quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Grávida morre e parentes suspeitam de erro médico (RJ)




sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Familiares suspeitam de erro médico na morte de bebê em Petrolina, PE

Um bebê de 11 meses morreu emPetrolina, no Sertão pernambucano, no Hospital Dom Malan (HDM/IMIP). De acordo com a família, ela estava com diarreia e vomitando e pode ter sido vítima de um erro médico. A morte aconteceu no domingo (14), mas a criança foi hospitalizada na unidade na sexta-feira (5).
A mãe Claudice da Silva que é trabalhadora rural disse que a menina passava mal há alguns dias. “Toda mãe sofre, toda noite sem comer nada. Eu ficava olhando para ela naquela cama e sofrendo dia e noite e eles dando esperança que ela vai voltar”, destaca.
A família acredita que houve erro médico. “O primeiro soro foi tudo bem e no segundo soro, ela começou a piorar. A mãe dela disse que colocaram diazepam dentro do soro da criança, começou a passar mal e entrou em coma”, destaca avó de Larissa, Solange Corrêa.
A tia Claudiana da Silva disse que procurou o Ministério Público para fazer uma reclamação . “Disseram que para dar entrada no processo, o médico tinha que liberar o laudo da menina, o principal, elas deram um papel para retirar todos os documentos, para dar entrada, agendou só, mas dá entrada só dia 20 de setembro”, enfatiza.
Segundo a assessoria do HDM/IMIP, a menina apresentou quadro convulsivo e foi medicada com o diazepam, em uma dose habitualmente recomendada para esses casos. Ainda segundo o hospital, a criança também apresentava um quadro de forte desidratação. Os médicos tentaram reidratá-la, mas a criança não ressistiu e veio a óbito.
Fonte: g1

Investigação do CRM-PI atesta erro de médica cubana ao medicar criança

O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) atestou que uma médica cubana errou ao receitar um medicamento para uma criança na cidade de Inhuma, ao Sul de Teresina. De acordo com a denúncia, a médica teria prescrito uma dosagem excessiva de um remédio para infecção pulmonar.
Na receita, a médica recomendou cinco medicamentos, sendo que a comissão avaliou que a substância “Naproxeno, 500 mg” para ser ingerida de oito em oito horas é uma dosagem excessiva.Segundo o CRM, a super dosagem pode provocar perfuração gástrica em uma criança de oito anos.
O Conselho Regional de Medicina informou que já tem todas as provas do erro médico e que vai encaminhar o caso para os Ministérios Públicos Estadual e Federal. A comissão do Programa Mais Médicos no Piauí informou que não recebeu nenhuma notificação do CRM-PI e que os médicos cubanos são todos supervisionados.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Espera por atendimento nas UPAs chega a sete horas Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/espera-por-atendimento-nas-upas-chega-sete-horas-13887064.html#ixzz3D6TCrqWf

