pequeno Enzo Foto: Reprodução Sem conseguir encontrar uma solução, Karla buscou ajuda no Tribunal de Justiça do Rio que, junto ao Ministério Público, por meio de liminar, decretou a liberação da internação de Enzo em UTI pediátrica, sob pena multa de R$ 5 mil ao dia. Mesmo com a presença de um oficial de justiça no local, o hospital demorou cerca de 24 horas para internar a criança. Os problemas continuaram. Diferentemente da ordem emitida em documento judicial, Enzo foi transferido para um quarto e não para a UTI. Após inúmeras reclamações da mãe, médicos do hospital constataram um inchaço no abdômen do menino. Só então — após uma transfusão de sangue —, Enzo foi transferido para a UTI do hospital, às pressas. — Notei ele cada dia mais fraco e os médicos não me deram atenção. Aquela foi a última noite de Karla com o filho. Ainda na UTI, ela diz que sentia Enzo perdendo as forças. Na manhã do dia seguinte precisou deixar o menino, a pedido do hospital. A notícia veio logo em seguida. — Só ouvi: "Seu filho teve uma parada cardíaca e não voltou" — contou a mãe. Mesmo após a morte de Enzo, Karla reclama do atendimento prestado, quando não teve apoio psicológico. — Todos os documentos do Enzo constavam "sob liminar judicial". Um absurdo. Enzo, no colo de Papai Noel Foto: Reprodução Plano diz que lamenta Em nota, a Amil informou que "lamenta a morte da criança e que em momento algum houve qualquer tipo de interrupção de cobertura assistencial, que comprometesse o estado de saúde do mesmo". O Hospital das Clínicas, também por nota, informou que o paciente recebeu toda assistência adequada na emergência da unidade. Sobre a internação da criança na UTI, o hospital explicou que, no momento do pedido, não haviam leitos disponíveis e, em concordância com a família, manteve o menino na emergência. Segundo nota, "o atendimento foi dentro dos protocolos médicos e que, por nenhuma circunstância externa, o tratamento foi comprometido ou interrompido". Nota da Amil "Com relação ao ocorrido há mais de dois meses, no dia 28 de março de 2012, que envolve o paciente infantil E.P.A., a Amil Assistência Médica Internacional entende a dor dos familiares pela perda do ente querido, esclarecendo que em momento algum houve qualquer tipo de interrupção de cobertura assistencial, que comprometesse o estado de saúde do mesmo." Karla Paes mostra a documentação referente à internação de seu filho Foto: Cléber Júnior / Extra Nota do Hospital de Clínicas de Niterói "O paciente pediátrico Enzo Paes de Albquerque deu entrada no serviço de emergência do hospital no dia 23/03/2012, às 20h30m, por meios próprios (com seus familiares), com um quadro de pneumonia, já em tratamento ambulatorial há quatro dias. Tratava-se de um paciente com uma doença de base imunodepressiva, em investigação médica, desde os seis meses de vida. Enzo Paes de Albquerque, de abril de 2011 a janeiro de 2012, teve seis atendimentos no serviço de emergência do HCN. No dia 23 de março, o paciente recebeu toda assistência adequada – terapêutica e suporte diagnóstico na emergência do hospital. Às 00h do dia 24/03/2012, a equipe médica solicitou uma vaga em Unidade Tratamento Intensivo (UTI). Naquele momento, o hospital não tinha disponibilidade de leitos. Dessa forma, em concordância com a família, o paciente ficou sendo assistido integralmente na unidade de repouso da emergência, onde apresentou melhora progressiva. No dia 25/03/2012, pela manhã, ele foi transferido para um quarto particular – com o quadro estabilizado e sem indicação de UIT. Ele permaneceu estável e internado em quarto particular até o 27/03/2012. Às 19h do dia 27/03/2012 o quadro do paciente se agravou e ele foi transferido para um leito de UTI. Porém, apesar dos esforços da equipe de saúde ele apresentou uma evolução aguda e evoluiu ao óbito às 08h10m, do dia 28/03/2012, tendo como causa mortis choque séptico e pneumonia. O hospital ratifica que o atendimento prestado ao paciente foi integralmente dentro dos protocolos médicos e que por nenhuma circunstância externa o tratamento foi comprometido e ou interrompido. O HCN se coloca inteiramente à disposição para apresentar aos fóruns técnicos de saúde e familiares do paciente todas as condutas adotadas durante o período de internação do paciente." Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/bebe-demora-ser-internado-em-uti-devido-burocracia-de-plano-de-saude-morre-5075452.html#ixzz1wUvqB04r

