segunda-feira, 11 de abril de 2016

Aluno reprovado em novo exame não fará residência médica, diz MEC

Aluno reprovado em novo exame não fará residência médica, diz MEC

MEC prevê realizar em agosto o 1º exame nacional dos alunos de medicina.
No 2º e 4º ano, nota será monitorada. No 6º, reprovação trava diploma.

Gabriel LuizDo G1, DF
O ministro da educação, Aloizio Mercadante, em anúncio do exame nacional de alunos de medicina (Foto: Gabriel Luiza/ G1)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em anúncio do exame nacional de alunos de medicina (Foto: Gabriel Luiz/ G1)
O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira (1º) que prevê realizar em agosto o primeiro exame nacional dos alunos de medicina no Brasil. O objetivo é realizar o monitoramento progressivo da qualidade desse ensino no país. A cada dois anos, graduandos do segundo, quarto e sexto anos serão obrigados a fazer a prova, batizada de Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem). A ideia é que o exame ocorra semestralmente.
A avaliação nacional a cada dois anos já havia sido anunciada em agosto de 2015 pelo então ministro Renato Janine Ribeiro. A criação do exame foi proposta pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2014, como parte das alterações nas diretrizes curriculares de medicina.

Segundo o ministro Alozio Mercadante, as provas serão exigidas como critério para que o aluno possa se formar e será “condição essencial para entrada na residência médica”. “A cada dois anos vamos ter avaliação do progresso do aluno e das instituições”, disse. “Será um exame condicionante à sua formação, uma avaliação muito mais completa.”

De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, no segundo e quarto ano, a prova será feita em modalidade semelhante a dos treineiros, na qual as notas serão apenas acompanhadas e servirão para o aluno verificar o próprio desempenho.

A última prova terá caráter eliminatório: o estudante que tiver resultado abaixo da nota de corte terá de refazer a prova por ser um exame criado para avaliar “condições mínimas e essenciais para se formar”. A reprovação vai significar veto ao diploma e impossibilidade de entrada na residência médica.
“A definição da nota de corte é feita por um painel de especialistas a cada prova”, disse o representante da subcomissão do Revalida, Henry Campos. “Durante dois dias eles se debruçam tanto sobre a prova escrita quanto sobre a prova de avaliação de habilidades, estabelecendo qual seria o percentual de acerto esperado para um aluno considerado médio.”
Estudantes que ingressaram na universidade em 2015 serão os primeiros a realizar o exame. O número corresponde a cerca de 20 mil estudantes.
Revalida
A Anasem será feita nos “mesmos padrões” aplicados no Revalida -- obrigatório para quem cursou medicina fora do Brasil, inclusive brasileiros, e deseja atuar como médico no país.
O exame foi criado em 2011 com o objetivo de unificar o processo de revalidação em consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina. Antes do Revalida, cada instituição de ensino superior estabelecia os processos de análise seguindo a legislação.
Enquanto o médico não for aprovado e não obtiver a revalidação do diploma pelas instituições do ensino público, ele fica impedido de atuar no país. O índice de aprovação na prova, em 2014, foi de mais de 30%. Se um médico for reprovado no Revalida, ele pode se inscrever para fazer o exame do ano seguinte.
Em 2015, 1.683 médicos foram aprovados no revalida -- o que representa 50,3% dos inscritos. Ao todo, 54,7% desse total é de brasileiros que se formaram em medicina em outro país.
Contingenciamento
Na semana passada, o Ministério do Planejamento anunciou bloqueio extra de R$ 21,2 bilhões em gastos no orçamento. Nesta semana, o governo anunciou que o Ministério da Educação teve limite de empenho para gastos discricionários (excluindo o PAC e as despesas obrigatórias) diminuído em R$ 4,27 bilhões para todo este ano.
Segundo Mercadante, não se trata de corte, e sim de um “contingenciamento”. “Neste momento de queda de receita pública, é fundamenteal que o Congresso se debruce sobre educação e busque reverter esse contingenciamento. Se não tivermos nova fonte de receita, o que resta é o corte. E o corte prejudica a expansão e a qualidade da educação.”
Em nota divulgada nesta sexta, o MEC pede que parlamentares tomem “medidas urgentes e corajosas em defesa do financiamento da Educação”. “Temos a convicção de que neste momento delicado da economia e da política nacional, a educação tem que ser protegida para continuar avançando”. A pasta também garantiu fazer “mais com menos” e que analisa o cenário econômico atual.
fonte G1

Técnica de enfermagem é presa após erro de medicação e morte de idoso

Uma técnica de enfermagem de 31 anos foi presa na madrugada desta segunda (11) após errar a aplicação de um medicamento em um paciente de 87 anos na Santa Casa deCaraguatatuba. O erro teria causado a morte de Ivo Assine, que estava internado há dez dias com pneumonia.

