quarta-feira, 31 de julho de 2013

Médicos acusados de retirar órgãos de criança ainda viva são julgados

Começam nesta quarta-feira (31) as audiências de instrução e julgamento do caso sobre a retirada e o possível tráfico de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, morto aos 10 anos em Poços de Caldas (MG). O caso aconteceu no ano 2000 e ganhou repercussão internacional. Os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Sérgio Poli Gaspar são acusados de pertencer à chamada “Máfia dos Órgãos”. Eles serão julgados pelo crime, com o agravante de tê-lo praticado em pessoa viva, resultando em morte, segundo a Lei de Transplantes. Esta será a primeira vez que os médicos envolvidos no ‘Caso Pavesi’ serão ouvidos em audiência. Segundo o Ministério Público, o julgameneto de hoje é apenas um dos processos que apura a morte do menino. Na ocasião, Paulinho, como era conhecido, caiu de uma altura de 10 metros do prédio onde morava e foi levado para o pronto-socorro do Hospital Pedro Sanches. Ainda de acordo com o Ministério Público, o menino teria sido vítima de um erro médico durante uma cirurgia e foi levado para a Santa Casa de Poços de Caldas, onde teve os órgãos retirados por meio de um diagnóstico de morte encefálica, que supostamente teria sido forjado. No julgamento, previsto para durar dois dias, 29 testemunhas, entre defesa e acusação, serão ouvidas no Fórum de Poços de Caldas. Os médicos Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, já foram condenados em 1ª instância em fevereiro deste ano por outro crime. A dupla teria feito a retirada ilegal de órgãos do pedreiro José Domingos de Carvalho, morto aos 38 anos em abril de 2001, na Santa Casa de Poços de Caldas. Os dois médicos recorreram da condenaçção e aguardam a decisão da Justiça em liberdade. Juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro fala sobre novidades no caso Pavesi. (Foto: Reprodução EPTV) Juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro conduz as audiências. (Foto: Reprodução EPTV) As audiências serão conduzidas pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, que em março deste ano teve o pedido de afastamento do caso negado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Na ocasião os advogados de Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes pediram o afastamento do magistrado alegando que o juiz teria demonstrado parcialidade em relação aos casos. A liminar foi suspensa no mês passado e o juiz voltou a presidir as audiências dos processos referentes ao tráfico de órgãos na cidade. Os advogados dos médicos acusados foram procurados pelo G1 e informaram que vão se manifestar durante o julgamento. Caso Pavesi desmonta esquema de tráfico de órgãos As investigações do ‘Caso Pavesi’ já se arrastam por 13 anos. Em 2002, quatro médicos: José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Na denúncia consta que cada um cometeu atos encadeados que causaram a morte do menino. Entre eles, a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia feita por um profissional sem habilitação legal que resultou em erro médico e a inexistência de um tratamento efetivo e eficz. A denúncia aponta também fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino. A investigação deu origem a outros sete inquéritos e a Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas perdeu o credenciamento para realizar os transplantes em 2002. O caso foi tema de discussões também no Congresso Nacional em 2004, durante a CPI que investigou o tráfico de órgãos. Os médicos foram acusados de homicídio doloso qualificado pelo Ministério Público Federal. Retiradas de órgãos aconteciam na Santa Casa de Poços de Caldas (Foto: Divulgação) Retiradas de órgãos aconteciam na Santa Casa de Poços de Caldas (Foto: Divulgação) Ainda na época, o médico Álvaro Ianhez foi denunciado por chefiar a entidade MG Sul Transplantes, que realizava as retiradas dos órgãos e os encaminhava aos possíveis receptores. A organização foi apontada pelo Ministério Público como “atravessadora” em um esquema de tráfico de órgãos humanos. Em 2010, a Justiça determinou que a equipe médica responsável pela cirurgia de retirada dos órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi fosse a júri popular. O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ainda não há previsão para o julgamento. Os médicos indiciados aguardam em liberdade. Quatro médicos são condenados por retirar órgãos de pedreiro O juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, condenou em fevereiro deste ano quatro médicos envolvidos no esquema de compra e venda de órgãos humanos no Sul de Minas. A condenação se refere à retirada de órgãos de José Domingos de Carvalho, morto aos 38 anos em abril de 2001, na Santa Casa de Poços de Caldas. Os médicos João Alberto Góes Brandão, Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Alexandre Crispino Zincone foram condenados a penas que variam de oito a 11 anos e seis meses de prisão em regime fechado por homicídio doloso, compra e venda de órgãos humanos, violação de cadáver e realização de transplante irregular. Segundo a Justiça, os profissionais faziam parte de uma equipe médica clandestina que removia órgãos e realizava transplantes de forma irregular. Eles recorreram da sentença e estão em liberdade. As condenações provocaram também a reabertura do inquérito referente à morte de Carlos Henrique Marcondes, o Carlão, que foi diretor administrado do Hospital Santa Casa até o ano de 2002. Ele foi encontrado morto na época com um tiro na boca dentro do próprio carro. Médicos condenados voltam a atender pelo SUS No último dia 22 de março, os quatro médicos condenados conseguiram um habeas corpus que os permite a atuar novamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a assessoria de imprensa do TJMG, além das penas, os médicos deveriam cumprir também medidas cautelares. Uma delas proíbe que eles prestem serviços médicos pelo SUS. A outra medida cautelar proíbe que os médicos se ausentem do país ou mesmo da comarca sem prévia autorização da Justiça.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Família paga para médico particular atender dentro de UPA no Rio

Veja como é grave a situação da rede pública de saúde no Rio. A família do funcionário público Ronaldo Moreira França, de 50 anos, pagou R$ 500 para que um neurologista particular fosse até à UPA de Santa Luzia, em São Gonçalo, examiná-lo. Após a consulta, o especialista receitou alguns remédios. Todos estavam nas prateleiras da farmárcia da UPA. Ou seja: Ronaldo só não estava corretamente medicado por falta de um neurologista. Por serem unidades de pronto atendimento, as UPAs não têm neurologistas. - Estou revoltada, indignada com a morte do meu marido. Mas também me revolta saber que a UPA tinha os remédios que poderiam ajudar meu marido, e essa medicação não foi dada porque não tinha um especialista - desabafa Arlete França, de 49 anos, viúva de Ronaldo. O funcionário público sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) e foi levado para a UPA no último dia 18. A consulta com o neurologista só aconteceu na quarta passada, seis dias depois dele ser internado. - Meu filho saiu desesperado pelas ruas atrás de um neurologista. Umas pessoas que viram o desespero dele, ajudaram e indicaram esse médico, que foi uma bênção pra gente - diz Arlete. Às 20h31min de quinta-feira, minutos após o Blog Emergência publicar que Ronaldo Moreira França, funcionário da Funasa, esperava por um leito de CTI, a juíza de plantão Bárbara Alves Xavier concedeu a ordem de internação imediata. Mas a decisão foi cumprida. Aliás, a magistrada determinou que se não houvesse vaga em CTI público, Ronaldo deveria ter sido transferido para um hospital particular e o estado pagaria as despesas. - Na UPA falaram que a liminar não adiantava de nada, pois não tinha vaga em nenhum hospital - conta a viúva. Em sua decisão, a juíza Bárbara Alves Xavier criticou a falta de atenção do estado com o sistema de saúde. Veja um trecho: "... É imperiosa a necessidade de os agentes e integrantes dos órgãos do sistema de saúde de melhorarem a estrutura para os atendimentos de tratamento intensivo, pois, em todos os Plantões Judiciários, são inúmeras as demandas nas quais a sociedade roga ao Poder Público melhoria nos quadros de tratamento intensivo no Estado e no Município, não sendo crível que as Secretarias retardem demasiadamente a inauguração de novas vagas. (...) A desídia do Poder tem ocasionado a morte prematura e desnecessária de pessoas em filas nos hospitais e em decorrência de atendimento deficiente neles prestado". Ronaldo deixa mulher e dois filhos. A família vai processar o estado. Fonte:Enviado por Daniel Brunet - 29.07.2013

MEU ANJO (MARCELA)

MEU ANJO (MARCELA), ESTAVA HA UM MÊS ENFRENTANDO UMA FALTA DE AR E TOSSE,QUE FOI TRATADA POR UM MEDICO.LOGO DEPOIS , MEU ANJO COMEÇOU COM UMA DOR NA PANTORRILHA ESQUERDA.PROCUROU UM ORTOPEDISTA QUE PEDIU RX E DIAGNOSTICOU SENDO UMA DISTENSÃO. MAS A DOR CONTINUAVA. E NO DIA 22 DE JUNHO ESTAVA MEU ANJO INDO PARA O TRABALHO (HOSPITAL ROCHA FARIA-NEO NATAL ) COMO DIZIA ELA: "CUIDAR DOS SEUS BEBES" AO CHEGAR NO HOSPITAL MEU ANJO NÃO AGUENTOU A FALTA DE AR E DESMAIOU.SENDO ENCAMINHADA PARA ENFERMARIA. FUI AVISADA NO MEU TRABALHO.CHEGANDO , CONSTATEI Q JÁ HAVIAM FEITO VÁRIOS EXAMES COM MINHA BB , INCLUSIVE O DA H1N1 ( MUITAS GENTE COGITOU Q ELA MORRERA DESTA DOENÇA) O Q DEU NEGATIVO.PROCUREI A MEDICA Q ESTAVA ACOMPANHANDO A MINHA BB E LHE INFORMEI DA DOR NA PANTORRILHA ESQUERDA. ASSIM Q ELA OUVIU O MEU RELATO OLHOU PARA OUTRA ENFERMEIRA E FALOU: EMBOLIA PULMONAR .CORRERAM COM MEU ANJO PARA FAZER UMA TOMOGRAFIA , MAS ELA NÃO CONSEGUIA FICAR DEITADA PARA REALIZAR O EXAME. A FALTA DE AR PIORAVA QUANDO ELA DEITAVA. RESOLVERAM ENTÃO ENTUBA-LA E SEDA-LA PARA REALIZAR O EXAME.ASIIM Q FIZERAM O PROCEDIMENTO , MEU BB ENTROU EM CHOQUE ( ACHO Q É ESTA A PALAVRA NÃO SEI MUITO BEM) SUA PRESSÃO ARTERIAL FOI A ZERO E SÓ COM ADRENALINA É Q CONSEGUIAM FAZER ELA REAGIR. MEU ANJO NÃO CONSEGUIU REAGIR MAIS SEM AS MEDICAÇÕES NÃO CONSEGUIRAM FAZER A TOMOGRAFIA ,PORQUE ELA NÃO PODERIA SAIR DOS APARELHOS Q LHE ERAM NECESSÁRIOS PARA CONTINUAR VIVA. TENTAMOS REMOVE-LA MAS SEM SUCESSO . QUANDO A AMBULÂNCIA UTI CHEGOU , MEU BB JÁ NÃO PODERIA SER REMOVIDA. CORRIA RISCO DE PERDE-LA NO CAMINHO. NÃO FOI POR OMISSÃO DO ATENDIMENTO DO HOSPITAL. MEU BB FOI BEM ATENDIDA . DE 3 A 4 MÉDICAS FIZERAM DE TUDO PARA SALVA-LA. MEU BB MORREU DE UMA DOENÇA Q TEM CURA QUANDO DIAGNOSTICADA POR PROFISSIONAIS BEM INFORMADOS. TROMBOSE É O NOME DA DOENÇA , Q CAUSA A EMBOLIA PULMONAR SE NÃO FOR TRATADA. O ÊMBOLO, UM COAGULO Q SE FORMA NA BATATA DA PERNA SOLTOU E PERCORREU A SUA CORRENTE SANGUINIA E SE ALOJOU NO PULMÃO , FECHANDO A ENTRADA DO OXIGÊNIO. OS ORGÃOS DA MINHA BB FORAM PARANDO CADA UM AOS POUCOS. REZAMOS MUITO, PEDIMOS MUITO A DEUS ! MAS QUANDO É DA SUA VONTADE ELE NÃO DEIXA NINGUÉM ENXERGAR O Q PODERIA ACONTECER. MEU ANJO TEVE 4 PARADAS CARDÍACAS E NÃO RESISTIU... FOI PARA O CÉU....AGORA ELA É UMA ESTRELA... (POR FAVOR , TUDO LEVA A CRER QUE FOI A PÍLULA ANTICONCEPCIONAL A CAUSADORA DA TROMBOSE-É UM PEDIDO DE UMA MÃE QUE ESTÁ SOFRENDO COM A PERDA DE SUA FILHA...PESQUISE NA INTERNET-PILULA ANTICONCEPCIONAL/TROMBOSE- OS MÉDICOS NÃO ORIENTAM SOBRE ISSO ,PASSAM A PÍLULA E PRONTO. http://noticias.r7.com/videos/estudo-revela-que-pilulas-anticoncepcopnais-