Revoltada, médica grita por ajuda em porta de hospital no Rio

O MOBEM PARABENIZA A DRA.ANGELA TENORIO PELA CORAGEM.APOIAMOS A SUA INDIGNAÇÃO!!!

"Eu e disse aos médicos que ia morrer", diz mulher que acusa hospital de ter deixado aparelho em seu corpo

. .. Ivanise Gomes de Lima, de 37 anos, acusa os médicos do HRT (Hospital Regional de Taguatinga) de terem deixado parte de um aparelho no corpo dela após uma cirurgia para a retirada de pedras na vesícula biliar, no início do mês de maio. Durante a operação, ela disse que ficou o tempo todo acordada e ouviu quando os médicos disseram que o aparelho tinha quebrado. — Eu ouvi tudo na cirurgia e disse aos médicos que ia morrer. Eles disseram que não e suspenderam a cirurgia. Leia mais notícias no R7 Segundo a paciente, as dores eram fortes e a incomodavam desde agosto do ano passado. Ela conseguiu uma primeira cirurgia somente para janeiro deste ano, que deveria ter solucionado o problema. No entanto, segundo a paciente, uma médica do HRT pediu para que ela retornasse três meses depois para remover uma última pedra, que teria ficado presa. Pedaço de instrumento cirúrgico teria ficado no corpo de mulher após cirurgia no HRT No dia 1º de maio ela voltou ao hospital. Depois de 24 horas, ela foi levada novamente ao centro cirúrgico. Desta vez, para remover o aparelho que, segundo ela, ficou em seu corpo durante a cirurgia. — Minha médica disse que a cirurgia atingiu o duodeno, os intestinos grosso e delgado e o estômago. Minhas vísceras e órgãos estão totalmente comprometidos agora. Confira também Pedaço de instrumento cirúrgico teria ficado no corpo de mulher após cirurgia no HRT ...Mesmo após a cirurgia, Ivanise disse que ainda tem dúvidas se o aparelho foi realmente retirado do corpo dela, porque ela continua sentindo dores, anda com dificuldade e precisa da ajuda de amigos e familiares para realizar qualquer tarefa. Em um dos boletins médicos, o hospital informa que ela teve febre alta e que estava eliminando secreções por meio do dreno. O advogado de Ivani, Rodrigo Duque Dutra, diz que está investigando o caso para entrar com uma ação judicial contra o hospital. — Vou abrir uma sindicância junto com a Secretaria de Saúde do DF e CRM (Conselho Regional de Medicina) para verificar o que aconteceu e depois vou ver a possibilidade de mover uma ação judicial. Ivanise agora teme ter que passar por novos procedimentos cirúrgicos. — Tenho muito medo de ter que voltar para fazer nova cirurgia. O aparelho usado será o mesmo, o médico e o procedimento também. É difícil estar na minha situação. Em nota a Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse que todos os procedimentos médicos e cirúrgicos foram realizados para sanar o problema. Informou também que o caso continua sendo investigado com a direção do Hospital Regional de Taguatinga e toda a assistência necessária está sendo prestada à paciente. A secretaria também esclarece que as orientações sobre o procedimento a que foi submetida foram repassadas à paciente e que ela poderá consultar o prontuário e o médico responsável pelo caso. Assista ao vídeo:

