terça-feira, 31 de maio de 2011

Bebê morre em Farroupilha por falta de UTI infantil




Outra criança que precisou ser transferida para Caxias neste final de semana está em estado grave

Babiana Mugnol
babiana.mugnol@pioneiro.com



Das principais cidades da região serrana, apenas Caxias do Sul e Bento Gonçalves têm leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) pediátrica e neonatal. Das cidades sem estrutura, a maior demanda está em Farroupilha, onde trigêmeos morreram no início do mês passado após a transferência do Hospital São Carlos para o Hospital Pompéia, em Caxias. Nesta segunda-feira, morreu mais um bebê nascido na cidade, que precisou ser levado com urgência ao Hospital Geral.



Davi Gobeti Schleder foi sepultado na tarde de segunda. Ele nasceu na última quinta-feira, no hospital de Farroupilha e recebeu alta no sábado. No domingo, voltou ao São Carlos apresentando febre e dificuldades para respirar. A gravidade do caso exigia UTI e, portanto, ele foi encaminhado ao Hospital Geral, em Caxias. Segundo o tio do bebê, Ronaldo Gobeti, o atestado de óbito informa que a morte ocorreu por infecção neo-hospitalar e arritmia cardíaca.



— Esse é mais um caso para entrar na fila dos que acontecem em Farroupilha. Se tivessem recursos, ele poderia ter sido salvo. Não dá para entender como uma criança que nasceu forte morre desse jeito — lamenta o tio.



Essa não foi a primeira vez que a promotora de Farroupilha, Cláudia Hendler Formolo Balbinot, precisou intervir. No mesmo final de semana, ela já tinha ido ao hospital buscar internação de um bebê prematuro.



— Na realidade, a situação vem se agravando neste ano. Na madrugada de sábado, tive de obter uma internação de uma criança prematura. Não tinha vagas no SUS (Sistema Único de Saúde), só em Alegrete. É bem comum ter lotação. No domingo à noite, fui acionada novamente por causa de um bebê de três dias. Por sorte, enquanto preparava a documentação, surgiu uma vaga no Hospital Geral — relata a promotora.



Em um desses casos, ainda há uma chance de vida para João Gabriel, que nasceu na madrugada de sábado, com 24 semanas e 540 gramas. A mãe, Doraci Aparecida Fernandes dos Santos, 36 anos, sofreu de pré-eclampsia e precisou de um parto de urgência no Hospital São Carlos.



— Não tinha mais o que fazer quando cheguei no hospital. Foi ligado para toda a parte, até a promotora chegar, mas mesmo assim demorou da 1h às 6h para o bebê ser levado para o Hospital do Círculo (em Caxias). A doutora me disse que ele está respirando com muita dificuldade porque ficou muito tempo sem os aparelhos adequados — conta a mãe.



O quadro de João Gabriel era grave na noite desta quarta-feira. Apesar de todas as dificuldades, a mãe não perde as esperanças:



— Eu tenho fé em Deus e ele vai ficar bem.

Menino de 3 anos morre após cirurgia e família acusa clínica



Plantão
Publicada em 31/05/2011 às 03h18m

Athos Moura



Share ....RIO - A família de um menino de 3 anos, que morreu no início da noite desta segunda-feira, acusa uma clínica particular de negligência. Enzo Dellacio Ribeiro da Silva foi internado na Clínica Samci, no Andaraí, por volta das 6h para realizar uma operação de adenóide e fimose. Segundo a família do menino, o procedimento cirúrgico começou às 8h e demorou duas horas e meia. Enzo teria saído bem da operação e passou a tarde dormindo. Às 18h ele teria tido uma parada cardiorrespiratória e faleceu.



A tia da criança, a podóloga Janayna Ribeiro, contou que o atestado de óbito constava que a causa da morte de Enzo teria sido uma broncoaspiração. Porém, ela diz, que assim que a operação terminou, membros da equipe médica alegaram verbalmente que a criança não teria inspirado e nem expirado nenhum tipo de líquido.



