segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Polícia investiga se jovem alérgica morreu vítima de erro médico em MT

A polícia instaurou inquérito para investigar se a morte da jovem Jucélia Aparecida Camargo, de 24 anos, foi causada por erro médico da equipe que atua no posto de saúde municipal de Feliz Natal, a 538 km de Cuiabá, onde ela faleceu logo após receber atendimento, na segunda-feira (9). O delegado da Polícia Civil, Cláudio Alvarez Santana, que atua no caso, disse já ter ouvido três pessoas, o pai da vítima, uma funcionária da unidade de saúde que estava de plantão naquela data, e uma investigadora de polícia que tentou pegar o prontuário médico para verificar a medicação aplicada na jovem que era alérgica, mas foi impedida pelos funcionários do setor. 
Ele informou ainda que solicitou a realização de exame para comprovar as causas reais da morte. "O corpo foi encaminhado para autópsia, mas o médico da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), de Sinop [a 503 km da capital] me disse que iria ser retirada parte do tecido da vítima para exame e tentar identificar se ela teve uma reação alérgica", explicou Alvarez. Porém, ele frisou que o fato dela ter tomado injeção não significa que houve erro médico.
Ouvida informalmente pela polícia, a funcionária do posto não deu detalhes do que ocorreu no dia em que Jucélia foi atendida. "Ela confirmou que a paciente já tinha sido atendida outras vezes, mas ela não soube precisar se ela tomou injeção para alergia. No entanto, ela ainda será intimada a depor formalmente no decorrer das investigações", disse o delegado.
O marido de Jucélia também deve ser intimado a depor no decorrer do inquérito. "Me disseram que na noite anterior, ela e o marido tinham brigado, mas até agora não temos nada contra ele", pontuou.
 A família de Jucélia alega que ela foi sozinha à unidade de saúde para fazer exame de tireoide e teria recebido medicação errada para alergia, o que teria resultado na morte. O pai dela, Sebastião Teodoro, disse estar inconformado, já que a filha saiu de casa sozinha de motocicleta e morreu. "Ela foi de moto para o posto de saúde sozinha e voltou morta para casa. Alguém que estava no posto disse que aplicaram uma injeção nela e, em seguida, ela morreu", afirmou. Ele contou que a filha tinha alergia e que fazia tratamento. "Ela tinha alergia a poeira, mas nunca nos preocupamos porque tinha os remédios que ela costumava tomar e ficava bem", pontuou.
A Secretaria Municipal de Saúde de Feliz Natal garantiu que a paciente recebeu o atendimento devido após uma crise alérgica e que o laudo de necrópsia irá apontar as causas do óbito. Para a secretária de Saúde do município, Luzia Mastroiano, se trata de uma fatalidade. "Ela [paciente] já tinha asma e até usava uma bombinha. E foi ao posto de saúde para fazer uma consulta. Durante o tempo que esperava por atendimento, começou a desencadear um processo alérgico. O médico que estava de plantão a atendeu, mas foi irreversível", argumentou. Ela disse não saber exatamente o que provocou a morte.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo !!!

O MOBEM deseja um feliz natal e um próspero ano novo a todos os colaboradores e amigos, que nos acompanham nessa caminhada.Agradecemos de coração a toda divulgação dos nossos projetos e que em 2014,todos os nossos esforços sejam recompensados com aprovação das medidas protetivas que o movimento tanto luta.Aos familiares e vítimas pedimos que não desistam de lutar!!Desistir jamais!!!Basta com erros médicos!Basta com a impunidade neste país!!! Ass.Sandro Machado -Membro Fundador do MOBEM.