Até 73% dos erros cometidos em hospitais no país são evitáveis

Até 73% dos erros que acontecem dentro de hospitais brasileiros, como medicações trocadas ou operação de membros errados, poderiam ser evitados. É o que apontam estudos da Fiocruz apresentados no QualiHosp (congresso de qualidade em serviços de saúde) e que ajudaram o Ministério da Saúde a criar novas normas de segurança hospitalar que passam a valer a partir de 2014. As pesquisas, feitas em dois hospitais públicos do Rio, encontraram uma incidência média de 8,4% de eventos adversos, semelhante aos índices internacionais. No Brasil, no entanto, é alto o índice de problemas evitáveis: de 66,7% a 73%. Em outros países, a incidência variou de 27% (França) a 51% (Austrália). Editoria de Arte/Folhapress Em números absolutos, isso significa que, em 2008, dos 11,1 milhões de internados no SUS, 563 mil foram vítimas de erros evitáveis. Para Walter Mendes, pesquisador da Fiocruz e consultor do comitê do programa de segurança do paciente, embora haja limitações metodológicas ao extrapolar os resultados para o resto do país, os estudos indicam a magnitude do problema. "É um quadro barra pesada. Nos países desenvolvidos, existem políticas de segurança bem consolidadas. Aqui estamos acordando com um pouco de atraso", diz ele. Segundo Mendes, a política de segurança do paciente não pode ser vista em separado do "imenso caos" que vive a maioria dos hospitais. "A questão é adotar mecanismos impeçam que o erro chegue ao doente", afirma. A morte da menina Stephanie Teixeira, 12, que no ano passado recebeu vaselina em vez de soro nas veias, é um exemplo de erro evitável. Os frascos eram idênticos, e os nomes dos produtos estavam em etiqueta de mesma cor. Para Angela Maria da Paz, gerente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses casos acontecem porque as instituições não seguem protocolos. "Existem ferramentas capazes de prevenir esse tipo de erro." No Brasil, diz ela, os eventos adversos são subnotificados e, em geral, só se tornam visíveis quando viram caso de polícia. "Existe a cultura do castigo, as pessoas escondem, têm medo. O erro deve ser aproveitado como aprendizado, não para punição." Para o professor Jesús María Aranaz Andrés, chefe do serviço de medicina preventiva do hospital Sant Joan d'Alacant (Espanha), a reparação do erro pode ser resolvida de várias formas, como pela compreensão e correção ou por indenização. "Só não pode haver culpabilização porque isso leva à ocultação. Se escondermos a cabeça na areia feito avestruz, não vamos aprender." O pesquisador Paulo Santos Sousa, professor da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), diz que as mudanças devem ser de cultura. "Bactéria não tem asas. Ela passa de paciente para paciente porque alguém a carregou nas mãos. Sempre se soube que lavar as mãos é importante, mas continua sendo um desafio." Segundo Angela Paz, da Anvisa, a agência construirá uma ferramenta eletrônica para monitorar os eventos adversos e agir na prevenção. Um dos pontos da política, segundo ela, é uma negociação com o Ministério da Educação para que as faculdades de medicina coloquem em seus currículos o tema de segurança do paciente. Outra ideia é disseminar essas informações ao paciente para que ele se torne atuante no processo, e não um mero espectador.

Saúde e CRM vão investigar médico que ignorou mulher desmaiada no DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta quinta-feira (25) que já chegou à corregedoria da pasta a denúncia contra o médico filmado ignorando uma paciente desmaiada no Hospital Regional do Gama. A pasta não informou, no entanto, o prazo para conclusão da sindicância ou o tipo de punição prevista caso a suposta negligência seja comprovada. Na sexta-feira (19) o G1 divulgou um vídeo de um médico que foi filmado observando uma mulher desmaiada na porta do consultório sem que ele levantasse da cadeira para atendê-la (veja acima). O G1 tentou entrar em contato com o médico, que é clínico geral no Hospital do Gama, mas a instituição informou que ele entrou de férias na última quarta-feira (17). A mulher acabou sendo carregada no banco para dentro do consultório. saiba mais Secretário nega negligência ou erro médico em morte de bebê no DF Médico ignora mulher desmaiada em hospital do DF; veja vídeo Rede de saúde do DF ignora certidão de recusa de atendimento a pacientes O Conselho Regional de Medicina informou que também já abriu uma sindicância para apurar o caso do médico. Segundo o presidente do CRM, Iran Augusto, o conselho solicitou ao diretor do Hospital do Gama a ficha de atendimento do médico, que deverá ser enviada em até dez dias úteis. “O ofício será então enviado ao médico e ao paciente para poder constar como denunciante, e então se começa a apuração dos fatos”, disse Iran Augusto. “Chegando a isso, vamos fazer um relatório; feito o relatório, ele passa por uma câmara, e essa câmara composta por cinco conselheiros dirá se abre processo ou se arquiva [a denúncia].” Segundo Augusto, se for decidido que o processo deve ser aberto, a paciente e o médico serão chamados para serem ouvidos. “Chama a paciente, chama o denunciante, chama cinco testemunhas de cada lado”, disse. “É o mesmo ritual que tem no jurídico, e aí vai se fazer um relatório para julgamento no plenário do conselho.” Questionado sobre o tipo de punição que o médico pode receber caso fique comprovado que houve negligência no atendimento à paciente, Iran Augusto disse que não é possível fazer “prejulgamento”. “Não posso prejulgar. Cada caso é um caso”, disse. “O conselho pode não fazer nada. Não se pergunta a um juiz que tipo de pena ele vai dar.” O Conselho Federal de Medicina informou, no entanto, que existem cinco tipos de punições previstas por uma lei que regulamenta os conselhos e prevê que eles sejam órgãos supervisores da ética profissional da classe médica. A primeira sanção é uma advertência confidencial; a segunda é uma censura confidencial; a terceira é uma censura pública. Somente em casos mais graves um médico pode ter a suspensão do exercício profissional por até 30 dias e, em último caso, o direito ao exercício profissional cassado. Fonte: G1 Link :http://glo.bo/1aLBk2A

MP investiga quatro mortes em UPAs da Região Metropolitana de BH

O Ministério Público investiga quatro mortes em Unidades de Pronto Atendimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O prazo máximo de internação nas UPAs é de 24 horas, mas os repórteres do Bom Dia Brasil encontraram pacientes que estão internados há mais de dez dias. Macas espalhadas pelos corredores, e até as cadeiras servem de leitos improvisados. Salas superlotadas em uma Unidade de Pronto-Atendimento de Belo Horizonte. Os pacientes só podem ficar em UPAs por, no máximo, 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Depois desse prazo, quem precisa de internação tem que ser encaminhado a um hospital. Mas, na prática não é assim. “Meu marido está internado fez 11 dias ontem”, conta a doméstica Irene Raposo. “Meu marido está aqui há quatro dias aguardando”, diz uma mulher. De acordo com o Ministério Público, o problema não está restrito a esta Unidade de Pronto-Atendimento. Os promotores dizem que são, pelo menos, três denúncias diárias de pacientes internados em outras UPAs de Belo Horizonte e também da Região Metropolitana, muitos em estado grave, que não conseguem vagas em leitos de hospitais. “Foram quatro falecimentos em menos de um mês, e isso foram os casos que chegaram até a gente. Com certeza, acredite que teriam mais casos que a gente não teve conhecimento”, diz o promotor de Justiça de Defesa da Saúde de BH Nélio Costa Dutra Júnior Na UPA de Vespasiano, na Região Metropolitana, pacientes em CTIs improvisados. “Não pode ficar esperando muito. Esperar morrer primeiro para transferir?”, reclama a doméstica Vanda Luísa Lopes. Cerca de 12 pessoas esperam transferência, segundo a diretora da unidade. Ela diz que já tentou vaga em 20 hospitais, sete deles particulares. “Eles alegam que não tem vaga, que está superlotado. Às vezes o paciente morre”, conta Daniele Peixoto. A espera do avô de Gabriela Soares Mateus foi longa demais. O aposentado, de 77 anos, morreu depois de doze dias internado na UPA. “A gente foi vendo o meu avô morrendo aos poucos. É muito ruim”, lamenta a corretora. “A gente vê que pode salvar a vida dessa pessoa se houver a continuidade do tratamento em um leito de CTI, que muitas vezes não sai. Aqui, o que a gente pode fazer é limitado”, lamenta o médico Orlando Marcelo de Abreu. A prefeitura de Belo Horizonte responde pela central de leitos de toda a Região Metropolitana. “A norma do ministério é um parâmetro indicativo. Não é uma proibição. Ela depende da condição clínica do cidadão e do funcionamento da rede”, afirma o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira. Ainda segundo o secretário de Saúde, seria necessário abrir pelo menos três mil novos leitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/13gqRL1

Macas do SAMU são usadas como leitos em hospitais de São Paulo

A falta de estrutura na rede pública de saúde acaba agravando problemas também do lado de fora dos hospitais. Na maior cidade do país, ambulâncias do Samu que chegam com pacientes ficam retidas porque as macas são usadas como leitos. Sem elas, as ambulâncias do Samu não podem sair para fazer novos atendimentos. Uma maca presa no hospital é um paciente que deixa de ser atendido. O Samu - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, tem de 142 equipes na capital paulista. Quase todas enfrentam o mesmo problema. Quando a ambulância do Samu deixa um paciente no hospital, junto com ele vai uma maca. Segundo a prefeitura, o hospital deveria receber o paciente e devolver a maca o mais rápido possível para que a equipe possa fazer outros atendimentos. Mas de acordo com funcionários do Samu isso não vem ocorrendo, e a equipe tem que ficar esperando a devolução da maca. “Você chega com o paciente e eles já alegam que não tem maca pra colocar o paciente, então a nossa maca tem que ficar presa no hospital até o médico resolver dar alta, liberar o paciente, subir o paciente para um quarto, alguma coisa assim”, diz um funcionário do Samu. Enquanto a maca não é devolvida, a ambulância fica parada no estacionamento. É o que acontece no Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Com uma câmera escondida o produtor do Bom Dia Brasil fez imagens de cinco ambulâncias no estacionamento do hospital, todas aguardando as macas, de acordo com os funcionários do Samu. “Está cheio de paciente. Quando a maca fica presa que não tem leito para colocar os pacientes, eles ficam internados na maca do Samu”, conta um atendente. No hospital do Campo Limpo, uma ambulância do Samu ficou quatro horas no estacionamento. O motorista confirmou: “A maca fica retida no hospital com paciente”. Uma mulher acompanhava a tia na chegada ao hospital do Campo Limpo. Ela confirma que a paciente foi atendida na maca e que ainda permanecia na mesma maca depois de dar entrada no hospital. “Realmente, ela ficou na maca que foi. Ela continua na maca. Porque está super lotado, eu acho que não tem leito”, diz a mulher. Um funcionário do Samu diz que há macas que ficam no hospital um dia inteiro. “Eu cheguei faz umas duas horas, tem gente que está aqui desde manhã. Às vezes a maca fica 24 horas”, diz. Imagens feitas na Santa Casa de São Paulo mostram que as equipes do Samu foram embora e depois uma ambulância passou para buscar as macas. Produtor: Nossa, moça. Quanta maca. Isso é resgate de maca? Atendente do Samu: É só resgate de maca. Produtor: Por que? Fica tudo preso aí? Atendente do Samu: É. Produtor: Tem que vir buscar? Atendente do Samu: Tem que vir buscar e botar para rodar, senão fica parada. O coordenador municipal das atenções às urgências e emergências admite que quando as macas são retidas pelos hospitais muitas vezes é por falta de leitos, e que essa não é a única explicação. “Tem dois aspectos: existe o aguardar na maca enquanto se conclui uma investigação em relação ao seu diagnóstico e tratamento de urgência, que é isso que leva muitas vezes ao sobreaviso da equipe, e existe ficar na maca em relação a um sintoma de uma carência assistencial que a gente ainda diagnostica na rede, que é carência em relação aos leitos de internação para urgência e emergência”, afirma Marcelo Takano. Por meio de nota, a Santa Casa informou que é comum que pacientes trazidos pelo Samu recebam o primeiro atendimento na maca até a liberação de um leito. A Secretaria Municipal de Saúde, que responde pelo Hospital do Campo Limpo, disse que orienta constantemente seus serviços para que não haja retenção de macas do Samu além do tempo mínimo necessário para avaliar o paciente. Um funcionário do Samu diz que a situação já provocou acidentes dentro dos hospitais. “Ela não é uma maca para leito, é para transporte. Tanto é que pacientes já caíram dessa maca. Já caíram no chão, já se machucaram, foram com um tipo de problema para o hospital e acabaram passando por trauma por terem caído da maca”, conta. Em nota, o Ministério da Saúde diz que tem parceria com estados e municípios e que financiou a abertura de mais de mil novos leitos em São Paulo nos últimos anos. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/16tGdue