A profissional vai responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Foi estipulada fiança de R$ 5,2 mil, que não havia sido paga até a publicação desta reportagem.
Técnica de enfermagem é presa após erro de medicação e morte de idoso (Foto: Arquivo Pessoal)
O caso aconteceu durante a madrugada, quando a mulher deveria trocar o soro e aplicar óleo mineral pelas vias nasais do paciente. Durante o procedimento, ela errou a aplicação e acabou introduzindo o óleo de forma intravenosa.
Após a medicação, o idoso teve uma parada cardíaca e não resistiu. A polícia foi acionada e a mulher foi presa. Segundo a Polícia Civil, a vítima estava internada em estado grave há dez dias para o tratamento de uma pneumonia.

Em depoimento à polícia, a profissional alega que errou o procedimento, mas que teria parado a aplicação a tempo e que essa não teria sido a causa da morte. "Ela confessou que fez a medicação de forma errada. Apesar disso, o corpo vai passar pela perícia no IML para verificar se a troca foi realmente a causa da morte", afimou o delegado Marcelo Abreu Magalhães.

Segundo o hospital, a mulher trabalhava há 20 dias na unidade médica. Por meio de nota, o hospital "lamentou o ocorrido e informou que tomará todas as medidas necessárias para apurar o fato que foi comunicado às autoridades policiais para averiguação”. Um defensor público deve ser nomeado ainda nesta segunda para a fazer a defesa da técnica de enfermagem. A mulher está presa na delegacia de Caraguatatuba.

Fonte G1

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

1ª Manifestação contra os erros dos profissionais da saúde


Erros de recém-formados em casos médicos básicos preocupam Cremesp

O exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) de 2015, que registrou 48,13% de reprovação entre os participantes, revelou elevado nível de desconhecimento dos recém-formados em medicina em procedimentos considerados básicos.
A prova com 120 questões de múltipla escolha obteve índices de erro entre 60% e 78% em problemas como insuficiência renal crônica, hipertensão arterial e asma brônquica.
Os equívocos estão diretamente associados a falhas nas práticas de ensino e ao excesso de faculdades de medicina abertas no Estado, afirma o conselheiro corregedor Eduardo Luiz Bin, de Ribeirão Preto (SP) - cidade em que duas das três faculdades com alunos participantes na prova - USP e Unaerp - tiveram média de acertos igual ou acima de 60%.
"Isso mostra que muitas das escolas ainda não estão com uma grade curricular à altura para formar esses alunos, porque é o básico da medicina", afirma Bin.
Erros básicos
O exame aplicado entre 2.726 alunos egressos de 30 cursos de medicina do Estado consistiu de 120 questões de múltipla escolha sobre clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, ginecologia, obstetrícia, saúde pública, saúde mental, bioética e ciências básicas.
Nos testes, 78% dos médicos não acertaram quando questionados sobre a manifestação laboratorial para insuficiência renal crônica. Também se destacaram números dos que não souberam identificar características de esquizofrenia - 73% -, transtorno bipolar - 72% -, asma brônquica em crianças - 64% - e tratamento do infarto agudo do miocárdio - 63%.
muitas das escolas ainda não estão com uma grade curricular à altura para formar esses alunos"
Eduardo Luiz Bin,
conselheiro corregedor do Cremesp
Houve ainda índices preocupantes de equívocos para apontar o fator para redução de risco cardiovascular no tratamento da hipertensão arterial - em 61% -, identificar a conduta para o tratamento da asma brônquica em adultos  - 60% -, bem como para o diagnóstico da Doença de Graves - uma das formas mais frequentes do hipertireoidismo - e para o tratamento da cetoacidose diabética, ambos também com média de 60% de erros.
Apesar de ressaltar que os números são melhores do que nas provas anteriores do Cremesp, o conselheiro corregedor em Ribeirão aponta que os dados são preocupantes, sobretudo porque dizem respeito a procedimentos rotineiros dos profissionais.
Segundo Luiz Bin, o desempenho dos alunos nessas questões está diretamente ligado à qualidade do aprendizado nas faculdades, cada vez mais numerosas no Estado diante de um número insuficiente de professores capacitados para a didática.
"Não existe a formação do professor da universidade, porque o doutorando, o mestrando demora tempo. Para se formar um professor de faculdade de medicina vai-se aí em torno de cinco a dez anos e as faculdades estão sendo abertas quase que mensalmente", critica.
Como consequência, os estudantes acabam aprendendo com profissionais que não foram preparados para a didática, diz Bin.
"Os alunos aprendem com médicos da região onde é aberta a faculdade com um pouquinho mais de segurança, mas que não têm a capacidade didática de passar os conhecimentos deles. Isso vai ao encontro desse nível de erros que a gente está vendo aqui, porque são alunos que foram orientados por professores que não são professores na verdade."
Eduardo Luiz Bin, conselheiro do Cremesp em Ribeirão Preto (Foto: Claudio Oliveira/EPTV)Eduardo Luiz Bin, conselheiro do Cremesp em Ribeirão Preto (Foto: Claudio Oliveira/EPTV)
48% de reprovação
Quase a metade dos médicos recém-formados que prestaram o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) foi reprovada no ano passado.
Além de servir de parâmetro para a qualidade da formação dos estudantes, a participação na prova, realizada há 11 anos, tem se tornado requisito para inscrição em programas de residência médica e em concursos para atuação em hospitais da rede pública em São Paulo.
Segundo dados divulgados na quarta-feira (17) pelo Cremesp, 48,13% dos 2.726 profissionais que se formaram - ou 1.312 - acertaram menos de 60% das questões da prova, índice considerado mínimo para aprovação pela entidade.
O número de reprovações foi mais acentuado entre egressos de universidades particulares - 58% - e foi constatado também entre 26,4% dos formados em instituições públicas.
O índice geral de reprovação é inferior em relação a exames anteriores, como o de 2015, em 55%.
Fonte : G1