Na entrada da UPA de Realengo, o barbeiro André Tenório, de 32 anos, abre uma marmita e dá comida na boca de seu filho Isac, de 3 anos. Sentado num toco de madeira, o menino, com mais de 40 graus de febre, aguarda por atendimento médico desde as 9h, quando chegou com o pai na unidade.
A cena, flagrada pela equipe do EXTRA às 15h desta terça-feira, não é exclusividade da UPA de Realengo: ainda nesta terça, o EXTRA percorreu dez unidades nas zonas Norte, Oeste, Sul, em São Gonçalo e na Baixada e, durante o percurso, se deparou com problemas como falta de equipamento e de médicos e até salas de espera lotadas, com pacientes aguardando até sete horas pelo atendimento.
— Cheguei com meu filho e minha mulher às 9h. O Isac passou a madrugada acordado, com febre. Até agora não comemos nada e não fomos chamados. Por isso, tive que apelar para a solução da quentinha — desabafa André.
A espera de sete horas não é prevista pela Secretaria estadual de Saúde. Segundo Elson Santos de Oliveira, coordenador de atendimento das UPAs, o tempo máximo de espera para atendimento é de três horas, em casos de menor urgência. Em tese, o atendimento é imediato em casos de maior gravidade.
Rainan Bittencourt, de 17 anos, machucou o pé em um acidente de moto na noite da última segunda-feira e precisava de uma radiografia para diagnosticar a lesão. Pouco depois do meio-dia de ontem, entrou, carregado por sua mãe, na UPA de Magalhães Bastos. Cinco minutos depois, saiu: não havia aparelho de raios-X no local. Pouco depois, na unidade de Realengo, nova decepção: Rainan teve de ir ao Hospital estadual Albert Schweitzer para tirar raios-X.
Na UPA do Alemão, o vigilante Fábio Lívio Dire Feliciano, de 36 anos, teve atendimento negado após desmaiar na rua com dores nos rins. Ele foi socorrido por Marco Antônio do Patrocínio, de 40 anos, que passava no local:
— Ele não aguenta andar. Mesmo assim, mandaram procurar o Hospital Getúlio Vargas — queixou-se.
Outros problemas
Na UPA da Penha, o tempo médio de atendimento era de sete horas, na tarde de terça-feira. Já na unidade de Realengo, pacientes aguardavam mais de seis horas por atendimento. Em Bangu, por volta das 18h, dez pacientes desistiram do atendimento por conta da espera de até quatro horas.
Nadja disse que foi bem atendida e recebeu os remédios de que precisava
Nadja disse que foi bem atendida e recebeu os remédios de que precisava Foto: Pedro Paulo Figueiredo / pedro Paulo figueiredo
Nas UPAs de Magalhães Bastos e Realengo, pacientes que precisavam de radiografia eram aconselhados a procurar o Hospital Albert Schweitzer. Já na UPA de Senador Camará, pacientes reclamavam da falta de medicamentos.
Situação é melhor na Maré e na unidade de Copacabana
Separadas por cinco anos e três meses, as primeira e última Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) estão entre as melhores das 45 abertas. Na Maré, a primeira UPA, inaugurada em maio de 2007, o tempo médio de atendimento, até o início da tarde de terça, foi de duas horas. Havia dois pediatras e três clínicos no plantão, segundo uma funcionária, mas a quantidade de pacientes aumentou o tempo de atendimento. Com febre e dores, a dona de casa Nadja Vasconcelos, de 48 anos, procurou a unidade pouco antes de meio-dia e só saiu às 13h45m:
— Fui bem atendida e o raio-X ficou pronto rápido, mas demorou porque tinha muita gente. Deram até o antibiótico — comentou.
Com cinco clínicos e três pediatras por plantão de 12 horas, e um dentista e um auxiliar por escala de 24, a UPA de Copacabana, na Zona Sul, inaugurada em setembro do ano passado, tem um tempo de atendimento que varia do imediato até três horas, dependendo da classificação do paciente. Mas há quem reclame da demora. A lentidão foi motivo de queixa para a caixa de supermercado Maria Euzébia Gomes, de 54 anos. Com tendinite no braço direito e até dormência, ela chegou ás 8h53m, mas só foi atendida às 11h26m.
— Além da espera devido à falta de funcionários para atender todo mundo, a enfermeira ainda errou a minha veia, na hora de aplicar a injeção, e teve que furar os dois braços. Um absurdo — desabafou ela.
Segundo Elson Santos de Oliveira, coordenador de atendimento das UPAs do governo estadual, um dos fatores que podem ocasionar a demora no atendimento é o deslocamento de médicos que precisam, eventualmente, acompanhar pacientes graves em exames em outras unidades:
— Uma equipe de monitoramento percorre todas as UPAs para detectar o que está fora do esperado. Se houver falta de algum profissional, por exemplo, eles se comunicam com o coordenador da UPA e com a secretaria, em busca de um profissional para suprir essa necessidade. Isso é feito no mesmo dia — explicou Edson.
Secretarias de saúde contestam
UPA de Bangu lotada: pacientes desistiram de atendimento após demora de quatro horas
UPA de Bangu lotada: pacientes desistiram de atendimento após demora de quatro horas Foto: Marcelo Theobald
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Saúde, a coordenação da UPA informou que a unidade de Realengo trabalhou nesta terça com quadro clínico completo, com cinco clínicos gerais e três pediatras. A coordenação da unidade negou que o equipamento de raios-x não estava funcionando, e afirmou que foram realizados ontem 42 exames com o aparelho.
Ainda segundo a assessoria, a UPA da Colubandê funcionou ontem com quatro clínicos e um pediatra, mas dois profissionais teriam faltado sem aviso prévio. A coordenação informou ainda que a unidade está com dez leitos intensivos e três vermelhos semi-intensivos (que tem os mesmos equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que teria elevado o tempo de atendimento dos pacientes menos graves.
Já segundo a Secretaria municipal de Saúde, a coordenação da UPA Alemão informou que a unidade contou com três médicos, dois dos quais eram pediatras nesta terça. Um clínico do plantão teria pedido demissão. Ainda de acordo com a assessoria, o monitoramento dos serviços prestados pelas unidades é feito por uma comissão de servidores municipais da área técnica.
Veja as notas na íntegra:
Secretaria municipal de Saúde:
“Não houve qualquer mudança recente nos contratos. Todos os profissionais contratados pelas UPAs estão com os pagamentos em dia. O monitoramento dos serviços prestados pelas unidades é feito por uma comissão de servidores municipais da área técnica, com metas específicas a serem alcançadas por este tipo de unidade. O principal problema encontrado hoje é a lotação de profissionais médicos em algumas regiões da cidade. Há uma variação do tempo de espera conforme demanda e quadro clínico do paciente. As UPAs, assim como outras unidades de urgência e emergência, funcionam com política de classificação de risco, em que os casos mais graves têm prioridade de atendimento. Os de menor gravidade são atendidos na sequência, podendo, para esses casos, haver maior tempo de espera. É importante ressaltar que, de 2010 a 2013, as 14 UPAs municipais já realizaram mais de 16 milhões de procedimentos, sendo 1,222 milhão em 2010; 4,267 milhões em 2011; 4,746 milhões em 2012; 6,071 milhões em 2013.”
Secretaria estadual de Saúde:
“UPA PENHA: A coordenação da UPA da Penha informa que não há pediatras na unidade. Desde sua criação, a estratégia de atendimento é que os pacientes infantis são atendidos por pediatras no Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica em frente à unidade. Nesta terça-feira, dia 9 de setembro, a unidade contou com 6 médicos e realizou 404 atendimentos até as 18h.
UPA BANGU: A coordenação da UPA de Bangu informa que a unidade trabalhou hoje com 4 clínicos gerais e 2 pediatras - um pediatra e um clínico faltaram sem aviso prévio e, apesar dos esforços, não foi possível repor os profissionais. Entre os pediatras presentes, um chegou atrasado à unidade, o que prejudicou o atendimento. Foram atendidos nesta terça-feira 245 pacientes. As Unidades de Pronto Atendimentos foram criadas para atender a pacientes de baixa complexidade e, por isso, só contam com clínicos gerais e pediatras.
UPA COLUBANDÊ: A coordenação da UPA informa que a unidade funcionou hoje com 4 clínicos e 2 pediatras - um pediatra e um clínico faltaram sem aviso prévio e, apesar dos esforços, não foi possível repor os profissionais. Foram realizados 354 atendimentos no local. A coordenação informa ainda que a unidade está com 10 leitos intensivos e 3 vermelhos semi-intensivos (que tem os mesmos equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que teria elevado o tempo de atendimento dos pacientes menos graves.
UPA REALENGO: A coordenação da UPA informa que a unidade trabalhou hoje com quadro clínico completo, com 5 clínicos gerais e 3 pediatras. Foram atendidos nesta terça-feira 313 pacientes. Sobre o equipamento de raio-x, a coordenação esclarece que NÃO PROCEDE a informação de que o equipamento não estava funcionando. Ao longo de todo o dia, o aparelho realizou 42 exames”.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/espera-por-atendimento-nas-upas-chega-sete-horas-13887064.html#ixzz3D6TLB6XL