sábado, 27 de julho de 2013

Morte de criança: Técnica de enfermagem e médico podem ser indiciados

A família de Ana Beatriz Lima, 7 anos, aguarda há quase um ano meio a conclusão do inquérito policial que pode indicar se ela morreu por negligência de uma técnica de enfermagem do Hospital Regional de Eunápolis. Ana Beatriz deu entrada no hospital com uma crise de bronquite asmática e morreu repentinamente na manhã do dia 13 de fevereiro após tomar uma injeção de ampicilina. A mãe da criança, a vendedora Lígia Souza, acusa a técnica de enfermagem Renata Chaves - que aplicou o medicamento, de ter cometido um erro grotesco. Lígia declarou que se ausentou por alguns minutos da enfermaria para ir buscar água para a filha. Segundo ela, foi neste momento que a técnica de enfermagem aplicou a injeção. Quando retornou, Lígia disse que notou que a filha já estava roxa, lhe pedindo ajuda, com falta de ar e com dores no peito. A morte foi imediata. Foto: Arquivo Ana Beatriz tinha 7 anos 'Nesse momento a técnica de enfermagem saiu correndo da sala, trocou de roupa e se escondeu no interior do hospital', denunciou Lígia. Ainda de acordo com a mãe, o médico Darlan Andrade, que estava de plantão e tinha prescrevido o medicamento, chegou para prestar socorro a Ana Beatriz 10 minutos depois. Lígia denunciou a técnica de enfermagem e o Hospital Regional para o Ministério Público. Renata Chaves também foi denunciada ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN).
Erro na diluição do medicamento O promotor de justiça de Eunápolis, Dinalmari Mendonça, investigou o caso. Um inquérito também foi aberto na Polícia Civil e está sendo presidido pelo delegado Eridelson Bastos. O delegado informou que as apurações do Ministério Público foram juntadas ao seu inquérito, que está em fase final de conclusão. A técnica de enfermagem, a mãe de Ana Beatriz e outras testemunhas já foram ouvidas. Ainda vão prestar depoimento o médico Darlan Andrade e mais duas pessoas que estavam na enfermaria e teriam presenciado a morte da garota. Foto: RADAR 64 Lígia - mãe da criança, acusa enfermeira de erro Segundo o delegado, perícia do núcleo do Ministério Público em Salvador que apura erros médicos concluiu que a técnica de enfermagem falhou ao diluir a medicação. Eridelson Bastos declarou que o caso está sendo tratado como homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Ele investiga se houve imperícia, negligência ou imprudência por parte da técnica de enfermagem.
Além de Renata, o médico também pode ser indiciado por negligência, já que chegou à enfermaria 10 minutos após a morte da menina. No depoimento, a técnica de enfermagem declarou que o seu procedimento foi correto, com base no que aprendeu na escola. A direção do hospital só vai se pronunciar sobre o caso depois que o inquérito for concluído. A reportagem não conseguiu falar com o médico Darlan Andrade. O COREN também investiga a acusação contra Renata. PUBLICIDADE

campanha de divulgação dos projetos

ERRO MÉDICO

Quase 2.000 médicos estrangeiros se candidatam ao 'Mais Médicos'

Brasília, 26 jul (EFE).- Cerca de 2.000 profissionais estrangeiros se inscreveram até agora para o programa 'Mais médicos', a polêmica iniciativa lançada no começo do mês pela presidente Dilma para suprir a falta de médicos, informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde. Dos 18.450 profissionais inscritos para a primeira fase do programa, 1.920 deles são estrangeiros de 61 nacionalidades, e a maioria é de espanhóis, argentinos e portugueses, revelou o Ministério. Não foram fornecidos mais detalhes. Dos quase 5.500 municípios brasileiros, 3.511 aderiram ao programa, e juntos representam uma demanda de 15.460 médicos, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Do total de inscritos, só 3.123 médicos apresentaram toda a documentação necessária. Entre os mais de 15.000 restantes, os brasileiros têm até dia 28 de julho, e os estrangeiros até 8 de agosto, para adequar todas as informações necessárias para a inscrição. Em 1º de agosto vai ser divulgada a lista dos médicos aprovados e os respectivos municípios em que trabalharão. Os profissionais terão dois dias para assinar o contrato de compromisso. Os médicos aprovados serão avaliados por 41 universidades federais. Dos médicos inscritos, 45% apresentaram registros profissionais inválidos, uma situação que foi interpretada por alguns veículos de imprensa como boicote dos profissionais brasileiros que se opõem à contratação de estrangeiros. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou, em primeira instância, que se trate de um boicote e afirmou que os erros dos registros podem ser de médicos recém formados que ainda têm em tramitação o registro profissional definitivo. Dilma lançou o programa como uma das medidas para atender os pedidos da população, de melhora da estrutura e serviço da saúde pública, durante a onda de protestos de junho que começou em São Paulo e se expandiu por todo o país com diferentes reivindicações sociais. Os médicos receberão um salário de RS 10 mil mensais, alguns benefícios e especialização acadêmica durante os três anos de permanência no programa. EFE Fonte:G1 LINK: http://glo.bo/1bX2ff9

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Governo pode rever decisão de aumentar curso de Medicina

Edição do dia 24/07/2013 25/07/2013 11h38 O governo já admite rever o programa ‘Mais Médicos’, que aumentaria em dois anos os cursos de medicina. O estágio obrigatório no SUS passaria a contar como residência médica. Já são três entidades médicas brigando na Justiça contra o programa. Segundo especialistas, a proposta de mudança tem sutilezas que podem fazer diferença. Os dois anos finais teriam já como foco a especialidade escolhida pelo médico ou seriam um treinamento mais geral? Tudo isso será discutido no Congresso, que tem quatro meses para analisar a medida provisória. O governo admitiu transformar os dois anos a mais da graduação em residência médica. O assunto, discutido nesta quarta-feira (24) no Conselho Nacional de Educação, já estava previsto na medida provisória, segundo o ministro da Saúde. "O central é mudarmos a formação médica no nosso país hoje. Aumentar o período que o médico em formação tem contato com o paciente fora do hospital, na rede do SUS, acompanhando o mesmo paciente para que ele aprimore a sua formação, seja um médico cada vez melhor e mais experiente, e oferecer residência médica para todos os profissionais”, declarou o ministro da Saúde Alexandre Padilha. “O médico vai se especializar, por exemplo, em pediatria, mas ele já começa trabalhando dois anos obrigatoriamente no SUS para fazer sua formação na residência. Se ele vai ser clínico geral, ele vai trabalhar a atenção básica, sempre no SUS”, explicou o ministro da Educação Aloizio Mercadante. Pela proposta inicial, que pode ser revista, a partir de 2015 o curso de Medicina passaria de seis para oito anos. Os dois últimos seriam de serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. Outra sugestão, feita por escolas médicas, foi a de aumentar, dentro do currículo atual, o internato, fase em que o estudante tem contato com pacientes. O Conselho Nacional de Educação tem seis meses para definir como será a mudança no curso. O programa ganhou um aliado. O representante da Organização Panamericana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde no Brasil, Joaquín Molina, disse que a organização vê com entusiasmo o programa ‘Mais Médicos’. Para a OMS, em longo prazo, os dois anos no Sistema Público de Saúde devem garantir maior equidade no SUS. Não é o que pensam as entidades que representam os médicos. Depois do Conselho Federal e da Federação Nacional dos Médicos, a Associação Médica Brasileira recorreu à Justiça para pedir a suspensão do programa. A AMB, que entrou com ação no Supremo Tribunal Federal, afirma que as medidas não têm urgência e não poderiam ter sido criadas por medida provisória. A associação faz outras críticas: “Não foi discutido com as entidades médicas, com a sociedade civil, com a academia e as universidades. O governo não pode criar dois anos sem discutir com quem forma, que são as universidades, as faculdades de Medicina”, defende Florentino Cardozo, presidente da Associação Médica Brasileira. A Advocacia Geral da União, notificada na quarta pela Justiça Federal, disse que vai prestar os esclarecimentos na sexta-feira (26). Para a AGU, o programa está dentro da lei. “Eu não tenho nenhuma dúvida de que o programa vai ser mantido pelo nosso poder judiciário”; disse o ministro da Advocacia-Geral da União Luís Inácio Adams. Fonte:http://glo.bo/1aKRvgC

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ambulâncias do Samu de Passos são recolhidas por Saúde Estadual

Quatro ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram recolhidas nesta terça-feira (16), em Passos (MG), por funcionários da Secretaria Estadual de Saúde. O município tinha um prazo para instalar o serviço após a entrega dos veículos, que não foi cumprido na administração anterior. As ambulâncias serão levadas para Belo Horizonte (MG). Os veículos do Samu deveriam entrar em atividade naquele mesmo ano, em 2010. O projeto previa a implantação de um sistema regional do Samu que iria funcionar também em outras cidades da região. O sistema não foi criado e a Prefeitura de Passos alegou que não poderia arcar com todos os custos sozinha. A despesa mensal seria de R$ 600 mil. Antes da devolução dos veículos, outros problemas surgiram. A Secretaria de Administração Municipal instaurou um processo administrativo para apurar o desaparecimento de peças e equipamentos das ambulâncias. Alguns aparelhos para o atendimento de pacientes, como desfibriladores e oxímetros, foram encontrados onde funcionava um centro odontológico na cidade. Outros equipamentos como macas, ferramentas e estepes das ambulâncias continuam desaparecidos. O relatório da comissão será enviado para investigação da Polícia Civil. O ex-prefeito de Passos, José Hernani Silveira, disse que as ambulâncias do Samu faziam parte do processo de instalação do Samu Sul de Minas e para que elas começassem a funcionar, faltava a formalização do procedimento por Varginha (MG), que seria a central do serviço na região. Em relação às peças e equipamentos que desapareceram dos veículos, o ex-prefeito garante que as ambulâncias eram revisadas todo mês e que foram entregues à atual administração em perfeitas condições. Ambulâncias do Samu de Passos são recolhidas por Saúde Estadual (Foto: Reprodução EPTV) Ambulâncias do Samu de Passos são recolhidas por Saúde Estadual (Foto: Reprodução EPTV) Polo no Sul de Minas Em Varginha as ambulâncias do Samu chegaram em 2010. Houve também muita expectativa pelo funcionamento do serviço, que iria reforçar o atendimento à saúde, com 153 municípios que seriam beneficiados pela implantação do serviço. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, falta a adequação do prédio em que funcionará a Central do Samu Sul de Minas e, também, dos outros polos: Pouso Alegre, Alfenas, Passos, Itajubá, Lavras, São Sebastião do Paraíso, Poços de Caldas e São Lourenço. O secretário de saúde de Varginha, José Antônio Valério, disse ainda que, em reunião com representantes do Ministério da Saúde, do consórcio intermunicipal do Samu e com o secretário estadual de saúde, Antônio Jorge de Sousa Marques, ficou definido que acontecerão fases de adequação das cidades polo do Samu para que o serviço comece a funcionar no fim do ano. Nesse período de adequação, haverá também a seleção pública e treinamento de cerca de 650 funcionários que trabalharão com o serviço, como médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros, motoristas e funcionários administrativos. Vinte e seis ambulâncias ainda serão enviadas aos municípios pelo Ministério da Saúde. A previsão é de que toda a rede esteja em funcionamento no dia 1º de dezembro. tópicos: Alfenas, Belo Horizonte, Itajubá, Lavras, Ministério da Saúde, Passos, Pouso Alegre, Poços de Caldas, São Lourenço, São Sebastião do Paraíso, Varginha

Exclusivo: pacientes aguardam por atendimento nos corredores de hospital

Publicado em 23/07/2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Secretário nega negligência ou erro médico em morte de bebê no DF