Cirugião-dentista de Arapiraca é condenado por erro médico

Um cirurgião-dentista de Arapiraca foi condenado pela Justiça a pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais à esposa e às seis filhas de José Izidoro, morto por conta de um erro médico em 2007. A decisão é do juiz Maurício César Brêda Filho, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas.
A decisão foi divulgada pelo TJ nesta sexta-feira (19). A esposa da vítima também deverá receber pensão, no valor de meio salário mínimo, relativo aos meses de junho de 2007 a junho de 2010. A maneira como o pagamento deve ser feito será definida posteriormente pela 2ª Vara Cível e Residual de Arapiraca, que é responsável pela execução do processo.
Segundo os autos do processo, no dia 8 de abril de 2007, José Izidoro sofreu um corte grave no rosto após ser atingido por um prato jogado por um de seus filhos, durante desentendimento entre os dois.
Ele foi levado para a Unidade de Emergência do Agreste, onde foi atendido pelo cirurgião-dentista. O corte foi suturado e Izidoro recebeu alta. Alguns dias depois, ele deu nova entrada na unidade de saúde, com suspeita de tétano. Após ter sido encaminhado a outro hopital, a suspeita foi confirmada. O homem acabou falecendo por conta da doença.
As filhas de Izidoro acusaram o cirurgião-dentista de negligência e omissão. Ele, por sua vez, alegou não ter sido o responsável pelo incidente, e que seguiu todos os procedimentos no atendimento ao paciente.
“Ao que consta nos autos, especialmente pelo depoimento de testemunhas, pelo relatório médico, o apelado, apesar de ter suturado o ferimento da vítima, lhe medicado e lhe dado alta hospitalar, foi negligente quanto ao fato de não averiguar acerca da vacinação contra o tétano”, afirma o magistrado em sua decisão.
Fonte : G1

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bebê morre após nebulização em UPA do AC e pais creem em negligência