Justiça acata denúncia contra dez acusados de erro médico

PUBLICADO EM 11/09/14 - 19h35


A 1ª Vara Criminal, por meio do juiz José Romualdo Duarte Mendes, acatou denúncia do Ministério Público contra dez médicos acusados de um suposto erro médico ocorrido no Hospital Regional em 23 de outubro de 2011, provocando a morte de Alda Monteiro Silva, 67. 
 
No dia 28 de abril deste ano, os profissionais foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e inobservância da regra técnica da profissão, o que agrava o crime para homicídio qualificado (quando há intenção de matar), pelo delegado do 3° Distrito Policial, Ernest Rocha.
 
Na conclusão do inquérito, entregue à promotora de Justiça Giovanna Carone Nucci Ferreira, o delegado defende que, conforme laudo médico feito pela perita médica Daniela do Carmo Mendes, a paciente, “sendo portadora de Hepatite Viral Tipo C, não poderia, em hipótese nenhuma, fazer uso de anticoagulantes, conforme orientações expressas do setor de Hepatites do Hospital das Clínicas”.
 
Entretanto, apesar dessa informação, que, segundo familiares, teria sido pontuada, várias vezes, por eles à equipe médica, consta que remédios como Heparina e Liquemine (anticoagulantes) teriam sido aplicados por enfermeiras, a pedido de prescrição médica, por várias vezes durante a noite, o que desencadeou na vítima insuficiência renal aguda.
 
Segundo uma das filhas de Alda, Patrícia Helena Silva, a hipótese de erro foi levantada dois dias após a morte de sua mãe. “No dia em que ela morreu, quem nos ligou foi uma irmã minha que trabalhava dentro da unidade. Quando a vimos enrolada em um lençol, estranhamos o inchaço em seu corpo, e minha mãe, poucos dias antes, havia falado que eles queriam aplicar nela um anticoagulante. Só que, na época, ela ainda estava lúcida e recusou. Foi então que pedimos o prontuário dela à direção do Regional e, diante da negativa, acionamos a Polícia Militar e conseguimos o documento. Com ele, contratamos um advogado, que nos orientou a contratar uma perícia médica”, explica Patrícia.
 
Em função do resultado do parecer, que saiu em fevereiro de 2012, a família de Alda pediu ao Conselho Regional de Medicina a abertura de uma sindicância para investigar a conduta dos médicos citados no prontuário. Além disso, eles levaram o fato ao conhecimento da Procuradoria Geral de Justiça e entraram com uma representação na 1ª Vara Criminal. “Não queremos que outras pessoas sofram essa experiência dolorosa pela qual nós passamos. A própria perícia concluiu que, se minha mãe não tivesse feito uso desses coagulantes ou recebido manobras de ressuscitação na UTI, quando agonizou por dez minutos até vir a óbito, ela poderia estar viva”, disse Patrícia, ao ressaltar que os médicos continuam atuando no Regional.
 
Lei
Em função do problema, a família pede que os projetos de lei 650/2007 e 6.867/2010, que preveem a exigência de aprovação em exame de avaliação para o exercício de profissionais ligados à saúde – assim como acontece com advogados –, sejam aprovados pelo Congresso Nacional.
 
Para Patrícia, que hoje integra a ONG Erro Médico, essa seria uma das formas de exigir que formandos exerçam a função somente depois de aprovados pelo Conselho de Medicina. “Devemos ser tratados por médicos preparados. Por isso, a aprovação dessa lei é tão importante. Quem sabe ela não venha a ter o nome da minha mãe, para que ela não seja só mais um número nas estatísticas”.
 
Resposta
A prefeitura informou que está acompanhando o processo por meio da Auditoria do SUS e da Sindicância da Procuradoria Jurídica Municipal e que, como ele ainda não foi concluído, não há comprovação que desabone a conduta profissional dos médicos implicados.
 
A prefeitura informou, ainda, que cabe ao Conselho Regional de Medicina determinar a suspensão ou a continuidade do exercício profissional dos médicos réus no processo.

 
 
Família compara caso aos da "Doutora Morte", em Curitiba
 
Não é só em relação aos anticoagulantes prescritos a Alda Monteiro Silva durante os 14 dias em que ela permaneceu internada no Hospital Regional que familiares pedem explicações. Em recente petição protocolada no MP, Patrícia Helena Silva questiona o fato de sua mãe ter sido medicada, dois dias antes de sua morte, com os anestésicos Fentamil e Dorminid – dez vezes mais poderosos que a morfina. 
 
Conforme Patrícia, esses medicamentos foram os mesmos usados pela doutora Virgínia Soares Souza em pacientes da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba. A médica, que ficou conhecida nacionalmente como “Doutora Morte”, é acusada de acelerar a morte de sete pacientes na unidade de saúde. Em um dos casos, a paciente L.A.S, 35, recebeu aplicações de Dormonid (uma ampola de 15 mg), Fentanil (um frasco de 10 ml) e Pavulon (duas ampolas de 2 ml) após complicações durante uma cesariana. 
 

“Dormid e Fentamil são medicamentos usados para sedar pacientes entubados, e esse não era o caso da minha mãe”, defende Patrícia. “A verdade virá à tona em breve. Os suspeitos já foram indiciados, denunciados e respondem judicialmente pelo que fizeram. Só tenho a agradecer às polícias Militar, Civil e ao Ministério Público, pela seriedade com que vêm tratando o caso”, completa.

Fonte:O tempo em Betim