O secretário de Saúde em exercício do Distrito Federal, Elias Miziara, negou na manhã desta segunda-feira (22) que tenha havido erro médico ou de tratamento no atendimento ao bebê de quatro meses que morreu neste sábado (20) após ser diagnosticado com uma virose no Hospital Regional do Gama, no Distrito Federal. Ele também negou que a falta de leitos na UTI Neonatal do hospital tenha contribuído para a morte da criança. A causa da morte da criança ainda está sob investigação. "A vaga de UTI não representaria nenhuma diferença de atendimento porque a evolução da doença depende muito mais do estado imunológico do paciente do que os tratamentos que se possa dar, que em geral são tratamentos de suporte", disse Miziara. Segundo o secretário, há 64 leitos na UTI Neonatal da rede pública do DF e 11 crianças aguardando vaga. Segundo ele, a doença da criança evoluiria "de qualquer maneira" e a criança já estava internada na 'sala vermelha', que equivale ao leito de uma UTI Neonatal. Não havia razão para internação no dia anterior porque o que ela apresentava era um quadro viral, mas de uma virose comum, o que acontece hoje aos milhares, ainda mais nesta época do ano" Elias Miziara, secretário de Saúde em exercício do Distrito Federal A criança Ana Laura Fontenele deu entrada no hospital às 21h de sexta-feira (19) com tosse e falta de ar. Após a realização de radiografias e de um exame de sangue, ela foi medicada com nove gotas do remédio Berotec e liberada em seguida. A criança, no entanto, piorou ao chegar em casa e, além de febre alta, teve dificuldade para respirar. A família voltou ao hospital e o bebê foi diagnosticado com uma síndrome respiratória aguda. Segundo a família, os médicos queriam internar a criança na UTI, mas não havia leito disponível no hospital. “Eles tentaram, mas não conseguiram porque tinha que tentar UTI ou no Hospital de Santa Maria, ou no Hospital de Base, ou no HMIB [Hospital Materno Infantil de Brasíliax]”, disse a mãe da criança, Ana Aline Fontenele. O bebê sofreu paradas cardíacas e morreu no hospital no fim do sábado. A família acusa a equipe médica de negligência e erro na prescrição de medicamento. saiba mais Secretaria de Saúde do DF apura morte de bebê no Hospital do Gama Bebê de 15 dias morre aguardando leito de UTI em hospital do DF STJ condena hospital do DF a pagar R$ 100 mil a pais de bebê morto Segundo o secretário, a causa da morte foi a rápida evolução da doença no organismo da criança, o que é comum em bebês prematuros, menores de seis meses de idade ou que tenham cardiopatia congênita. "Não havia razão para internação no dia anterior porque o que ela apresentava era um quadro viral, mas de uma virose comum, o que acontece hoje aos milhares, ainda mais nesta época do ano", disse Miziara. A família se diz "indignada" com a declaração do secretário. "Ela morreu no box [incubadora], eles só furavam ela, não deram atendimento, não entubaram, não tentaram reanimar ela do jeito que tinha que ser, não tinha medicação para baixar os batimentos cardíacos", disse a tia Léa Gomes. "O coração dela parecia que ia sair do peito para fora." A tia nega que a criança tivesse algum problema de saúde congênito. "Ela [a mãe] fez todos os exames durante a gravidez, tem todas as ecografias da neném, a neném era perfeita, nasceu no tempo certo, mamou quando nasceu, foi feito o teste do pezinho", disse. Remédio A família acredita que a dosagem do remédio Berotec, indicado para tratamento de crises agudas de asma, tenha sido a causa da morte da criança. "Ela tomou nove gotas do remédio em três sessões, no período de duas horas", disse a tia. "Depois começou a passar mal." Ela morreu no box [incubadora], eles só furavam ela, não deram atendimento, não entubaram, não tentaram reanimar ela do jeito que tinha que ser, não tinha medicação para baixar os batimentos cardíacos. O coração dela parecia que ia sair do peito para fora" Léa Gomes, tia da menina de quatro meses que morreu após ser medicada no Hospital do Gama O G1 consultou a bula do remédio que diz que a indicação para crianças menores de um ano é de 5 ml de duas a três vezes ao dia. As nove gotas, no entanto, totalizam 2,25 ml. "Ela entrou lá para morrer. Não deixaram nem a medicação fazer efeito e mandaram ela ir embora para casa. Ela chegou lá com um pouquinho do nariz entupido e tossezinha seca. Depois do Berotec, ela não mamava, fazia xixi cristalizado", disse. A família disse que já entrou com uma ação contra os dois médicos que atenderam a criança e não fizeram o diagnóstico correto da doença, segundo os pais da menina. "Simplesmente enrolaram ela no pano quando ela morreu", disse. Velório O velório de Ana Laura será na casa da tia, no fim da tarde desta segunda, em Cidade Ocidental. O enterro está marcado para a manhã desta terça-feira (23). "Ela vai ser enterrada parecendo uma princesa. A mãe dela escolheu a roupa, não vai nem deixar tirar o brinco", disse a tia, emocionada. "Ela vai usar um macacão rosa e uma faixa de cabeça rosa. O caixão é todo branquinho com flores brancas e tem um um anjinho." A necropsia, que deve ficar pronta em 30 dias, vai apontar o motivo da morte da criança. Hospital do Gama Na sexta-feira (19) o G1 divulgou um vídeo de um médico do Hospital Regional do Gama que foi filmado observando uma mulher desmaiada na porta do consultório sem que ele levantasse da cadeira para atendê-la (veja vídeo ao lado). O G1 tentou entrar em contato com o médico, que é clínico geral no Hospital do Gama, mas a instituição informou que ele entrou de férias nesta quarta-feira (17). A mulher acabou sendo carregada no banco para dentro do consultório. A secretaria disse que vai investigar o caso e que "negligência médica é inadmissível" e que tomaria “as medidas cabíveis”. Segundo o vice-diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM), Dimitre Gabriel Omar, o CRM ainda não tem o nome do médico, mas informou que assim que receber informações sobre o caso, vai abrir uma sindicância para investigá-lo. Fonte G1http://glo.bo/1aErQX3 Link da reportagem:

Mais erro médico!!!!!

vou relatar exatamente como fiz a queixa no CRM/PA eu confiei em 12 médicos, sendo 08 médicos da UTI, e 04 médicos fora da UTI ,todos foram negligentes no caso de minha filha. minha filha apresentava abdômen distendido e dores em toda região do abdômen, vômito e estava em choque. trazia nas mãos um exame de sangue que apresentava 19.000 de leucócitos + exame de urina que apresentava 45 piócitos por campo microscópio, e uma anemia acentuada, ela foi direto para UTI ,depois de ter passado pelo médico da emergência e depois de ter aguardado no apartamento 201 mais de 06 horas de tempo esperando o clinico , no prazo de 04 dias na UTI o abdômen distendido desapareceu completamente , ela foi para o apartamento 202 ,neste ela passou 05 dias , na UTI eles fizeram uma ultrassom a mesma mostrava uma quantidade pequena de liquido , segundo o médico ( JORGE ALBERTO LANGBECK OHANA ) .eu ainda cheguei a sugerir uma cirurgia exploradora , mas o mesmo não me levou a sério e chegou a dizer que o caso não era cirúrgico pois a quantidade de liquido era muito pequena , sugeri a Dra. CLAUDIA uma ENDOSCOPIA , a mesma me disse que tal exame seria SECUNDÁRIO porque se caso fosse necessário ela faria no leito.depois de 09 dias , dia 01 de novembro de 2002, o Dr. PAUXIS deu alta para minha filha, no hospital minha filha não apresentava febre, chegando em casa começou a apresentar estado febril, telefonei para o Dr. JORGE OHANA e Dr. PAUXIS os mesmos mandaram eu levar ela ao REUMATOLOGISTA , levei , o mesmo pediu ( solicitou) vários exames ,e levei também ao Dr. JORGE OHANA e o mesmo só fez pedir (solicitar) uma ENDOSCOPIA ,nem examinou ela. OBSERVAÇÃO : na UTI ela teve uma complicação ( água na pleura ) PERGUNTAS QUE FICOU NO AR : PARA ONDE FOI O LIQUIDO QUE APRESENTOU NA ULTRASSOM PORQUE NÃO FOI FEITO A ENDOSCOPIA ENQUANTO ELA ESTAVA NO HOSPITAL , SE O PROBLEMA DELA ERA O ESTÔMAGO PORQUE AUMENTOU A DOSE DO CORTICOIDE ,SE ERA ESTE MEDICAMENTO QUE FAZIA OU MELHOR ,ERA O CAUSADOR DE TODA DOENÇA DELA, SEGUNDO OS MÉDICOS. o estado dela agravou e retornamos para o hospital dia 07 de novembro de 2002,apresentava o mesmo quadro,sendo que agora apresentava febre de 38 a 39 graus , os leucócitos 29.000,novamente faz exames ,sendo que o exame mais importante (endoscopia) foi o penúltimo a ser feito , e depois deste resultado o Dr. JORGE OHANA resolveu marcar a cirurgia para uma quarta-feira 08 dias apos ele saber oque ela tinha no estômago , ele iria sair para um final de semana com amigos e quando ele voltasse iria operar ela, lembranças vivas na minha mente, este final de semana foi o pior , minha filha piorou tanto que na segunda-feira eu implorei que a cirurgia fosse antecipada ,que fosse realizada naquele dia e ele viu que o caso era muito sério e operou minha filha as 14:00 hs ,neste dia ela saiu da sala de cirurgia foi direto para UTI ,e dai os leucócitos só aumentavam ,no sexto dia de operada Dra. ROBERTA implicou que o Dr. JORGE OHANA deveria abrir o novamente o abdômen de minha filha porque os leucócitos não baixaram e isso sugeria que ainda havia um foco dentro dela, eu fui contra e expliquei minhas razões, minha filha não tinha estrutura para ser aberta novamente,e a cirurgia estava seca os drenos não estava drenando nada, sugeri verificar outras situações que poderia estar elevando os leucócitos dela ,ai Dr. JORGE OHANA me disse que se ele abrisse ela naquele dia ela teria 50 % de chance de sobreviver , ai na manhã de sábado dia 23 de novembro de 2002 foi levada para a sala de cirurgia novamente ao sair de la foi para UTI ,e o médico me chamou e disse ( a cirurgia estava limpa ) 03 dias depois minha filha veio a falecer as 11:45 hs do dia 26 de novembro de 2002, infelizmente perdi uma jovem de 19 anos nas mãos de 12 médicos incompetentes. Dia 30 de outubro de 2002 Cidia fez um ECOCARDIOGRAMA ( tudo normal ) e dia 26 de novembro de 2002 Cidia faleceu com ENDOCARDITE , em um mês e 04 dias acabaram com a vida de minha filha, pior de tudo foi saber que dia 12 de novembro de 2002 eu passei a manhã toda no HOSPITAL PORTO DIAS com Cidia ,ela foi fazer uma TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA exame este que entreguei nas mãos de Dr. JORGE OHANA ele ficou com o exame e me disse que iria debater o assunto com outros profissionais da área e sumiu com os exames ate hoje eu não sei oque deu naqueles exames e segundo ele também não sabe, eu acusei os 12 médicos ,mas a sindicância feito no CRM/PA que concluiu que se alguém teria que responder seria ele Dr. JORGE ALBERTO LANGBECK OHANA, só que ele foi inocentado tanto no CRM/PA como em BRASILIA, este processo esta na 4 VARA CIVIL aqui em BELÉM/PA.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Idosa de 85 anos cai de maca em hospital Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/idosa-de-85-anos-cai-de-maca-em-hospital-9118583.html#ixzz2ZmDBWiSF

Cíntia Cruz Uma idosa de 85 anos caiu da maca no Hospital municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, na madrugada de sábado. O acidente ocorreu um dia após a paciente Jayr Pereira Gomes dos Santos, de 85 anos, dar entrada com acidente vascular encefálico AVE). Além de estar com pontos na testa e com o rosto inchado, Jayr teve hematomas nas costas e mãos. O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz). — Vamos processar os responsáveis. Não faço isso só pela minha mãe, mas há outros idosos que também estão em macas sem proteção lateral, daquelas usadas para hidratar pacientes com dengue — contou a dona de casa Maria José Santos Bastos, de 54 anos, filha de Jayr. A idosa se internou na unidade por volta de meio-dia da última sexta-feira com febre, pressão alta e sem movimentos. Como ficou internada na sala vermelha, onde é proibida a presença de acompanhantes, Maria José voltou para casa e retornou à unidade na manhã seguinte: — Quando voltei, ela já estava na sala amarela, intubada e com um curativo na testa. Pensei que fosse por causa da sonda, mas reparei que o cabelo estava lavado de sangue. O médico disse que tinha ocorrido um “acidentezinho” porque ela tentou se levantar da maca. Como teria força nos braços para sair da maca, se é cadeirante? A filha de Jayr só confirmou que a mãe havia caído da maca quando uma médica lhe mostrou o prontuário informando a ocorrência. Constava que a paciente tinha caído, por volta de 1h de sábado, quando estava sendo transferida para o leito da sala amarela. Ontem, Jayr foi transferida para a enfermaria da unidade. A direção do Hospital Municipal Pedro II informou que a queda da paciente será apurada e que ela foi atendida e examinada logo após o incidente, não havendo fraturas nem ferimentos. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/idosa-de-85-anos-cai-de-maca-em-hospital-9118583.html#ixzz2ZmDGI0hO Fonte :Jornal extra on-line