O pequeno Pedro Lucas Muniz, de três meses, morreu após fazer nebulização na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no 2º Distrito deRio Branco.A família acusa a unidade de negligência.
A direção da UPA disse que vai abrir sindicância para apurar os fatos, mas acredita que não houve negligência por parte dos profissionais.
O pai da criança, José Verônico Marinho, de 32 anos, disse que o filho deu entrada na unidade no domingo (14) com febre e tosse, ficou em observação e morreu na manhã de segunda-feira (15).
"Chegamos na UPA,  deram dipirona e ele passou a noite bem. De manhã cedo, eu o segurei no colo, brinquei com ele e fui trabalhar. Depois me ligaram falando que meu filho tinha morrido", relembra o pai da criança.
Ainda segundo Marinho, por volta das 5h, o filho começou a passar mal e foi colocado na nebulização. Filho único do casal, Pedro Lucas ainda chegou a tomar uma medicação, que o pai não soube dizer o nome, foi colocado também no oxigênio e depois veio a óbito.
"Disseram que ele tinha vomitado e se engasgou e que isso provocou a morte. Tinham só as técnicas de enfermagem. Tomaram ele dos braços da mãe, levaram para outra sala e meia hora depois disseram ele estava morto", lamenta.
Marinho disse que registrou um Boletim de Ocorrências na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca) contra a unidade de saúde.
"Eles colocaram meu filho no oxigênio e nem oxigênio tinha. A máscara caiu no chão e vimos que não saía nada. Quero justiça, meu filho estava bem, achei até que ele teria alta. Ele nunca teve nenhum problema de saúde, tomava todas as vacinas, era saudável. Minha mulher teve uma gravidez saudável, um parto tranquilo. Foi erro médico", acusa.
Pai da criança, José Verônico, acredita que o filho morreu por erro médico (Foto: Aline Nascimento/G1)Pai da criança, José Verônico, acredita que o filho morreu por erro médico (Foto: Aline Nascimento/G1)
'Não havia médico de plantão', diz tia
Revoltada com a morte do sobrinho, a recepcionista Eliene Marinho, de 33 anos, afirma que não havia médico de plantão na unidade. "Não tinha nenhum pediatra de plantão e, se estava, não ficou dentro da unidade. Quando minha cunhada percebeu que meu sobrinho estava passando mal, chamou a enfermeira e ela disse que não tinha pediatra. Então, ela perguntou pela enfermeira e foi dito que ela já tinha encerrado o plantão", alega.
Eliene relembra que durante a nebulização a criança teria começado a ficar roxa e com falta de ar. "Ele ficou cheio de manchas roxas e com dificuldade para respirar. Achamos que colocaram berotec [medicamento usado para fazer nebulização] demais no soro e ele morreu", diz.
Parada cardiorrespiratória, aponta declaração de óbito
A declaração de óbito entregue à família do bebê aponta que ele morreu de parada cardiorrespiratória desconhecida. Revoltada, a família disse que pretende processar o hospital.
"Como meu filho morreu engasgado? O laudo diz outra coisa. Medicaram meu filho de forma errada", conta.
Ao G1, a diretora da UPA, Ana Carla Clementina, explicou que o hospital está levantando todas as informações para saber a causa da morte da criança. Ela diz ainda que não houve erro médico. "Estamos apurando os fatos, mas, até o momento, os relatos que recebemos, não houve negligência e provavelmente vamos conseguir relatos de todos os profissionais que estavam no plantão. Vamos encaminhar todos os relatórios à Secretaria de Saúde", esclarece.
A diretora explica também que havia médico pediatra de plantão. Sobre a causa da morte, Ana disse que ainda não tem um diagnóstico. "Vamos abrir sindicância. Havia pediatra de plantão, inclusive ele atendeu e prestou socorro, assim como outros profissionais", justifica.