Sérgio Côrtes é condenado por desviar verba da saúde para propaganda Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/sergio-cortes-condenado-por-desviar-verba-da-saude-para-propaganda-11098711.html#ixzz2npAQdXFK

O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, e o subsecretário de Comunicação Social, Ricardo Luiz Rocha Cota, foram condenados no último dia 5 pela Justiça do Rio por terem aplicado em propaganda verbas destinadas à saúde. Também este mês, Côrtes sofreu outro revés: uma auditoria do Ministério da Saúde concluiu que ele é o “responsável direto” pela assinatura de um contrato superfaturado para o fornecimento de refeições para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), em 2006, quando Côrtes dirigia a instituição. Ontem, após ser procurado pelo EXTRA, o secretário negou as acusações e anunciou que deixará o governo Cabral no próximo dia 31 de dezembro. Planeja mudar-se para os Estados Unidos, para estudar na Universidade Harvard, em Boston.
Sérgio Côrtes foi diretor do Into de 2002 até 2006
Sérgio Côrtes foi diretor do Into de 2002 até 2006 Foto: Marcelo Carnaval / 02.05.2003 / Extra
No primeiro caso, Côrtes e Cota foram condenados como réus solidários, em uma ação popular movida contra o governo do estado pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, por lesarem os cofres estaduais e “a vida e a saúde dos cidadãos do Estado do Rio”.
Em 2009, foram publicadas no Diário Oficial duas resoluções conjuntas que transferiram um total de R$ 10.157.500 do Fundo Estadual de Saúde para a Subsecretaria de Comunicação Social da Casa Civil.
A sentença da juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Simone Lopes da Costa, anula as duas resoluções e determina que o governo do estado devolva o dinheiro da Subsecretaria de Comunicação Social para a Secretaria de Saúde, acrescido de 1% ao mês e correção monetária.
Em 5 de dezembro, dia em que foi condenado, Côrtes visitou com o governador de Maryland, nos EUA, o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo
Em 5 de dezembro, dia em que foi condenado, Côrtes visitou com o governador de Maryland, nos EUA, o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo Foto: Fabiano Rocha / Extra
Côrtes e Cota deverão dividir com o estado o pagamento de um valor pelas perdas e danos que causaram - o montante ainda será fixado -, além das custas processuais da ação que os condenou por terem empregado verba destinada à saúde em propaganda institucional.
Já o segundo caso antecede a entrada de Côrtes na secretaria de Cabral. No começo deste ano, após a Controladoria Geral da União encontrar irregularidades em contratos de hospitais federais do Rio com empresas terceirizadas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, determinou uma auditoria em um contrato do Into com a empresa Padre da Possa Restaurante Ltda. Esta investigação concluiu agora que Côrtes foi o responsável pelo prejuízo de R$ 3.430.718,47 em 2006. O ministério determinou que o dinheiro seja devolvido.
Segundo o relatório da auditoria, a que o EXTRA teve acesso, o contrato foi superfaturado. Cada garrafa de 600 ml de água, por exemplo, custou até R$ 2,46 ao Into. Em compras feitas por outros hospitais, o valor foi R$ 0,72.
Dinheiro poderia ter pago três UPAs
Com os R$ 10 milhões desviados para propaganda, a Secretaria de Saúde poderia ter financiado 368 cirurgias de transplante de rim, comprado 106 ambulâncias cegonhas ou construído e equipado três UPAs com capacidade para 300 atendimentos ao dia.
A Procuradoria Geral do Estado, que defende também os dois secretários, entrou com recurso contra a condenação. Segundo o órgão, o governo apresentou, à época, sua defesa.
Para a juíza Simone Lopes da Costa, no entanto, os recursos descentralizados da saúde não se prestaram nem a recuperação e manutenção dos hospitais e melhorias no sistema de atendimento aos pacientes dos postos de saúde - como alegou o estado - nem a eventos e divulgação de temas relacionados à saúde - como justificou Côrtes.
Segundo a sentença, os contratos assinados pela Subsecretaria de Comunicação Social tiveram como objeto a propaganda do governo, além do pagamento do serviço de assessoria de imprensa. A decisão conclui que houve lesão ao patrimônio público.
“Ainda que a verba não fosse vinculada, configuraria desvio de finalidade utilizar tal verba com publicidade em detrimento do serviço direto de saúde, diante do sem número de ações de improbidade, questionando a ausência de leitos, tratamentos hospitalares, dentre outros, sem mencionar as ações distribuídas por particulares que visam a obtenção de medicamentos”, afirma a juíza, na sentença.

Outros dirigentes

A auditoria do Ministério da Saúde também apontou como responsáveis pelo prejuízo no Into outros três ex-diretores da instituição. As defesas dos quatro não foram aceitas pelos auditores. O EXTRA não conseguiu contato com os responsáveis pela empresa Padre da Posse.