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Lista de assinaturas do abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não do prontuário médico

Lista de assinaturas do abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não do prontuário médico

Mulher passa mal em hospital público do DF e médico se recusa a sair da sala para atendê-la. Veja o vídeo

18/7/2013 às 00h37 Um vídeo gravado e postado em um site com o título "O Doutor em: E daí não é minha mãe" revela a negligência de um médico da rede pública em atender paciente no Hospital Regional do Gama, região administrativa do Distrito Federal. No vídeo, a mulher está passando mal e não consegue se levantar para entrar no consultório. Pessoas que a acompanham pedem para o médico socorrê-la na recepção da unidade de saúde, mas ele se recusa e os acompanhantes precisam entrar com o banco de três lugares para dentro do consultório. Mesmo dentro do consultório, que permanece de portas abetas, o médico não se levanta da cadeira e apenas conversa com os acompanhantes, enquanto a mulher continua desmaiada na cadeira. Leia mais notícias no R7 DF Investigação sobre acidente de ônibus que matou 11 pessoas deve ser concluída em 30 dias O vídeo, com mais de 45 mil visualizações, foi gravado por Ademir Rodrigues e postado em 23 de novembro de 2012, mas só agora ganhou repercussão nas redes sociais. Na descrição das imagens, Ademir diz que o médico do Hospital do Gama se recusou a levantar para atender a paciente com crise de hipertensão. Nos comentários dos vídeos, que já passam de 200, um depoimento postado nesta terça-feira (16) chama a atenção. Uma pessoa identificada como Matheus Rodrigues Santos de Oliveira, agradece a publicação do vídeo e se apresenta como o filho da paciente: "Ademir Rodrigues obrigada por postar esse vídeo, estamos correndo atrás desse desumano e, vamos conseguir se Deus quiser, essa mulher aí é minha mãe e graças a Deus ela está bem, valeu mesmo cara, Deus te abençoe muito e vamos atrás da Justiça para que isso não volte a acontecer." E Ademir, logo abaixo responde: "Matheus que bom que ele está bem. Nesse dia fiquei sem reação ao ver essa cena. Tive que filmar pelo lado de fora esse absurdo que fizeram com sua mãe, e fazem com muitos todos os dias. Agora vamos ver o que as autoridades dizem." Matheus e Ademir não foram localizados pela equipe do R7 DF para comentar o caso. A SES-DF (Secretaria de Saúde do Distrito Federal) informou que, qualquer assunto de negligência médica é inadmissível e pretende apurar o caso para tomar as providências cabíveis, lembrando que, embora o fato tenha acontecido ano passado, a Secretaria só tomou conhecimento agora. Fonte:R7 http://videolog.tv/video.php?id=995826 LINK:

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Após 'sabotagem', governo acrescenta nova regra para inscrição no Mais Médicos

Profissionais, que são contra o programa, estariam se cadastrando, mesmo sem interesse, apenas para perturbar O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (18) que vai criar nova regra para inscrição no Mais Médicos, que pretende levar profissionais para cidades do interior do País. Agora os interessados, que estiverem fazendo residência, vão ter que informar, já no ato de inscrição, se estão dispostos a desistir destes postos para aderir ao Mais Médicos. Mais Médicos: Governo suspeita de inscrições por sabotagem A ideia surgiu depois do governo federal suspeitar que profissionais, que são contra o programa, estavam se cadastrando, mesmo sem interesse, apenas para perturbar o processo. Isso porque o número de inscritos alcançou 11,7 mil candidatos, enquanto que o número de vagas oferecidas é de 10,4 mil, bem acima do esperado. Ao homologar sua participação no programa, o médico terá de entregar declaração impressa de seu desligamento da residência médica ou do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), emitido pela coordenação dos programas. A medida visa certificar a real intenção dos profissionais a participar do Mais Médicos. J. Duran Machfee/Futura Press Médicos realizam protesto na avenida Paulista, em São Paulo “O primeiro interesse que tem que ser atendido é o interesse da população, sobretudo aquela que não tem médicos perto de onde vive e trabalha. Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Programa Mais Médicos: Aluno de Medicina terá de passar 2 anos trabalhando no SUS Recrutamento de médicos estrangeiros é criado por medida provisória Ministro da Saúde diz que programa cria mais vagas para médicos Além disso, médicos que homologarem sua participação do projeto e não comparecerem no início das atividades ou desistirem nos primeiros seis meses serão excluídos do programa e só poderão se inscrever novamente seis meses depois. Os reincidentes ficarão impossibilitados em caráter definitivo de voltar a participar do programa. A inclusão desta regra no edital será publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira (19). Investigação O número acima do esperado pelo Ministério da Saúde levou o ministro Alexandre Padilha a determinar que a Ouvidoria do órgão telefone a todos os candidatos que já têm algum outro tipo de vínculo empregatício para checar a veracidade do interesse pelo programa. Pelo Mais Médicos, o ministério pretende pagar salários de R$ 10 mil. E colocá-los em cidades que hoje têm vagas sobrando e não conseguem contratar ninguém. As prioridades são cidades do interior - hoje 700 municípios não possuem nenhum médico - e as periferias das grandes cidades, onde há infraestrutura mas não há profissionais. A prioridade é para profissionais brasileiros interessados no programa, mas o governo prevê a contratação de estrangeiros para suprir as vagas não preenchidas por médicos nacionais, sem a necessidade de validação do diploma. Os estrangeiros fariam um curso simplificado de adaptação para que pudessem trabalhar apenas nos locais indicados pelo governo brasileiro. O programa enfrenta enorme resistência da classe médica, contrária especialmente à contratação de estrangeiros. Apesar do Brasil ter apenas 1,8 médicos para cada mil habitantes - e a maioria concentrados nas regiões sul e sudeste - alega que o problema da saúde no País é infraestrutura e não falta de profissionais especializados. Fonte:IG

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Homem morre em postinho e família acusa médicos de negligência

família de um pedreiro de Brodowski acusa o posto de saúde da cidade de negligência. Cristiano Oliveira de Sousa, de 34 anos, morreu na noite desta segunda-feira (8) depois de receber alta duas vezes nos dias anteriores. A prefeitura abriu sindicância para apurar o caso. Segundo a cunhada de Cristiano, o pedreiro procurou atendimento no posto de saúde no dia 4, pois estava sentindo dor no abdômen. Nenhum procedimento médico foi realizado e ele foi liberado. Três dias depois, Cristiano voltou à unidade com fortes dores. “Não pediram exame, nada. Deram remédio na veia e soro. Depois, deram alta para ele. Deram um remédio pra ele tomar em casa para eliminar pedras no rim”, conta Priscila Andrade Queiroz, 27. Na segunda, Cristiano voltou ao posto. Segundo a cunhada dele, a pressão arterial do pedreiro estava em 8,5 e ele estava com o batimento cardíaco acelerado. “Pediram um exame de sangue e raios-X do pulmão. O médico disse que ele estava com uma pequena secreção de pneumonia. Colheram o sangue dele às 13h e às 17h o exame não estava pronto ainda”, diz Priscila. Ainda segundo ela, Cristiano estava sem urinar desde domingo (7). Os médicos tentaram colocar uma sonda, mas o procedimento não teve efeito. “De repente, ele começou a suar frio, ficou todo roxo. Os médicos já vieram, o entubaram e começaram a fazer a massagem”. Cristiano teve cinco paradas cardiorrespiratórias e morreu. “Queremos que a causa da morte seja investigada. Se foi erro médico, se teve chance de salvar ele e não salvaram. Vamos entrar com ação”, afirma Priscila. A família do pedreiro registrou boletim de ocorrência (BO). Outro lado A Prefeitura de Brodowski abriu uma sindicância para apurar as causas da morte de Cristiano. Segundo a assessoria da prefeitura, o médico informou que o pedreiro teve um choque séptico devido a uma infecção generalizada. Ainda segundo a assessoria, o médico tentou transferir Cristiano para Ribeirão Preto, mas não conseguiu vaga. Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel de Batatais foi até Brodowski. Mas, segundo a prefeitura, o paciente não poderia ser removido, pois não estava estabilizado. A assessoria afirma que Cristiano recebeu todo o atendimento possível, porém o caso dele se agravou muito rápido Fonte:A cidade

Médico suspeito de mutilar pacientes volta a ser ouvido pela polícia, no AM

O clínico-geral Carlos Jorge Cury Mansilla, que responde a mais de 15 processos na justiça por complicações pós-cirúrgicas em pacientes, retornou, na sexta-feira (12), ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), localizado no Bairro Praça 14 de Janeiro, na Zona Sul de Manaus, para prestar depoimento à polícia. O médico é apontado como falso cirurgião plástico. Ele teria mutilado dezenas de pacientes, que denunciaram o caso à justiça. Segundo o delegado titular do 1º DIP, Mariolino Brito, as vítimas já foram ouvidas e os exames de corpo e delito já foram realizados. "Vamos ouvir o Carlos Cury e assim que todas as provas forem reunidas iremos mandar para justiça. São mais de 15 inquéritos referentes a cirurgias mal feitas", informou o delegado. Ainda segundo o delegado, existem evidências suficientes para que o médico seja indicado por lesão corporal gravíssima. Ele chegou a solicitar a prisão preventiva do médico. O pedido foi concedido pela Justiça, mas Carlos Cury conseguiu um documento de salvo-conduto, que impediu a detenção. "Ele deverá responder por lesão corporal grave, danos estéticos e materiais", concluiu Mariolino Brito. De acordo com uma das vítimas que compareceu à delegacia, a corretora de imóveis Dóris Areal, de 52 anos, o médico se passava por cirurgião plástico, mas não possuía qualificação para tanto. "Conheci a clínica do Carlos através de um amigo de longa data. Fui até lá, fiz os exames e marquei a cirurgia. Enquanto outros médicos fariam o procedimento em quatro etapas, ele prometeu concluir em apenas uma", afirmou a corretora. Sobre as cirurgias realizadas, Dóris contou que realizou uma nos olhos, seios, abdômen, além de uma lipoescultura. "Nada prestou e eu já tive que fazer mais de sete cirurgias reparadoras. Apenas com o Carlos, essas cirurgias saíram por R$ 17 mil e as de reparo custaram R$ 130 mil. Sem contar os meus tratamentos contra depressão e a urticária nervosa que desenvolvi após o incidentes", disse a vítima. Segundo delegado, vítimas já foram ouvidas e exames de corpo e delito já foram realizados (Foto: Tiago Melo/G1 AM) Segundo delegado, vítimas já foram ouvidas e exames de corpo e delito já foram realizados (Foto: Tiago Melo/G1 AM) Em um momento de depressão e desespero, Dóris Areal decidiu denunciar a clínica de Carlos pelas redes sociais. "Tirei uma foto da fachada, publiquei no Facebook e contei minha história. Foi quando conheci as outras mulheres que já foram vítimas dele e iniciamos a campanha contra esse monstro que se passa por médico", contou a corretora de imóveis. Com a campanha, Dóris pode conhecer a dona de casa Emília Alencar, de 42 anos, que também afirma ter sofrido nas mãos do médico. saiba mais No AM, médico é suspeito de mutilar pacientes durante cirurgias plásticas Após lipoaspiração, candidata a Miss Amazonas 2013 é internada em UTI Médico em Manaus alerta para os riscos das cirurgias plásticas Especialista aponta alta na procura de cirurgias íntimas em Manaus Segundo Emília Alencar, o médico mudou a vida dela de forma drástica. "Depois da cirurgia que fiz com ele em 2011, minha vida mudou para pior. Deu tudo errado. Fui lá fazer uma abdominoplastia e uma redução de seios e saí toda retalhada. Ele ainda teve a coragem de dizer que os problemas foram devido a minha idade", disse a dona de casa. Após a cirurgia de Emília, que custou mais de R$ 15 mil, a paciente passou a sofrer diariamente com problemas de infecção. "Nos locais das cirurgias se formou uma colônia de pus. Meu corpo expele constantemente essas secreções e tecido morto", contou. "Eu preciso fazer as cirurgias reparatórias, mas meu corpo ainda não está preparado. Além de que nenhum cirurgião quer consertar o erro médico dos outros", afirmou. A polícia informou que, em depoimento, o médico sempre alega inocência e diz ter realizado as cirurgias com sucesso. A versão é a mesma sustentada pela defesa desde o último depoimento, prestado em fevereiro. Na ocasião, o advogado do médico,Cristian Naranjo, alegou que o corpo das mulheres reagiu de forma adversa às cirurgias, mas que não é culpa do médico. "O simples fato de, de repente, uma cirurgia ficar com uma cicatriz que não ficou bem, não implica em dizer que a cirurgia não foi aplicada de forma correta. Cada corpo reage de uma forma diferente a uma cirurgia, e é isso que ele vai esclarecer", afirmou. Após ser ouvido, Cury foi liberado.