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Hospitais não podem pedir cheque-caução para atendimento de emergência

Mario Campagnani
Hospitais e clínicas que exigirem cheque-caução ou o preenchimento prévio de formulários para atendimentos de urgência e emergência terão que responder criminalmente, com punições de até três anos de cadeia para os responsáveis pelos estabelecimentos, em caso de morte dos pacientes. A Lei 12.653 — publicada ontem no Diário Oficial da União — altera o Código Penal de 1940 e declara que tal exigência é crime de omissão de socorro. O advogado Rafael Couto, da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, diz que já existe uma legislação no Estado do Rio (Lei 3.426, de 2000), que proíbe a cobrança do cheque-caução e pune com multas as clínicas que fazem esse tipo de exigência. Segundo ele, porém, a lei federal deve ter efeito maior: — Agora, haverá condenação uma criminal, o que deverá inibir mais essa prática. O advogado José Roberto de Oliveira lembra que a lei vem esclarecer uma questão na qual a Justiça já concede vitória aos consumidores: — Exigir um cheque é coação. Quem já passou por isso antes mesmo da lei pode processar o hospital. Para fazer valer a lei, a família do paciente que tiver o atendimento condicionado à emissão do cheque-caução poderá chamar a Polícia Militar ao hospital para exigir o atendimento, diz o advogado Eurivaldo Neves Bezerra: — O descumprimento levará à prisão em flagrante. As queixas deverão ser registradas em delegacias. E os estabelecimentos deverão fixar cartazes em locais visíveis com essas informações. Pela nova lei, a pena será de detenção de três meses a um ano e multa para os responsáveis pela prática de exigir cheque, nota promissória ou qualquer garantia, inclusive o preenchimento prévio de formulários, como condição para atender o paciente. A pena pode chegar a dois anos, se a recusa do atendimento resultar em lesão corporal de natureza grave, e até três anos, se causar morte Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/hospitais-nao-podem-pedir-cheque-caucao-para-atendimento-de-emergencia-5062448.html#ixzz1wLnYLIGQ

segunda-feira, 28 de maio de 2012

"Dói saber que ele poderia estar bem", diz ator de Tropa

Sandro Rocha, que participou do filme Tropa de Elite, esteve no Balanço Geral desta segunda-feira (28) e denunciou um hospital da Baixada Fluminense por negligência na morte do pai, no último sábado (26). De acordo com o ator, o paciente precisava de um cateterismo, mas o procedimento não foi marcado de imediato. — O meu pai deu entrada no hospital no dia 16 de maio com um quadro de infarto e o cateterismo só foi agendado para o dia 24. Logo após a chegada à unidade, médicos informaram que para fazer o procedimento era necessário passar por um processo burocrático e não havia vaga em outro hospital. Ainda segundo Rocha, o cateterismo foi feito somente na última quinta-feira (24), em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. — O laudo diz que meu pai estava com 80% das artérias entupidas. Ele não deveria ter sido removido de Ipanema para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e, sim, levado rapidamente para uma mesa de cirurgia. Para o ator, o pior é sentir que o pai poderia estar bem, se tivesse sido operado. — O que mais dói é saber que meu pai poderia estar operado há quatro dias. Cateterismo é o primeiro procedimento que tem que ser feito quando uma pessoa enfarta para descobrir o grau da lesão. Eu quero dar voz a este problema porque ninguém tem noção da quantidade de pessoas que já passaram por isso. Colaborou Jéssica Ventura, do R7. Veja o vídeo no link abaixo:

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Polícia investiga suspeita de uso de formol em lavagem intestinal de mulher em hospital de MG