A família também protestou contra o fato de a médica responsável pela clínica ter saído do local às 17h e só assinou o atestado de óbito às 23h, após uma ambulância da clínica ter ido ao Hospital Souza Aguiar (HSA), no Centro, onde ela também estava de plantão. Janayna contou que quem ficou responsável pela clínica foi uma enfermeira:



- A médica que fez a operação estava no Souza Aguiar e abandonou o posto. Quem estava responsável pela clínica era uma enfermeira. Em momento nenhum a família conseguiu falar com a médica. Apenas às 23h chegaram com o atestado de óbito assinado e liberaram o corpo.



O pai de Enzo, Márcio Anderson Ribeiro da Silva, esteve na 19ª DP (Tijuca) para registrar um boletim de ocorrência. O delegado de plantão, Leonardo Luís Macharet fez uma diligência até a clínica e conversou por telefone com o diretor da unidade que se prontificou a dar esclarecimentos sobre o episódio. Macharet ordenou que o corpo da criança fosse levado de volta para o Instituto Médico-Legal (IML) para que os legistas determinem a causa da morte e atestem se houve erro médico ou não. O delegado contou ainda que os médicos responsáveis serão chamados para depor.



Por telefone a direção da clínica Samci afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso.





Pai reclama de falta de assitência do hospital


O pai da criança, Márcio Anderson, reclamou da falta de assistência do hospital. “Ninguém deu atenção para a gente no hospital. Ninguém falava nada”, disse. Ainda segundo ele, a família chegou a ser chamada por alguns médicos. “Chegou um determinado momento que uma das pessoas que participou da cirurgia do meu filho nos chamou lá em cima para conversar e disseram na nossa cara que não sabiam explicar o que tinha acontecido”, afirmou.



Márcio declarou ainda que, a princípio, os médicos disseram que o menino havia tido uma parada respiratória provocada pela ingestão de uma secreção. Para ele, o acompanhamento médico não foi adequado.



“Ele saiu da cirurgia e dormiu desde então. Não sei se meu filho acordou, não sei nem se ele abriu os olhos”, disse com a voz embargada, acrescentando que a mãe do menino passou o dia inteiro ao lado da criança. “A enfermeira falou para ela que era normal (ele dormir) devido a anestesia e que seria bom por causa das dores”, contou ele.



Médica em outro hospital

Segundo o pai do menino, a médica que participou da cirurgia não estava no hospital na hora do óbito. "A médica que tinha operado tinha saído do plantão para poder cumprir outro plantão em um outro hospital, o Souza Aguiar. Ela saiu com tanta pressa que nem o óbito do meu filho conseguiu aprontar. Tivemos que enviar uma equipe médica até o outro hospital para que ela pudesse assinar o atestado de óbito do menino", reclamou.



Os agentes da 20ª DP (Vila Isabel) foram nesta terça até o hospital Souza Aguiar, para descobrir se a médica realmente estava no local durante o óbito da criança.



Justiça

A família agora analisa a possibilidade de entrar na Justiça contra o hospital. “Meu sentimento é de justiça. Quantas vezes mais vamos ter que perder crianças dessa forma?”, indagou Márcio.

O advogado da família já foi acionado e está estudando o caso.


Veja também a reportagem pela ban no link abaixo

http://videos.band.com.br/Exibir/Menino-de-3-anos-morre-apos-cirurgias-em-hospital-particular/2c9f94b630297d990130480de632112f?channel=592

segunda-feira, 30 de maio de 2011

CONVITE - JULGAMENTO ASSASSINATO "PREFEITO ANASTACIO CASSARO"




ATENÇÃO – CONVITE














Nós do MOVIMENTO JUSTIÇA BRASIL queremos convidar toda a sociedade capixaba a comparecerem ao julgamento do ”CASO ANASTACIO CASSARO”, dia 07 de junho de 2011, com início as 08:30h, no fórum criminal de Vitória-ES, na cidade alta.





Onde serão julgados depois de ¼ de século (25 anos) 4 dos réus acusados como mandantes do brutal e covarde assassinato do SR. PREFEITO ANASTACIO CASSARO O MAIOR ESCÂNDALO DE IMPUNIDADE DO BRASIL.