Denúncia: enfermeiros substituem médicos em hospitais municipais do RJ

Idosa internada com derrame cai da maca e fratura o rosto em hospital de Duque de Caxias Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/idosa-internada-com-derrame-cai-da-maca-fratura-rosto-em-hospital-de-duque-de-caxias-9033187.html#ixzz2Z8Kas7O0

Aos 81 anos, Cícera Severina da Conceição Julião teve um derrame e foi internada, na quinta-feira, no corredor da emergência do Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No dia seguinte, Alexandre da Conceição Julião, de 28 anos, teve dificuldade para reconhecer a avó entre os pacientes. A idosa estava com o rosto machucado e inchado. Um exame, então, constatou uma fratura na face. - O olho estava roxo, havia sangue no nariz, na boca e no edredom que a cobria. A enfermeira disse que minha avó tinha se jogado da maca, mas ela caiu no chão por negligência. A maca não tinha proteção lateral, e eles não permitem que um familiar fique acompanhando o idoso - disse Alexandre. O neto de dona Cícera conta que, após registrar queixa no Ministério Público (MP), a idosa foi transferida para uma maca com proteção lateral. Pablo Vazquez, secretário geral do Cremerj, ressalta que uma queda pode ter consequências sérias, como um traumatismo craniano: - É um erro na segurança do hospital permitir macas sem proteção. Alexandre mostra o edredom que cobria sua avó sujo de sangue após a queda Alexandre mostra o edredom que cobria sua avó sujo de sangue após a queda Foto: AlexandroAuler / Extra/Agência O Globo O resultado da tomografia, feita após a queda, no entanto, só sai hoje. Com o aparelho do hospital quebrado, a paciente teve que ser levada a uma clínica conveniada. A diretora clínica do hospital, Marta Gisela, explica que a paciente estava em uma maca destinada apenas ao transporte, pois não havia outra disponível e, por isso, a queda aconteceu. A médica nega que o hospital tenha sido notificado pelo MP, e critica a explicação dada por uma enfermeira de que a idosa teria se jogado: - Ninguém tem o direito de passar essa responsabilidade para o paciente. Sobre a proibição de acompanhantes, um direito dos idosos, a diretora alega que não há espaço para acomodá-los na emergência. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/idosa-internada-com-derrame-cai-da-maca-fratura-rosto-em-hospital-de-duque-de-caxias-9033187.html#ixzz2Z8Khb7dL

Grávida de 9 meses, jovem percorre quatro hospitais e bebê morre Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/gravida-de-9-meses-jovem-percorre-quatro-hospitais-bebe-morre-9033069.html#ixzz2Z8FhluZv

15/07/13 07:00 Ao fim do nono mês de sua tão desejada gestação, Ysabela dos Santos Moraes, de 16 anos, perdeu sua primeira filha após percorrer quatro hospitais. Com sangramento e a bolsa rompida, ela pediu socorro nos hospitais Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari; Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias; da Mulher, em São Cristóvão; e Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Em todas as unidades, diz o pai do bebê, Fabrício Xavier de Oliveira, de 19 anos, ela foi atendida como se tivesse infecção urinária. No sábado, Ysabela voltou ao Hospital de Saracuruna, onde deu entrada na emergência da maternidade. Apesar da pouca dilatação e do sangramento, os médicos insistiram em fazer parto normal, já a paciente é jovem: - Do jeito que fomos tratados, eu já imaginava que isso fosse acontecer - disse Fabrício, que pretende processar o hospital e o obstetra que fez o parto. O enterro da pequena Mirela - nome do bebê - está marcado para as 15h desta segunda-feira, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. O Moacyr do Carmo e a Secretaria municipal de Saúde do Rio - responsável pelo Instituto da Mulher Fernando Magalhães e Hospital Municipal Ronaldo Gazolla - informaram que apuram o caso. A direção do Pereira Nunes diz que a paciente deu entrada na unidade com diagnóstico de feto morto, o que foi confirmado pelo ultrassom feito no momento da internação. Segundo o hospital, Ysabela segue internada e com quadro estável. Veja a nota na íntegra: ‘A direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informa que a paciente Ysabela dos Santos Moraes, de 16 anos, deu entrada na unidade no dia 13/07, às 17h45, com diagnóstico de feto morto, confirmado pelo exame de ultrassom realizado no momento da internação da paciente. A mesma encontra-se no hospital, e seu estado de saúde é considerado estável.’ ‘O que fizeram foi o retrato do descaso’ Fabrício Xavier, 19 anos - vendedor e pai do bebê “O que fizeram com a gente foi o retrato do descaso. Não tenho como descrever a dor que sinto neste momento. Fomos tratados como se não existisse uma outra vida pedindo socorro. Se minha filha morreu, foi porque existem médicos incapazes de salvar vidas. Médicos que juram amor à profissão, mas, na hora de exercê-la, esquecem tudo. Amei a Mirela desde o momento que soube que Ysabela estava grávida.” Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/gravida-de-9-meses-jovem-percorre-quatro-hospitais-bebe-morre-9033069.html#ixzz2Z8FpNmeq

sábado, 13 de julho de 2013

UTIs pediátrica e neonatal perdem médicos na estadual de saúde em São Paulo

Por Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo | 13/07/2013 06:00 Baixos salários e falta de estrutura afastam profissionais, que preferem migrar para o setor privado Divulgação Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha: 14 médicos pediram demissão e UTI pediátrica foi fechada Insatisfeitos com a falta de estrutura e com o salário que recebem, médicos que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica da rede estadual de saúde estão pedindo demissão em São Paulo em troca de melhores condições na rede particular. O alerta para o problema foi feito no ano passado pelo Ministério Público de São Paulo, mas até agora o problema não foi resolvido. Depois de receber denúncias do êxodo de médicos pediatras, o MP convocou diretores de unidades com UTI para crianças e recém-nascidos. O resultado foi a abertura de um inquérito civil motivado por um abaixo-assinado de profissionais do Pronto Socorro Infantil do Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital. Por lá, o auge da crise ocorreu em dezembro de 2011, depois que 14 médicos foram exonerados e a UTI pediátrica, fechada. O setor foi reformado este ano, mas, ainda sem médicos, permanece sem receber pacientes. Sob condição de anonimato, uma das demissionárias contou ao iG as razões para deixar o hospital depois de quatro anos de trabalho. Leia também: Funcionários do Pinel pedem saída de usuários de crack Pacientes aguardam até 8h atendimento no Hospital do Servido r Ela diz que o salário baixo não foi a principal razão para seu pedido de demissão, mas a falta de equipe e material para trabalhar. Além de poucos médicos, não havia fisioterapeutas e enfermeiros. A médica diz que cuidava de tudo sozinha ou contava com o socorro de auxiliares de enfermagem, “despreparados para a função”. A pediatra se recorda da ausência de assistente social, o que provocava atrasos de até seis horas para a transferência de uma criança do Pronto Socorro para a UTI. Embora as instalações fossem novas, faltava de cateter infantil a pilhas que ela mesma comprava para abastecer o laringoscópio, um instrumento para exame da laringe. O problema é parecido em outros hospitais estaduais, como o da Vila Penteado, na Freguesia do Ó, onde chegou a faltar nove médicos na UTI neonatal em 2012, segundo o relato de um pediatra anexado à ação civil pública. A unidade pediátrica do Hospital Geral de Taipas, na zona oeste, permanecesse fechada desde dezembro de 2011. O complexo chegou a abrir duas vagas emergenciais que não foram preenchidas por falta de interesse nos salários oferecidos. O iG conversou com um funcionário que participa da seleção e contratação desses médicos na rede estadual. Ele afirma que a "má remuneração" é a principal justificativa para os pedidos de demissão e cita a maternidade Leonor Mendes de Barros, no Belenzinho, zona leste, como um dos locais onde o problema ocorre. De janeiro a junho desde ano, 15 profissionais pediram exoneração por discordarem do plano de carreira proposto pelo governo do Estado em fevereiro. Até então, os médicos neonatologistas recebiam R$ 2 mil no dia 25 de cada mês a titulo de produtividade. Com a mudança, esse valor foi incorporado ao salário pago no quinto dia útil do mês. A mudança só teria beneficiado quem não recebia por produtividade, diz o funcionário. Mais: Alergia à proteína do leite quase mata criança em hospital O salário médio de um profissional dessa área é R$ 4 mil por 20 horas semanais, metade do que oferece a rede particular, segundo médicos da Associação Brasileira de Pediatria. “O problema também foi identificado nos hospitais municipais, mas na época a prefeitura tomou providências, ao contrário do governo do Estado, que não respondeu ao nosso ofício”, afirma o promotor Luiz Roberto Faggioni, responsável pela ação. No final do ano passado, a juíza da Vara da Infância e Juventude Dora Aparecida Martins de Morais concedeu liminar exigindo do governo estadual a contratação de profissionais para essas UTIs, mas a juíza Cláudia Tobosa Pessoa derrubou a decisão. “O MP recorreu e aguarda julgamento”, diz Faggioni. Diante do silêncio do governo, o deputado estadual Gerson Bittencort (PT) pediu uma audiência pública com o secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, hospitais interessados e Conselho Regional de Medicina, mas a convocação ainda não aconteceu. O que diz o governo Questionada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Saúde enviou nota ao iG . O governo não respondeu sobre a reabertura das UTIs fechadas por falta de médicos. Leia a nota: "A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo esclarece que a escassez de profissionais médicos na rede pública de saúde é uma realidade que afeta hospitais em todo o Brasil, em razão do aquecimento do mercado privado nos últimos anos e da defasagem na tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), definida pelo Ministério da Saúde. A tabela do governo federal paga R$ 478 para uma diária de UTI que custa aproximadamente R$ 1.000. Para atrair mais médicos aos hospitais da rede pública estadual, o governo do Estado promoveu aumento de até 71% nos valores dos plantões pagos aos profissionais, e aprovou neste ano um plano de carreira, antiga reivindicação da categoria, com salários mensais de até R$ 15 mil para os médicos. Atualmente o Estado de São Paulo conta com 1.050 leitos de UTI neonatal, de um total de 4,8 mil UTI gerais. Somente em 2011, 102 novos leitos de UTI neonatal foram habilitados no Estado. A qualidade da assistência neonatal e pediátrica oferecida nos hospitais do SUS paulista vem garantindo a redução dos índices de mortalidade infantil no Estado de São Paulo. Em 2011, dados da Secretaria em parceria com a Fundação Seade apontaram que o Estado atingiu a menor mortalidade infantil de sua história, e que aproximadamente 250 cidades paulistas obtiveram índices abaixo de um dígito, comparável a países desenvolvidos da Europa." Leia tudo sobre: hospital geral nova cachoeirinha • pediatra • neonatologista • ministério público • UTI neonatal • UTI pediátrica • médicos • igsp • são paulo Texto
Fonte: IG

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Médico do transplante da morte é condenado por furar fila de doação de órgão Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medico-do-transplante-da-morte-condenado-por-furar-fila-de-doacao-de-orgao-8992783.html#ixzz2Ykz6Fjk6