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Declaração de óbito foi entregue à família na tarde de segunda (Foto: Aline Nascimento/G1)Declaração de óbito foi entregue à família na tarde de segunda (Foto: Aline Nascimento/G1)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Médico que fez procedimento em modelo morta é acusado de erro por outra paciente O médico Wagner Moraes é acusado de erro em outro procedimento O médico Wagner Moraes é acusado de erro em outro procedimento Foto: Fabio Guimaraes / Agência O Globo Marcos Nunes Tamanho do texto A A A O delegado Mário Lamblet, da 79ª DP (Jurujuba), que investiga a morte da modelo Raquel Santos, de 28 anos, afirmou nesta quinta-feira que uma comerciante o procurou para registrar outra queixa contra o médico Wagner de Moraes, que atendeu as duas pacientes. Raquel fez um procedimento estético com o médico na última segunda-feira e acabou morta horas depois no Hospital de Icaraí. Segundo Lamblet, a comerciante que registrou um Registro de Ocorrência contra Wagner de Moraes teria se submetido a uma operação no queixo. A mulher, que não teve o nome revelado, alega que o resultado foi uma “deformidade”. O procedimento foi feito em fevereiro do ano passado. Morte de modelo em Niterói Morte de modelo em Niterói Foto: Divulgação/Musa do Brasil — Ela diz que ficou deprimida por causa disso e só resolveu denunciar agora. A gente vai verificar se existe algum evento criminal nesse fato — afirmou o delegado, que abrirá um procedimento apuratório para essa investigação. Em depoimento, Wagner admitiu que não é integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), informação que já havia sido divulgada pela instituição. O médico explicou ainda que o local onde atende não é uma clínica, mas sim um consultório. Ele ainda alegou que pode realizar pequenos procedimentos estéticos no local. O delegado afirmou que vai enviar ofícios aos órgãos competentes para averiguar a necessidade de o médico ser integrante da SBCP para atuar como cirurgião plástico. O objetivo do delegado com os depoimentos desta quinta-feira é definir qual foi o local onde a modelo morreu e quais seriam as causas da morte. Raquel começou a sentir falta de ar ainda na clínica de Wagner, após passar pelo procedimento estético. Nos primeiros momentos, de acordo com o viúvo de Raquel, o médico se ausentou e as enfermeiras teriam dito que estava tudo normal. Quando o estado de saúde da modelo se agravou, Wagner orientou que ela fosse levada a um hospital. Gilberto a levou em um carro, e o médico acompanhou em outro veículo. Na delegacia, Wagner apresentou um documento que, de acordo com ele, foi preenchido por Raquel ao dar entrada na clínica. O médico alega que a modelo não havia informado que era fumante, que usava anabolizantes e que havia feito outras cirurgias estéticas. — O médico nos trouxe um documento que segundo ele teria sido preenchido pela modelo, no qual ela informava que nunca tinha feito cirurgias plásticas, nem utilizava medicamentos ou estimulantes de uso veterinário — diz Mario Lamblet. Como o EXTRA mostrou, nesta quinta-feira, o médico e a clínica que leva seu nome colecionam processos judiciais. Em consulta ao site do Tribunal de Justiça do estado, é possível acessar ao menos 51 ações, cíveis e criminais, tendo um dos dois como réu. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que já havia informado que Wagner não é membro da instituição, divulgou uma nota de pesar e esclarecimento à imprensa nesta quarta-feira. Em um trecho da nota, a sociedade pede que o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro e o Conselho Federal de Medicina investiguem o caso e ressalta que Wagner nunca foi titulado para atuar como cirurgião plástico. Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/medico-que-fez-procedimento-em-modelo-morta-acusado-de-erro-por-outra-paciente-18474128.html#ixzz3xdOO4LFR
Fonte:Jornal extra