Réus:

EDVALDO LOPES DE VARGAS FERNANDO DE MARTINS

LUIZ CARLOS DARÓS (ROSQUETE) JORGE ANTÔNIO COSTA





Temos plena convicção que JUSTIÇA SERÁ FEITA, CONDENANDO os réus à penas que deverão chegar a 30 anos de reclusão em regime fechado.





Nossa certeza de condenação deve-se a 3 fatores:





1 – confiança total no sistema judiciário capixaba, Magistrado e Ministério Público;





2 – nosso conjunto probatório não deixa a menor dúvida do real envolvimento dos réus, além do que as evidentes e insistentes manobras para a prescrição do crime, o que denota total culpa;





3 – quem julga é o povo (Conselho de Sentença), e o povo está cansado de tanta impunidade.




Bebê de 2 meses morre por falta de UTI em hospital



Criança com insuficiência respiratória chegou em estado grave e aguardava por uma vaga, em Rondonópolis



Divulgação



Ministério Público chegou a conseguir liminar de internação, mas já era tarde



RAQUEL FERREIRA

A GAZETA



O bebê J. M. B. M., de 2 meses e 27 dias, morreu em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) por falta de vaga em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) infantil. A criança deu entrada no Pronto-Atendimento (PA) da cidade com insuficiência respiratória na madrugada de ontem (4), por volta das 2h, e foi a óbito 6 horas depois. O Ministério Público chegou a conseguir liminar de internação, mas já era tarde.



Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Edinaldo Lemos, esta é só a primeira morte de criança, de muitas que ocorrerão em Rondonópolis. Ele afirma que o Hospital Regional fazia o atendimento infantil até sexta-feira, mas a Secretaria de Estado de Saúde (SES) acabou com a oferta do serviço.



A diretora técnica do PA, Mariele Lazarin Padula, explica que a menina chegou à unidade de saúde com quadro grave, indicação para entubação com ventilação mecânica e necessidade de uma UTI. Os médicos fizeram solicitação à Central de Regulação e tanto a Santa Casa de Misericórdia, quanto o Hospital Regional afirmaram não ter vaga para internar o bebê.



Na sequência, o PA acionou o MP. Em Rondonópolis, não existe UTI infantil, somente neonatal e adulto. A referência para este tipo de atendimento é Cuiabá, que também não tinha leito disponível.



A médica estava inconformada com a situação e afirmou que o PA tem estrutura para atendimento de baixa complexidade. "É muito difícil aceitar que uma criança morre desse jeito".



O secretário municipal de Saúde, Valdeci Feltrin, afirma que não houve falta de UTI para atender a paciente, garantindo que a Santa Casa de Misericórdia se propôs a receber o bebê, mas o médico de plantão se recusou. "Vamos abrir um procedimento administrativo".



O secretário de Estado, Pedro Henry, conta uma versão semelhante a de Feltrin, afirmando que o médico da Santa Casa não quis receber a criança. Ele desmente o Sindimed e afirma que o Regional tem emergência somente para traumas.



O diretor da Santa Casa, José Spila Neto, desmente a afirmação dos secretários do Estado e Município, garantindo que não há vaga disponível na UTI neonatal, onde a vítima poderia ser internada, mesmo com idade superior a recomendada. "Nossos 10 leitos estão ocupados e ainda temos 2 gestantes na fila aguardando liberação de vagas para dar a luz. Temos vagas na UTI adulto, assim como o Hospital Regional".

desespero na busca pelo atendimento de um motociclista acidentado na Paraíba

sexta-feira, 27 de maio de 2011

UPA's - Unidade de Pronto Atendimento de Sérgio Cabral são uma FARSA

sexta-feira, 27 de maio de 2011



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As UPA's- Unidade de Pronto Atendimento eram uma farsa, ou uma "máquina de ganhar votos" com prazo de validade, conforme revelado pelo Jornal do Brasil de hoje.