O cirurgião que implantou o fígado contaminado por uma superbactéria numa mulher, no dia 10 de junho, no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, foi condenado ontem por ter furado a fila de transplantes, em 2007. A sentença proferida pela juíza da 12 Vara Federal do Rio de Janeiro, Edna Carvalho Kleemann, afirma que os médicos Eduardo de Souza Martins Fernandes, chefe do transplante hepático do Silvestre, e Joaquim Ribeiro Filho, seu colega de equipe, fraudaram a ordem dos transplantes. Na época, os dois operavam no Hospital do Fundão (UFRJ). De acordo com a sentença, a punição por improbidade administrativa é uma multa de R$ 100 mil para cada réu e a proibição de exercerem cargo ou emprego público, receberem benefícios e créditos públicos, direta ou indiretamente, pelo prazo de cinco anos. De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, os dois médicos mantêm vínculo ativo com o Hospital do Fundão. No Silvestre, os médicos recebem verba do SUS por transplante realizado. O Ministério da Saúde informou que, como cabe recurso à sentença, vai aguardar o desfecho do processo para se manifestar quanto ao descredenciamento dos médicos no Sistema Nacional de Transplantes. O Hospital do Fundão informou que cumprirá o que exigir a lei. O processo foi movido pelo Ministério Público Federal (MPF) e teve origem com a Operação Fura Fila, da Polícia Federal, deflagrada em 2007. Na época, Joaquim Ribeiro Filho era chefe da equipe de transplante de fígado do Fundão. Na sua equipe, estava Eduardo Fernandes. Hoje, é Fernandes que chefia a equipe do Hospital Silvestre, tendo Ribeiro como assistente. Os dois teriam agido em conluio, "falseando" as verdadeiras condições de saúde do paciente que recebeu o fígado, captado em Minas Gerais por Fernandes. E ainda informou que o receptor seria outra pessoa. A advogada dos médicos, Rafaella Marcolini, afirma que vai recorrer, já que existem inconsistências na sentença. Joaquim Ribeiro Filho (de barba) é escoltado pela polícia após ser preso pela operação Fura Fila Joaquim Ribeiro Filho (de barba) é escoltado pela polícia após ser preso pela operação Fura Fila Foto: Domingos Peixoto Réus cobraram R$ 99 mil por cirurgia Eduardo Fernandes passou a trabalhar ao lado de Joaquim Ribeiro Filho, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho — o Hospital do Fundão, no dia 14 de julho de 2006. Segundo a sentença da juíza Edna Carvalho Kleemann, em maio de 2007, um paciente foi atendido por Joaquim. O médico informou que, por possuir um tumor maior de 5 centímetros no fígado, ele não poderia figurar na lista única nacional de transplante hepático. O paciente também era portador do vírus da hepatite C. Mesmo assim, o paciente foi inscrito por Joaquim como sendo oriundo do Hospital do Fundão, sendo omitida a existência do tumor. Em julho de 2007, o paciente em questão recebeu um fígado que, segundo consta na Central Nacional de Brasília, foi negociado por Ribeiro para ser implantado em outra pessoa, paciente do Fundão. O órgão seguiu, no entanto, para a Clínica São Vicente, na Gávea. Segundo a sentença, Eduardo foi responsável por captar o órgão em Minas Gerais. Os dois médicos receberam, de acordo com a juíza, R$ 99 mil pelo procedimento. A fachada do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão A fachada do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão Foto: Márcia Foletto Ministério Público apura nova denúncia O cirurgião Eduardo Fernandes e sua equipe do Hospital Silvestre também são investigados pelo MPF por uma denúncia, feita na última segunda-feira. Após ouvir o depoimento da filha da mulher que recebeu um fígado contaminado por uma bactéria, o procurador Sérgio Suiama vai apurar a informação de que os cirurgiões tinham conhecimento da infecção bacteriana na doadora e sabiam dos riscos. A assessoria de imprensa do Hospital Silvestre disse que Fernandes não vai se manifestar sobre o assunto. Cirurgiões respondem a outra ação Eduardo Fernandes e Joaquim Ribeiro Filho respondem ainda a outro processo. De acordo com a juíza Edna Kleemann, os médicos captaram, em 5 de agosto de 2007, um fígado doado por um homem no Hospital Copa D’Or, "iniciando uma nova preterição da lista única nacional", tendo destinado o órgão a um paciente do qual receberam, "a título de honorários médicos, R$ 80 mil". A ação está em curso na 3 Vara Federal Criminal. Agora, Fernandes está envolvido em outro transplante polêmico. Pertence à sua equipe o cirurgião que captou os órgãos de uma mulher morta no dia 10 de junho, no Souza Aguiar, e que assina o chamado Inventário de Cavidade. O documento, que descreve a cirurgia para retirada dos órgãos, cita a existência de "líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento". A existência de pus no abdômen da doadora, segundo médicos, seria um sinal de infecção bacteriana. Hospital nega infecção A Secretaria municipal de Saúde afirma que os médicos da UTI do Souza Aguiar, onde a doadora ficou internada por nove dias, não haviam isolado nenhuma bactéria na doadora. A secretaria apresentou exames que, segundo médicos consultados, são resumidos e não conclusivos. Especialistas afirmam que a aparência do órgão e a existência de pus na cavidade abdominal são aspectos que não podem ser desprezados no momento da captação. Apesar de ter conhecimento das circunstâncias em que o fígado foi captado, a equipe do Silvestre decidiu fazer o transplante na paciente, que tinha hepatite C e um tumor no fígado, mas estava em boas condições de saúde. Ignorando a legislação, Fernandes não teria informado à família da receptora os riscos envolvidos. Fim de vínculo em 2010 O Hospital do Fundão informou por meio de nota, nesta quinta-feira, que "o médico Eduardo Fernandes, apesar das informações do Cadastro nacional de Estabelecimentos de Saude (Cnes), não tem vínculo ativo com a unidade desde 2010, quando foi dispensado por "inobservância às rotinas do Serviço de Cirurgia". Quanto a Joaquim Ribeiro Filho, a direção do Fundão afirma que ele não participa dos Serviços de Cirurgia e Transplante do hospital desde 2010, estando suas atividades à cargo da Faculdade de Medicina da UFRJ. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medico-do-transplante-da-morte-condenado-por-furar-fila-de-doacao-de-orgao-8992783.html#ixzz2YkzCZ8Jm Fonte :Jornal extra

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ministério Público vai investigar se cirurgião que realizou transplante não relatou à família os riscos de infecção Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-publico-vai-investigar-se-cirurgiao-que-realizou-transplante-nao-relatou-familia-os-riscos-de-infeccao-8980199.html#ixzz2Ydn8X2LX

O Ministério Público Federal abriu inquérito ontem para apurar as três mortes ocorridas após transplantes, entre os dias 18 e 19 de junho, com órgãos de uma doadora que tinha uma superbactéria. Após ouvir o depoimento da filha da mulher que recebeu um fígado no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, o procurador Sérgio Suiama investiga a informação de que os cirurgiões que transplantaram o órgão tinham conhecimento da infecção bacteriana na doadora e sabiam dos riscos. Apesar de implantarem um órgão considerado limítrofe, eles não seguiram a legislação que os obriga a comunicar o fato ao receptor. - A portaria 2.600 do Ministério da Saúde diz que, nos casos de órgãos limítrofes, o receptor tem que assinar o consentimento esclarecido. Se há confirmação de infecção bacteriana no doador, o órgão é limítrofe - explica o médico Valter Duro Garcia, presidente do conselho consultivo da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O cirurgião que captou os órgãos da paciente que morreu, dia 10, no Souza Aguiar, relatou no chamado Inventário de Cavidade que havia “líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”, o que indica a existência de infecção por bactéria. Além disso, a paciente havia passado por procedimentos invasivos nos nove dias em que ficou na UTI, o que aumenta ainda mais as chances de estar infectada por uma bactéria resistente, muito comum em unidades intensivas. Essas informações, afirmam as equipes dos hospitais do Fundão e do Federal de Bonsucesso - onde foram realizados os transplantes de rim -, não foram repassadas a eles pelo Programa Estadual de Transplantes (PET). O Souza Aguiar nega que ela estivesse com infecção. - Acredito que, após esse caso no Rio, a cautela será maior. O número de transplantes deve cair, e a segurança, aumentar. Todo transplante envolve riscos, mas tem que haver limites. Precisamos criar esses limites - diz Garcia. Foto: Editoria de Arte Uma loteria polêmica O uso dos chamados doadores limítrofes - quando o doador é idoso ou há alguma infecção em tratamento - é cada vez maior no Brasil, de acordo com especialistas. - Após 48, 72 horas de internação numa emergência ou UTI, é muito provável que o paciente já esteja colonizado por uma bactéria. A contaminação acontece porque são pacientes graves, em geral, entubados, com sondas. Captar ou não, vai depender da avaliação caso a caso - diz Maria Cristina Ribeiro de Castro, ex-presidente da ABTO e nefrologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo ela, quando há uma infecção, e a bactéria ainda não foi identificada, o cirurgião precisa observar o aspecto do órgão e se há pus ou abscessos. A decisão é do médico. - O risco de transmissão da bactéria é baixo, mas existe. É uma loteria que acontece com uma certa frequência. Se não for assim, quase não teríamos doadores cadáveres no Brasil - diz Maria Cristina. Para Garcia, o uso de órgãos limítrofes, é um mal necessário. Foto: Editoria de Arte ‘Protocolo é não aceitar infecção não tratada’ Entrevista com José Rocco Suassuna, chefe da Nefrologia do Hospital Pedro Ernesto É rotina transplantar órgãos de pacientes com infecção? Não conheço o caso e falo em tese. O que normalmente acontece é a gente receber órgãos de pacientes com infecção controlada. Em caso de infecção descontrolada, a conduta da nossa equipe é não aceitar o órgão. O que é infecção controlada? Quando (o doador) está no terceiro dia de antibiótico e dá sinais, por exames laboratoriais, de melhora. O usual é aceitar órgãos de pacientes com infecção controlada. Administram-se antibióticos no receptor. Isso chega a quase 80% dos casos. No caso de infecção descoberta pela presença de pus ao abrir o abdômen, os órgãos seriam aceitáveis? O nosso protocolo é não aceitar se a infecção não é tratada e não há sinais de melhora. Recebendo a informação de que havia infecção no peritônio, eu não aceitaria. A família deve ser informada? Sempre que há uma infecção descontrolada, a família tem que ser informada, por lei. Há uma mortalidade associada à toda cirurgia. Mas tem que envolver riscos administráveis e somos obrigados a dar nossa opinião. A família tem o direito de recusar. É comum a dúvida? O tempo de decisão é limitado. Já abortamos um transplante quando vimos secreção pulmonar que não era coberta (por antibiótico). Mas se a gente aumenta muito a certeza, ninguém vai ser transplantado. Nos ressentimos (das notícias negativas) porque demorou para conseguirmos um sistema que funciona e é justo. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-publico-vai-investigar-se-cirurgiao-que-realizou-transplante-nao-relatou-familia-os-riscos-de-infeccao-8980199.html#ixzz2YdnW84d4 Fonte: Jornal extra on-line

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ministério da Saúde investiga mortes pela mesma superbactéria após transplantes no Rio Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-da-saude-investiga-mortes-pela-mesma-superbacteria-apos-transplantes-no-rio-8966709.html#ixzz2YY93IM15