Côrtes se defende

A assessoria de imprensa do secretário afirmou ontem, por nota, que ele está “apresentando sua defesa”. “O procedimento licitatório foi feito dentro da regularidade, estando o preço global dentro dos padrões. Ao assinar o contrato, o secretário se baseou em parecer da comissão de licitação do Into, que afirmava a regularidade e que a contratação era vantajosa ao poder público”, diz a nota. Segundo a assessoria, Côrtes também pretende estudar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Confira a nota da Secretaria estadual de Saúde na íntegra:
“Em relação ao contrato do Into com a empresa Padre da Posse Restaurante Ltda, o secretário Sérgio Côrtes informa que foi notificado e está apresentando defesa. Importante ressaltar que o contrato teve duração superior ao período em que Côrtes esteve à frente do Into, sendo auditado anualmente pela Controladoria Geral da União. O procedimento licitatório foi feito dentro da regularidade, estando o preço global dentro dos padrões de mercado à época. Ao assinar o contrato, o secretário se baseou em parecer da comissão de licitação do Into, que afirmava a regularidade do procedimento e que a contratação era vantajosa para o poder público.
Conforme já acordado com o governador Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes deixa o governo estadual em 31 de dezembro de 2013. Côrtes vai cumprir seu período de quarentena estudando em Harvard e no MIT”.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/sergio-cortes-condenado-por-desviar-verba-da-saude-para-propaganda-11098711.html#ixzz2npAXBDXF

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Jovem alérgica morre em posto de saúde de MT e pai alega erro médico

A auxiliar administrativa Jucélia Aparecida Camargo, de 24 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (9) em um posto de saúde do município de Feliz Natal, a 538 km de Cuiabá. A família alega que ela foi sozinha à unidade de saúde para fazer exame de tireoide e teria recebido medicação errada para alergia, o que teria ocasionado a morte. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde garante que a paciente recebeu o atendimento devido após uma crise alérgica e que o laudo de necrópsia irá apontar as causas do óbito.
O pai da jovem, Sebastião Teodoro, disse estar inconsolável, já que a filha saiu de casa aparentando estar bem de saúde e morreu. "Ela foi de moto para o posto de saúde sozinha e voltou morta para casa. Alguém que estava no posto disse que aplicaram uma injeção nela e, em seguida, ela morreu", afirmou. Ele contou que a filha tinha alergia e que fazia tratamento. "Ela tinha alergia a poeira, mas nunca nos preocupamos porque tinha os remédios que ela costumava tomar e ficava bem", pontuou. Ele já registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil da cidade pedindo que a morte seja investigada.
Sebastião disse nunca ter perdido um familiar tão próximo. "Nunca perdi ninguém assim e agora perco justamente a minha filha", desabafou. Muito abalado com a morte da filha, ele disse que irá cobrar explicações sobre as causas do falecimento de Jucélia, bem como se ela recebeu o atendimento necessário na unidade de saúde. "Se for um erro médico, quero que o responsável seja punido", declarou.
Ele contou que a filha tinha conversado com uma vizinha, que descobriu estar engordando por conta da problema na tireóide, e, por isso, resolveu ir ao posto de saúde para tentar diagnosticar se também possuía o problema. "Uma vizinha dela vinha fazendo tratamento porque estava gordinha e ela [Jucélia] também tinha engordado, até fez exame de gravidez, mas deu negativo. Daí ela também decidiu ir ao médico", explicou o pai de Jucélia. O corpo da paciente foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Sinop, a 503 km de Cuiabá. Após o exame de necropsia, o corpo deve ser velado em Feliz Natal, onde a família dela mora.
A secretária de Saúde do município, Luzia Mastroiano, disse se tratar de uma fatalidade. "Ela [paciente] já tinha asma e até usava uma bombinha. E foi ao posto de saúde para fazer uma consulta. Durante o tempo que esperava por atendimento, começou a desencadear o processo alérgico. O médico que estava de plantão a atendeu, mas foi irreversível", argumentou. Ela disse não saber exatamente o que provocou a morte.

Fonte : G1