Todos os dias se revela a FARSA que é o Governo Sérgio Cabral.



Isso é triste, saúde é coisa séria e o povo merece respeito Sr. Sérgio Cabral.



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terça-feira, 24 de maio de 2011

♥ Dany Fui vítima de erro médico !!


Olá pessoal!

Me chamo Daniela e vim contar sobre minha história de erro médico.....

Em agosto de 2008 fiz uma abdominoplastia e mamoplastia redutora...onde tive complicações e uma má escolha de um mau profissional...

tive necrose abdominal total e infecção generalizada...

bem quando fiz o primeiro banho já notei a cor diferente e um corte 360 graus, desnecessários e com corte V nas costas imitando uma tanga...

fui brutalmente mutilada...ao passar dos dias o "médico" dizia ser normal q era seroma e assim foi me enrolando por 2 semanas...até q minha família chamou uma equipe de urgência e emergência para uma avaliação...constataram q estava com necrose avançada e com infecção grau 17 ja generalizando...foi feito contato com este "médico" imediatamente onde ele dizia saber o q estava fazendo e q tinha mais de 20 anos de profissão...foi a minha casa e me disse q era uma simples capinha como se fosse uma bolha se ele tivesse os instrumentos retiraria ali mesmo no sofá de minha casa...decidiu me levar ao consultório de manhã bem cedo mau estava começando a clarear o dia para retirar a tal pele superficial...onde me foi tirado um pedação do abdomem me deixando aberta aparecendo as visseras e sem assepsia nenhuma...me largou em casa e não queria q eu pedisse ajuda a ninguém para fazer os curativos, queria q eu mesma o fizesse...quando vi o pedaço q me foi tirado entrei em estado de choque...bem gente ai começou a minha luta contra o tempo pela minha vida, pois nenhum hospital queria me aceitar,através do Ex Senador da República Sergio Zambiasi, fui chamada na sede do hospital q havia operado com este "médico" fiquei na matriz do hospital onde operei e fui encaminhada direto ao UTI até q se conseguisse um hospital publico q me aceitasse... e por intermédio deste ex senador q além de amigo pessoal da família a anos e um ser humano espetacular, fui aceita após 2 dias por um hospital na rede publica Hospital da PUC.
  se não fosse por intermédio politico não estava aqui para contar para vcs minha triste história...se não conseguisse teria q voltar para casa e aguardar q a infecção me tirasse a vida...pois não poderia tratar sem antibióticos em dosagens cavalares na veia em casa...




quando o "médico" viu q procurei ajuda desligou os telefones e sumiu...bem fui para a equipe de salvamento onde herodicamente me salvaram...no segundo dia q me pegaram ja me desbridaram(retiraram toda parte podre) e em torno de 20 dias conseguiram fazer aproximação de bordas fechando os ferimentos deixando as pontas abertas para inserir medicamentos pois por dentro estava oco foi fechando aos poucos...começou a granular até q rápido...o "medico" se não bastasse a negligência, imprudência e imperícia...ainda evoluiu na minha pasta por cerca de 22 dias como se tivesse me dando auxilio...coisa q não fez em nenhum momento, não me prestou nenhum auxilio nem socorro...ao descobrir contestei a equipe e imediatamente a equipe de salvamento mandou ele não mexer na minha pasta pq ele não era da equipe e nem fazia parte do hospital e não era mais meu médico ...o vinculo medico x paciente foi rompido no dia em q ele terminou a serie de mutilações dele no meu corpo...não contente ainda fez varias gracinhas coisa tipica de charlatão...

bem gente no hospital descobri q ele era aspirante a membro e q tinha na época 8 processos onde hj somam-se mais de 27... fiquei com abdomem curto sem umbigo e sem perspetiva nenhuma de vida... pois pra mim a vida não tem muito sentido...

para reparar terei q colocar uma prótese no abdomem para alongar e preencher o q esta cavado e refazer o umbigo...o abdomem além de curto ficou cavado por isto da prótese...