O Ministério da Saúde enviou ao Rio equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Sistema Nacional de Transplantes para acompanhar as investigações dos transplantes feitos em três pacientes que morreram infectados pela mesma superbactéria, que estaria nos órgãos doados. O resultado da averiguação, entretanto, não vai atenuar o sofrimento da família da professora Márcia Regina Vieira Santos, de 48 anos, uma das vítimas. - Os médicos tinham que ter testado e retestado se tinha algum problema com o rim. Mas agora vamos fazer o quê? - questiona o viúvo, Fernando César Santos de Moraes, de 44 anos. Fernando Cezar Santos de Moraes, marido de Márcia, lamenta a perda da mulher Foto: Fabiano Rocha / EXTRA Márcia foi diagnosticada doente renal crônica aos 20 anos. Em crise aguda, teve que retirar um dos órgãos. Passou a fazer acompanhamento médico e, há cinco anos, inchada e com fortes dores, teve problemas no outro rim. Desde então, vinha fazendo hemodiálise, por quatro horas, três vezes na semana. Não largou o cargo de dirigente de turma na Escola Municipal Alice Couto, mas perdeu antigos prazeres. - Pouco antes de falecer, ela me ligou comemorando: ‘Mãe, agora eu posso tomar água de coco de novo’ - emociona-se Ayza Vieira Santos, de 75 anos, que perdeu a filha única. Márcia de Moraes recebeu o rim da doadora do Souza Aguiar no dia 10 de junho e morreu no dia 19 de junho Foto: / Reprodução Assim como Márcia, a família sonhava com a chegada dela ao início da fila de transplante. Também se cadastrou no sistema de receptores de São Paulo para aumentar as chances. Até que, às 8h do último dia 10, ela recebeu uma ligação do Hospital do Fundão avisando que chegara sua vez. Infecção estaria controlada Às 16h30m do mesmo dia, a paciente entrou no centro cirúrgico e, sete horas depois, a operação era considerada um sucesso. Por oito dias, Márcia mostrou-se otimista com a possibilidade de retomar a vida normal. Segundo o viúvo, um médico contou que havia uma infecção, mas estaria controlada. Na véspera da alta, porém, ela morreu. No atestado de óbito, a causa é desconhecida. Mas, no líquido em que o rim foi transportado até a paciente, foi encontrada a superbactéria Klebsiella pneumoniae (KPC), resistente a quase todos os antibióticos. O Fundão, em nota, afirmou que não recebeu informações que pudessem alertar para a contaminação. - A ficha não caiu - diz a filha de Márcia, Isabele Santos de Moraes, de 16 anos. Maria José perdeu o marido, Josinaldo, transplantado no Hospital Federal de Bonsucesso Foto: Fábio Guimarães / EXTRA Estado diz que enviou documento aos hospitais O coordenador do Programa Estadual de Transplantes (PET), responsável pela captação de órgãos, Rodrigo Sarlo, afirmou ontem que, ao contrário do que alegam os hospitais Federal de Bonsucesso, do Fundão e Adventista Silvestre - onde os três procedimentos aconteceram -, as unidades transplantadoras receberam o chamado relatório de cavidade dos órgãos doados pela paciente do Souza Aguiar. O documento citava a existência de “líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”. A presença de pus indicaria infecção por bactéria. O médico que assina o laudo também atua na equipe de transplante hepático do Hospital Silvestre, no Cosme Velho, onde uma mulher de 60 anos morreu no dia 19, nove dias após o procedimento. O Silvestre respondeu que o fígado foi encaminhado juntamente com “os exames sorológicos e funcionais, nos quais foi aprovado em perfeitas condições”. O Ministério da Saúde afirmou que a equipe de transplante do Hospital de Bonsucesso, onde o ajudante de caminhão Josinaldo Severino da Silva, de 51 anos, recebeu um dos rins doados no dia 12 de junho, morrendo sete dias depois, não teve acesso ao documento que apontava a presença de pus na doadora. Josinaldo Severino da Silva recebeu um rim da doadora do Souza Aguiar no dia 12 de junho e morreu sete dias depois, com infecção generalizada Foto: / Álbum de família A Secretaria municipal de Saúde (SMS) informou que a doadora ficou internada na UTI do Souza Aguiar de 2 a 10 de junho, devido a um acidente de trânsito. Nas UTIs de grandes hospitais, como é o caso do Souza Aguiar, não é raro haver contaminação por superbactérias. Ao afirmar que a paciente não tinha a bactéria KPC, a secretaria apresenta exames que, segundo médicos consultados, são resumidos e não conclusivos. O exame para rastrear a superbactéria VRE (enterococo resistente à vancomicina) na doadora foi coletado uma semana antes da captação de órgãos. A SMS não apresentou testes para detecção da superbactéria KPC. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-da-saude-investiga-mortes-pela-mesma-superbacteria-apos-transplantes-no-rio-8966709.html#ixzz2YY9O2nPu Fonte: jornal extra

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Convocação para irmos a Brasília

Brasil desiste de vinda de 6.000 médicos cubanos

O Brasil paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao país e deve lançar nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como países "prioritários". Nem o Ministério da Saúde nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos. Alvo' do Brasil, Portugal buscou médicos em Cuba Editoria de arte/Folhapress Também não dizem o porquê do tratamento "não prioritário" a Cuba, já que a ilha preenche os principais requisitos do programa: médicos por habitante bem acima do recomendado pela OMS e língua próxima do português. "Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico", disse o chanceler Antonio Patriota, em maio, ao mencionar a negociação. Já o Ministério da Saúde informa que escolheu atrair médicos como "pessoa física", e não considerar a oferta do contingente feita pelo governo cubano, nos moldes que a ilha faz na Venezuela. Desta maneira, o ministério evita abrir mais um flanco de críticas na implementação de um programa que já provoca outras resistências. Nos bastidores, repete-se que a negociação com Cuba foi aventada por Patriota, e não pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Há motivos para o recuo. Além da sensibilidade que envolve o regime comunista de Cuba -aliado do governo e do PT e alvo dos conservadores-, o motivo principal é que as missões cubanas são aclamadas pelo trabalho humanitário, como no Haiti, mas não escapam de críticas de ativistas de direitos humanos e trabalhistas na versão remunerada. VENEZUELA No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte. Apesar disso, o programa é considerado atrativo para os profissionais, que ganham cerca de US$ 40 na ilha e, com ele, têm acesso a benefícios. O formato também é criticado por ex-participantes, que acusam o governo comunista de submetê-los a um duro regulamento disciplinar e impor regras de pagamento como poupança compulsória para evitar "deserção". A regra disciplinar na Venezuela, vigente em 2010, incluía pedir autorização para pernoitar fora do alojamento, proibição de dirigir e a obrigação de informar sobre namoros. Falar com a imprensa também estava vetado. "Não vislumbro essa solução feita na Venezuela no Brasil. Ele não é compatível com as leis trabalhistas brasileiras e a Constituição brasileira", diz o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira. REVÉS PARA HAVANA A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo. O que vai aos caixas estatais por serviços médicos -cerca de US$ 6 bilhões anuais segundo estimativas- é maior do que o arrecadado com turismo ou exportação de níquel. O Ministério da Saúde diz que não há restrições se médicos cubanos quiserem se inscrever individualmente no programa. Brasileiros com formação no exterior entrarão na categoria "estrangeiros". Ou seja, brasileiros formados em Cuba, em tese, podem participar. A pasta, no entanto, não prevê fazer campanha para divulgar o programa na ilha, ao contrário do que estuda fazer em Espanha e Portugal. Fonte:Folha de São Paulo

Órgãos contaminados matam três transplantados no Rio; estado admite transmissão de superbactéria Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/orgaos-contaminados-matam-tres-transplantados-no-rio-estado-admite-transmissao-de-superbacteria-8948634.html#ixzz2YSPZvN3Q

Três pacientes que receberam um fígado e dois rins de uma mulher morta no dia 10 de junho, no Hospital Municipal Souza Aguiar, vítima de um acidente de trânsito, morreram dias depois dos transplantes, com infecção generalizada. As equipes médicas que participaram dos procedimentos em três hospitais diferentes não acreditam em fatalidade. Exames realizados nos pacientes e no líquido em que um dos rins foi transportado apontaram para a mesma superbactéria, a Klebsiella pneumoniae (KPC), resistente a quase todos os antibióticos. No relatório assinado pelo médico que retirou os órgãos da doadora, o mais estarrecedor: “inspeção com líquido livre na cavidade de aspecto sero purulento”. Apesar de ter visto pus, indicativo de infecção por bactéria, o médico prosseguiu com a captação e não teria comunicado o fato às três equipes transplantadoras. - A doadora estava internada há cerca de dois meses na UTI do Souza Aguiar. Pacientes que ficam longos períodos em unidades intensivas têm grandes chances de estarem colonizados por alguma superbactéria, adquirida naquele ambiente. Só isso já era um sinal de alerta. Exames de rotina são realizados ali para identificar pacientes colonizados por essas bactérias - diz Júlio Noronha, médico do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), onde um homem recebeu um dos rins e morreu sete dias depois. Sonho realizado que vira pesadelo Após cinco anos de espera, o ajudante de caminhão Josinaldo Severino da Silva, de 51 anos, recebeu no último dia 12 o tão esperado telefonema que o livraria das três sessões semanais de hemodiálise. Paciente renal crônico há oito anos, ele deveria ir imediatamente para o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), onde receberia um rim. Ligou para a mulher e, impaciente, nem a esperou chegar em casa, foi se adiantando. O transplante varou a madrugada, e ele acordou no dia 13 animado. Josinaldo esperou cinco anos por um rim Foto: Álbum de família / Extra No dia seguinte, entretanto, os sinais de infecção já tiravam o sorriso do rosto de Josinaldo. Cinco dias depois, a bactéria KPC tirava-lhe a vida, em função de uma infecção generalizada. Um dia antes, em 18 de junho, o quadro já havia acontecido com uma paciente de 49 anos do Hospital do Fundão (UFRJ), que recebera o outro rim da doadora morta no Souza Aguiar. Sete dias antes, em 12 de junho, outra mulher que recebera o fígado dessa mesma doadora, no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, também não resistiu. - Meu marido entrou andando, feliz da vida, no hospital e saiu de lá, sete dias depois, morto. O transplante era o sonho dele. Não me conformo. Antes ainda estivesse na máquina de hemodiálise. Estaria vivo - lamenta Maria José Ferreira da Silva, de 55 anos, viúva de Joselino, que ainda deixou três filhos e uma neta de 6 anos. Maria José chora a perda do marido Foto: Fábio Guimarães / Extra Sobre a paciente que morreu após o transplante de fígado, o diretor médico do Hospital Adventista Silvestre, Rogério Gusmão, afirmou, em nota, que lamenta o ocorrido. Segundo ele, o fígado recebido pela equipe do cirurgião Eduardo Fernandes chegou “com os exames sorológicos e funcionais, nos quais foi aprovado em perfeitas condições, gerando excelentes perspectivas para a cirurgia e para o paciente indicado para recebê-lo”. Gusmão diz também que durante todo o processo, foram seguidos de forma integral todos os protocolos previstos em padrões internacionais. Opinião de especialistas Médicos especializados em transplantes, que preferem não ter o nome divulgado, explicam que a equipe que faz a captação de órgãos tem obrigação de analisar o prontuário do doador, verificar se há infecção e comunicar tudo isso às equipes que fazem os transplantes. Mediante essas informações, os transplantadores decidem se aceitam ou não o órgão. - Não há tempo hábil para realizarmos exames de cultura no órgão que vem para nós. Temos que confiar nos dados da equipe de captação - explica um dos médicos. A captação é realizada por equipes do Programa Estadual de Transplantes (PET). No caso do rim, o órgão é transportado dentro de três sacos estéreis, um dentro do outro, e conservado no chamado líquido de perfusão, que melhora suas condições para o transplante. O rim só é retirado do saco no momento em que é implantado no paciente. Dessa forma, o exame que apontou a bactéria KPC no líquido de perfusão indica que os órgãos doados traziam o germe que tirou a vida dos três pacientes transplantados. As repostas dos hospitais Hospital do Fundão A unidade afirma que o rim foi recebido com as informações sobre condições do doador e dos órgãos por documentos de praxe, que não incluem o relatório de cavidade. “Para surpresa”, apesar de o transplante ter sido um sucesso, foi observado o crescimento da bactéria no líquido de perfusão usado pela Central Nacional de Captação e Doação de Órgãos, que foi comunicada. Hospital Souza Aguiar A direção afirma que notifica à Central de Transplantes os casos de morte encefálica, que passam a ser acompanhados por cirurgiões do PET, a quem cabe decidir se o paciente pode ser doador. Hospital de Bonsucesso A unidade disse que vai se manifestar hoje sobre o caso. Estado admite transmissão de superbactéria A coordenação do PET, em nota, admitiu que a bactéria que matou três transplantados foi transmitida pela doadora: “Os dados de literatura de transplante mostram uma incidência de cerca de 1% de transmissão de doenças de doadores para receptores e o PET esta dentro dessa faixa. Esse foi o primeiro caso”. O programa afirmou que o prontuário da paciente doadora, ao qual o médico tem acesso antes de retirar os órgãos, não indicava presença de bactéria. E informou que sua equipe sempre avalia clinicamente os potenciais doadores. “O rastreio microbiológico feito na paciente apresentou resultado negativo, ou seja, a paciente não tinha um quadro clínico séptico que inviabilizasse a doação dos órgãos”. Apesar de o relatório de captação assinado pelo cirurgião apontar aspecto “purulento” da cavidade abdominal, o programa afirma que os órgãos retirados da paciente tinham aspecto anatômico apto para transplante. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/orgaos-contaminados-matam-tres-transplantados-no-rio-estado-admite-transmissao-de-superbacteria-8948634.html#ixzz2YSPtiStC Fonte:Jornal extra on-line