A Polícia Civil mineira abriu inquérito para investigar o suposto uso de formol durante procedimento de lavagem intestinal realizada em uma mulher de 47 anos na Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso (400 km de Belo Horizonte).
O procedimento ocorreu no último dia 15, e a família procurou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência. “Foi instaurado inquérito por possível erro de medicação durante o procedimento”, disse a delegada Rosaine Cecílio.
Segundo a policial, material recolhido da mulher foi encaminhado ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil (IC), em Belo Horizonte. Rosaine informou que o inquérito foi aberto com base no boletim de ocorrência da PM, acionada pela família
Segundo a delegada, funcionários do hospital já foram ouvidos, mas ela não detalhou o teor dos interrogatórios. “Temos 30 dias para concluir as investigações e vamos aguardar os resultados de todos os exames periciais, além de concluir os interrogatórios’, afirmou.
A delegada disse ter ido nesta sexta-feira (25) à unidade hospitalar e afirmou ter ouvidos dos médicos que a mulher está se recuperando em unidade de tratamento intensivo do local. “Estamos apurando se houve negligência, imprudência ou imperícia no caso”, declarou.
O UOL tentou contato com a Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, mas foi informado que o diretor clínico não falaria sobre o assunto em razão de não ter sido autorizado pela direção do hospital.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Idosa morre sem receber atendimento

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo:

http://r7.com/PWso

Família acusa médico de deixar bebê cair após parto

A família de um bebê de apenas quatro meses acusa um médico do Hospital Infantil de Florianópolis, em Santa Catarina, de ter deixado a criança cair e bater a cabeça no chão após o parto, em janeiro deste ano.

Além da queda, a família diz que o médico foi negligente no atendimento após o acidente. Ele teria demorado para relatar ao hospital a necessidade de providenciar uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Mãe confessa ter matado a filha no Ceará
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A criança ainda está internada no hospital. Ela se alimenta e respira somente com a ajuda de aparelhos. O bebê ainda está na incubadora. As funções cerebrais também foram afetadas.
Veja o link da reportagem:

http://r7.com/ter3

sábado, 19 de maio de 2012

Jovem de 18 anos do RS passa por transplante de córnea no olho errado

O que era para ser o começo de uma nova vida para a estudante de direito Jessica Vinhola, de 18 anos, virou um tormento. A jovem sofre desde pequena de uma doença que atinge as duas córneas. Há dois anos, submeteu-se a uma cirurgia a laser e passou a ter 80% da visão do olho direito. Para resolver o problema no olho esquerdo, o transplante era a única saída. Depois de um ano de espera na fila, a operação foi realizada na quinta-feira (17), no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Quando acordou, veio a decepção: a cirurgia foi feita no olho errado.
"Eu fiquei com muita raiva, fiquei muito nervosa quando percebi. Quando falaram que estava certo, pensei: será que eu é que estou errando os lados?" Contatado pela reportagem, o Hospital de Clínicas se manifestou por meio de nota e admitiu que houve uma falha no procedimento. O HCPA salienta que realiza esse tipo de transplante desde 1988, com mais de 3 mil cirurgias desde então. "Apesar do processo de marcação ter sido inicialmente realizado no olho correto, o transplante ocorreu no olho não programado, provavelmente devido a um deslocamento do dispositivo de marcação", diz a nota.
Além de estudar direito, Jessica trabalha como auxiliar administrativa na Uniritter. O maior temor da jovem é perder toda a visão. Hoje a menina e a mãe voltaram ao hospital para se reunir com a equipe médica e receberam a garantia de que será feito um novo transplante. "Me disseram que a gente escolheria a data. Como assim? Se tem uma fila de transplante, uma fila de córneas, por que não fizeram antes nela? E os outros que estão na fila, vão ser passados pra trás?", desabafa a dona de casa Simone Vinhola, mãe de Jessica.
O hospital abriu investigação para apurar as causas da falha e se comprometeu a buscar as soluções para que seja realizado o transplante no olho correto.

Veja a reportagem na íntegra no link abaixo
http://glo.bo/L5AwXQ