PAGUEI E FUI MUTILADA mas não só no corpo na minha alma tbm fui morta e enterrada viva por um inrresponsavel, inconsequente, imprudente,imperito,negligente,e sem especialização...

e hj vim contar um pouco de uma história dolorosa árdua mas q ainda não teve um final...continuo em busca da justiça e vou lutar até o fim!
  Pessoas q com bravura não desistiram de mim em nenhum momento!




Intermediador para salvamento

Senador Sergio Zambiase



Primeiro atendimento e avaliação (Ecco salva)

Dr Yuri melo



Segundo atendimento avaliação e encaminhamento ao CTI tbm intermediadores para a rede publica.



Dr Marcelo Bastiani Pasa

Dr Sergio Santos Ruffini



Equipe q me assumiu e realizou todos os procedimentos.

Cirurgiões Plásticos do Hospital da PUC/RS equipe de salvamento



Dr. Prof. Pedro Martins

Dr Tomás Ostrowski Bergonsi

Dra Karina Cristaldo

Dr David Sena

Equipe de enfermagem 6 sul turma 2008

domingo, 22 de maio de 2011

Conselhos de medicina são contra abertura indiscriminada de escolas médicas no país

Para as entidades, isso coloca em risco a saúde da população e é uma tentativa de desviar a atenção da sociedade dos reais problemas do Sistema Único de Saúde (SUS)


Click no titulo e veja a matéria no site do CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 conselhos regionais de medicina (CRMs) reiteraram nesta quinta-feira (19) sua posição contrária à abertura indiscriminada de novos cursos da área no país. A crítica é uma reação às notícias publicadas na imprensa de que o Governo Federal pretende lançar um Plano Nacional de Educação Médica, cujo objetivo principal seria a ampliação do número de profissionais em atividade no Brasil. De acordo com as entidades que assinam o documento, o governo – por meio de setores da gestão – e alguns especialistas insistem na simplificação do problema da desassistência no Brasil atribuindo-o a uma suposta falta de médicos.



Em nota à sociedade, distribuída na semana passada, os conselhos de medicina já faziam um alerta para os riscos implícitos na proposta. De acordo com as entidades, a falta de critérios na abertura de novas escolas por parte das autoridades responsáveis contribui para a má formação de médicos e, por consequência, coloca em risco a saúde da população. Além disso, os conselhos ressaltam que um dos principais argumentos do Governo – o aumento do número de médicos para melhorar a qualidade da assistência em áreas remotas – não se sustenta.



Levantamento feito pelas entidades mostra que entre 2000 e 2010, o número de cursos de Medicina aumentou em 80% no país (de 100 para 181 escolas). No entanto, esse fenômeno não implicou em ganhos para a assistência. “A abertura de novos cursos de Medicina não resolverá o caos do atendimento, ao contrário do que defendem alguns. A duplicação do número de escolas médicas - entre 2000 e 2010 - não solucionou a má distribuição dos médicos, mantendo a desassistência, inclusive nos grandes centros urbanos”, apontaram CFM e CRMs.



As entidades alertam ainda para a falta de qualidades dos cursos que estão sendo abertos indiscriminadamente. “Boa parte delas (as novas escolas) não tem condições de funcionamento. Elas não têm instalações adequadas, contam com ambulatórios e hospitais precários (ou inexistentes) e não oferecem conteúdo pedagógico qualificado”, argumentam. Diante desse quadro a formação do estudante fica comprometida, o que pode resultar em falta de condições para exercer a Medicina dentro dos padrões exigidos de técnica, segurança e ética.



O Ministério da Saúde não colabora com o Ministério da Educação no sentido de cobrar a obediência às regras que autorizam o funcionamento das escolas, colabora com a abertura de cursos de forma indiscriminada e com a formação de médicos despreparados para atender a população, acrescentam as entidades, que, por sua, vez querem abertura de um amplo diálogo sobre a questão.