sábado, 18 de julho de 2015

Após erro médico, dona de casa perde o olho e processa Estado

http://g1.globo.com/busca/click?q=ERRO+M%C3%89DICO&p=0&r=1437262273424&u=http%3A%2F%2Fglobotv.globo.com%2Frede-amazonica-ac%2Fg1-ac%2Fv%2Fapos-erro-medico-dona-de-casa-perde-o-olho-e-processa-estado%2F4326796%2F&t=informacional&d=false&f=false&ss=48b35edd44f6ffcd&o=&cat=a

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Médicos acusados de suposto erro responderão por homicídio culposo

Dois médicos de Santa Rita do Passa Quatro(SP) vão responder na Justiça por homicídio culposo, sem intenção de matar, pela morte de Randal Claro Silva, de 35 anos, em novembro de 2011, na Santa Casa. A família do homem foi comunicada do indiciamento nesta quinta-feira (2).
Juan Carlos Rúbio e Onésimo Rozanti são acusados de um suposto erro médico. Rúbio informou que vai recorrer da decisão. Já Rozanti foi procurado pela reportagem do Jornal da EPTV, mas não foi encontrado para comentar o assunto.

Na época, o paciente deu entrada no pronto-socorro com fortes dores no peito, mas a família alega que os profissionais não checaram os exames dele, diagnosticaram problemas estomacais e liberaram o homem duas vezes. Alguns instantes depois, o Silva sofreu um infarto e morreu.
Na época, os familiares informaram que o paciente fez um eletrocardiograma no primeiro atendimento e recebeu uma aplicação de soro no segundo. O médico teria afirmado que se tratava de uma gastrite, mas o paciente não melhorou e voltou ao local no dia 9 de novembro, mas não resistiu.
Na época, o diretor administrativo da Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro comunicou que a conduta dos médicos nos atendimentos seria apurada de acordo com as normas do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Fonte : G1

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Polícia e Cremesp apuram suspeita de erro médico em morte de bebê

A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) investigam as circunstâncias do parto com um bebê morto na Santa Casa de Franca (SP). A mãe acusa o hospital de ter demorado em diagnosticar descolamento de placenta, mesmo depois de apresentar sangramento em diferentes atendimentos.
Em nota, o hospital informou que chegou a atender a paciente com o sangramento, mas que seus exames estavam normais até antes da cirurgia e que o descolamento foi imprevisível.
A coladora de peças Bruna Iara da Silva, de 19 anos, relata que procurou a Santa Casa pela primeira vez em 21 de maio. Assim ela diz ter feito nos dias 27, 28 e 29 de maio - na última vez ficou internada -, contando que teve como resposta que estava tudo bem com seu bebê.
Mas, ainda no dia 29, depois de ser submetida a exames que mais uma vez não apontaram problemas, ela afirma que foi levada às pressas para a sala de parto da unidade hospitalar para a realização de uma cesariana às pressas.
Mãe reclama de atendimento em Santa Casa de Franca após perder o bebê (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)Mãe reclama de atendimento em Santa Casa de Franca após perder o bebê (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)
Naquele momento, a mãe diz que sentiu que filha estava morta, principalmente por não notar movimentos dela em sua barriga e pela alegação dos médicos de que havia ocorrido um descolamento de placenta - esta foi apontada mais tarde como causa da morte na certidão de óbito.
"Saíram todos para levá-la para o berçário, depois o médico veio, enfermeira, pedindo desculpa, que infelizmente tentaram de todas as formas reanimar meu bebê, mas que ela não sobreviveu", lamenta Bruna.
Investigações
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Franca, que instaurou inquérito nesta terça-feira (2) para apurar como foi realizado o atendimento e se houve erro médico. O delegado Luís Carlos da Silva afirma que ouvirá familiares da paciente e profissionais envolvidos no atendimento, além de pedir um exame de corpo de delito na mãe da criança.
"Se houve erro médico e foi determinante para a morte da criança, ele [médico] responderá por homicídio culposo, por imprudência, imprudência ou por imperícia", afirma.
A morte no parto também gerou uma sindicância no Cremesp. O delegado regional do conselho em Franca, Ulisses Martins Minicucci, diz que em primeiro lugar vai solicitar o prontuário e ouvir os médicos que atenderam a paciente na Santa Casa. "Por enquanto temos duas versões, a família e da Santa Casa. Agora vamos ouvir a versão dos médicos", afirma.
Para o pespontador Franklin Edson Souza e Silva, pai do bebê que morreu antes de nascer, a Santa Casa deve ser responsabilizada na Justiça. "Foi muito médico que atendeu. Não tem como afirmar de qual médico foi o erro. Creio que a Santa Casa é responsável por todos que estão ali", afirma.
Bruna Iara da Silva diz ter procurado a Santa Casa de Franca com sangramento (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)Bruna Iara da Silva diz ter procurado a Santa Casa com sangramento (Foto: Márcio Meireles/ EPTV)
Santa Casa
A Santa informou, em nota, que Bruna procurou atendimento com queixa de sangramento e que permaneceu internada por 24 horas para acompanhamento do feto. Nesse período, segundo o hospital, foram realizados exames de cardiotocografia e ultrassonografia, "os quais apresentaram resultados normais."
Também informou que, com o fim do sangramento, a jovem foi liberada com orientações de retornar em caso de nova intercorrência e que, na madrugada do dia 29, ela voltou por causa de um novo sangramento, "recebendo todos os cuidados médicos e de enfermagem."
"Até as 6h45 o quadro da paciente mantinha-se estável; em virtude de um repentino sangramento, a mesma foi encaminhada para o Centro Obstétrico, sendo iniciada uma cesárea de urgência, porém, devido a um imprevisível descolamento de placenta, o bebê não resistiu", comunicou.
Fonte G1
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