segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Hospital Carlos Chagas: pacientes reclamam do atendimento e das condições do hospital

Polícia identifica médico que não teria atendido bebê no RJ

A polícia investiga se houve omissão no socorro à grávida que teve um bebê a caminho do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O médico que teria se recusado a atender mãe e bebê já foi identificado. A família e um policial dizem que um médico e um maqueiro se recusaram a atender os dois. Depois de muita discussão a mulher e o bebê foram levados para dentro do hospital por outro médico, cerca de meia hora depois. A criança não resistiu.
O médico é aguardado para ser ouvido na 61ª DP (Xerém). O delegado Jefferson Ferreira investiga se houve omissão de socorro seguida de morte.
“Já requisitei as imagens do circuito interno do hospital. Vai ser instaurado um inquérito para apurar a eventual omissão do médico. Com o laudo cadavérico a gente vai poder esclarecer melhor a situação, podendo até chegar a um homicídio doloso, em razão de o médico ser o agente garantidor e ter faltado com o dever”, disse o delegado.
A mãe, Aline da Silva Gomes, de 23 anos, continua internada no hospital. Grávida de seis meses ela passou mal na manhã de segunda-feira (13) e foi levada para a emergência do hospital. Segundo a família, o bebê nasceu dentro do carro e chegou a chorar.  Ao chegar ao hospital um policial pediu ajuda a um funcionário, que chamou o médico, como contou a mãe de Aline, Maria José da Silva Gomes.
“Foi o maqueiro que veio. O médico tinha mandado ele pegar. Quando ele chegou no carro, disse “isso não é obrigação minha, é obrigação do médico vir buscar a paciente com a bebezinha que já está nascida dentro do carro, eu não posso colocar a mão”, contou Maria José.
De acordo com a polícia, o médico teria se recusado a atender a mãe e o recém- nascido.
“Como o médico estava demorando, o policial que estava presente ali foi atrás do médico. O médico disse que não ia atender. Só não disse o motivo, Ele não quis vir”, relembrou o pai de Aline, Sebastião Gomes.
O atendimento só teria sido feito meia hora depois por um outro profissional.
“O bebezinho estava vivo. Com vida, chorando e tudo”, assegurou a avó.
Segundo a família, em 20 minutos veio a notícia de que a pequena Isabela, nome do bebê, não tinha sobrevivido. Dona Maria José conta que a gravidez da filha era de risco, por conta do deslocamento da placenta.
O corpo da recém-nascido está no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias.
Em nota a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que pelas imagens do circuito interno, no momento da chegada do paciente, não havia enfermeiro no acolhimento. Isso foge aos protocolos de atendimento adotados pela Secretaria de Saúde em todos os hospitais estaduais. A secretaria afirma ainda que vai continuar as apurações, com a abertura de inquérito administrativo para apontar as responsabilidades por este erro no protocolo de atendimento.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bebê morre em hospital de Itumbiara devido a erro médico, diz família

A família de Mateus Henrique Guimarães da Silva, de 1 ano e 4 meses, denuncia que a criança morreu, na sexta-feira (26), devido a um erro médico em um hospital particular de Itumbiara, no sul goiano. A Polícia Civil investiga o caso.
O Hospital Unimed informou, em nota, que está apurando a causa da morte de Mateus e só vai se pronunciar sobre o caso após o resultado dos procedimentos instaurados. A direção da unidade de saúde afirmou, ainda, que prestará todos os esclarecimentos necessários.
De acordo com a mãe do menino, Decyane Dias Guimarães, ela procurou o hospital porque o filho estava com diarreia, vômito e sintomas de gripe. Os pais relatam que a criança piorou após ter sido medicada com orientação médica.
“Ele ficou amarelinho e começou a gelar as mãos, falei com a enfermeira que ele não estava bem, ela disse que estava, mediu, fez algumas coisas e vazou. Chamei a doutora, a doutora veio, meu filho passou mal, desmaiou, ela o tomou da minha mão e saiu correndo com ele”, conta Decyane.
Poucas horas depois, os pais foram informados da morte de Mateus. “Não sei o que fazer mais sem ele, era o único filho que eu tinha”, diz a mãe.
Desesperados com a morte do menino, o casal procurou a polícia. “Isso não pode ficar impune não, como a menina [enfermeira] dá uma injeção no menino, que faz mal e enfarta o menino”, reclama o pai, Tales Afonso Mendes. A Polícia Civil informou que vai ouvir a médica que atendeu Mateus na segunda-feira (29).
O corpo do menino deve ser enterrado às 12h deste sábado (27).
Mateus Henrique Guimarães da Silva, de 1 ano e 4 meses, morre em hospital de Itumbiara, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Mateus Henrique morre em hospital de Itumbiara (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
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TJ condena laboratório do DF por erro em biópsia de mulher com câncer

A 10ª Vara Cível de Brasília condenou um laboratório a pagar R$ 15 mil para cada um dos dois filhos de uma historiadora que recebeu tratamento inadequado e acabou morrendo de câncer após um erro na biópsia feita pela entidade. Cabe recurso à decisão.
De acordo com a ação, a vítima tinha 78 anos quando iniciou tratamento contra um câncer no pâncreas. Dois anos depois, após o agravamento na doença, o oncologista pediu que ela fizesse o exame. O laudo apontava que ela sofria de adenocarcinoma, quando, na verdade, a mulher estava com um linfoma.
O médico teria percebido que a paciente não melhorava com a medicação específica e pediu ao laboratório uma contraprova. No segundo exame, o laboratório reconheceu que houve equívoco. A mulher morreu em janeiro de 2012, um mês depois da biópsia.
A empresa disse em defesa que não houve ato ilícito e negou a existência de danos. A interpretação da Justiça, no entanto, foi diferente. Responsável por analisar o caso, o juiz Luiz Otavio Rezende de Freitas entendeu que o erro no diagnóstico influenciou diretamente na escolha dos remédios usados no tratamento.
“Vislumbro que o conjunto probatório permite a constatação de que o laudo fornecido pelos prepostos do laboratório réu influenciou diretamente no tratamento ofertado [...]. À evidência restou constatado que os remédios utilizados pela paciente não seriam os recomendados para o tratamento da doença, fator esse, a meu sentir, decisivo para o insucesso no tratamento, e, por conseguinte, pelo abreviamento da sobrevida da paciente, cujo quadro clínico, apesar de grave, poderia, em tese, ser estabilizado, desde que a paciente tivesse sido corretamente diagnosticada e tratada”, disse, na sentença.
Fonte : G1