“Convidamos o governo, o parlamento e a sociedade para um debate descontaminado de paixões, já que o valor da saúde do povo brasileiro é muito maior do que explicações simplistas”, afirmam o CFM e os 27 CRMs. Os dados do Conselho Federal mostram que não existe este déficit (os números mais recentes apontam um contingente de 347 mil médicos no Brasil, com a previsão de formar 16 mil novos profissionais a cada ano). Contudo, há forte concentração de 72% desse total nos estados do Sul e Sudeste.



Na avaliação das entidades, isso acontece “em decorrência da falta de políticas públicas para a interiorização da Medicina e da assistência”. Na nota conjunta, a criação de uma carreira de Estado para o médico é apontada como a saída para corrigir diferenças deste tipo. Na avaliação das entidades, essa solução traz embutida oferta de honorários dignos e perspectivas de progressão funcional, além de garantir ao médico de áreas remotas condições de fazer diagnósticos e tratamentos, com a garantia pelo Governo de infraestrutura às comunidades (instalações, equipamentos e pessoal) para a realização do trabalho médico.



“Alguns setores do Governo insistem em atribuir ao aumento do número de profissionais no país a solução para os problemas assistenciais. No entanto, sem políticas de recursos humanos, os médicos continuarão a se formar e permanecer nos grandes centros, especialmente no Sul e Sudeste. Por outro lado, mesmo os que os optarem por trabalhar no interior terão dificuldade em se fixar e exercer seu trabalho plenamente. Afinal, sem estrutura não terá condições de tratar a população. É preciso entender que um médico com um estetoscópio nos rincões não é sinônimo de ampliação do acesso à assistência. Isso é desviar a atenção dos reais problemas do SUS”, afirmou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.



Confira abaixo a íntegra da nota do CFM e dos CRMs:



Abertura indiscriminada de escolas médicas põe em risco saúde da população



O Conselho Federal de Medicina (CFM), em defesa do bom exercício do trabalho médico e da qualidade da assistência, manifesta seu repúdio à abertura indiscriminada de novos cursos de Medicina, pelos motivos a seguir:



1) Há 347 mil médicos no Brasil, com a previsão de formar 16 mil novos profissionais a cada ano. Contudo, a concentração de 72% desse contingente no Sul e Sudeste configura grave problema em decorrência da falta de políticas públicas para a interiorização da Medicina e da assistência.



2) A média nacional é de um médico por 578 habitantes. Contudo, em Roraima, o índice é de um médico por 10.306 habitantes. A criação de uma carreira de Estado para o médico é a saída para corrigir estas distorções, com oferta de honorários dignos e perspectivas de progressão funcional.



3) É preciso ir além: o governo deve assegurar mais recursos para o SUS e qualificar a gestão do sistema público, garantindo-lhe infraestrutura adequada ao seu funcionamento.



4) A abertura de novos cursos de Medicina não resolverá o caos do atendimento, ao contrário do que defendem alguns. A duplicação do número de escolas médicas - entre 2000 e 2010 - não solucionou a má distribuição dos médicos, mantendo a desassistência, inclusive nos grandes centros urbanos.



5) Neste período, foram criadas 80 escolas. Boa parte delas não tem condições de funcionamento. Elas não têm instalações adequadas, contam com ambulatórios e hospitais precários (ou inexistentes) e não oferecem conteúdo pedagógico qualificado.



6) O Ministério da Educação, ao não cobrar a obediência às regras que autorizam o funcionamento das escolas, colabora com a abertura de cursos de forma indiscriminada e com a formação de médicos despreparados para atender a população.



Convidamos o Governo, o parlamento e a sociedade para um debate descontaminado de paixões, já que o valor da saúde do povo brasileiro é muito maior do que explicações simplistas.





Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselhos Regionais de Medicina (CRMs)



sábado, 21 de maio de 2011

Médico de Belém do Pará luta contra o descaso na saúde pública

Médico de Belém  do Pará  luta contra o descaso na saúde pública e pela humanização no atendimento médico-hospitalar..um ato de amor a profissão e luta para  melhoria na saúda no Brasil.Venha você também participar no dia 19/06/2011 em Belém, desse grande evento.Nós contamos com a sua participação!!Todos unidos por um Brasil melhor!!